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Há relativamente pouco tempo (4Fev 2017), dei nota, aqui no bibivirtual, de uma livraria alfarrabista a fechar de forma peculiar. Fechava, mas oferecia todo o espólio existente. Eram quinhentos mil livros.
Também no Porto, a Livraria Sousa & Almeida na Rua da Fábrica foi vendida após 61 anos de vida. São mais 20 mil livros que não têm ainda para onde ir. A Rua da Fábrica no Porto era nos anos 70 muito frequentada por estudantes que se repartiam pelos cafés estrela e e outros nas imediações. A proximidade de estudantes é sempre factor favorável a qualquer livraria. E esta era especializada em literatura galega e portuguesa da lusofonia. O reconhecimento da sua especialização permitia vender para Harvard e Santiago, entre outros destinos. Deixará de o fazer.
O terceiro caso, neste curto espaço de tempo é a venda da livraria Ferin de Lisboa, mas com um futuro mais optimista. O objectivo é modernizá-la ao mesmo tempo que se valoriza a sua antiguidade, história e património. Na génese desta livraria está o gosto burguês da leitura que contornava o custo dos livros através da organização de gabinetes de leitura comerciais.
Os gabinetes de leitura emprestavam livros a troco de um pagamento. Nos meios operários, organizações filantrópicas, nomeadamente ligadas à promoção dos ideais republicanos, criavam gabinetes de leitura em que o empréstimo de livros não era pago. Não estavam ainda vulgarizadas as bibliotecas públicas.
As duas irmãs Ferin que estiveram na origem do gabinete de leitura, estiveram também na criação da livraria que foi simultaneamente tipografia e encadernação. Agora virá a ter novas valências afirmando que também no mercado livreiro o mundo é composto de mudança.
António Regedor
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