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A quatro de Setembro de 1956 inicam-se as emissões experimentais de televisão em Portugal. Passaram a emissões regulares a sete de Março do ano seguinte. A Televisão em Portugal chega antes do livro e da leitura. Por esta altura a taxa de analfabetismo era enorme, quase 35% da população. (Regedor, 2014) O regime de ditadura tinha reduzido a escolaridade obrigatória a três anos. O primeiro grau do ensino primário. Só tinha de fazer o segundo grau quem continuasse os estudos. E muito poucos o faziam. Também à época podiam ser professores do ensino primário pessoas apenas com a quarta classe. Tempo cinzento, de pé descalço, do tempo das ilhas sem luz, sem aquecimento nem água calanizada. A televisão vem deslumbrar uma população que nunca se tinha deslumbrado com os livros. Nem com a leitura da Biblia como acontecia no mundo protestante. Assim, “dois anos depois do início das emissões de televisão em Portugal, a 4 de Setembro de 1956, na Fundação Calouste Gulbenkian iniciava-se um novo serviço de educação, de acordo com a vontade testamentária do seu fundador, Calouste Sarkis Gulbenkian”. (Regedor, 2014: 93) É uma entidade privada que presta o serviço público da leitura, enquanto a administração pública se preocupa com a televisão como instrumento ideológico, de formatação de gostos e consciências, programação e manipulação da opinião pública.
Em 1958, da sede da fundação, em Lisboa, partiam as primeiras carrinhas com cerca de três mil (3.000) livros cada uma. Iniciava-se assim o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da FCG. (Regedor , 2014). Assim começou a construir-se uma rede nacional de leitura pública em Portugal, coisa que nunca na história do País tinha existido. Durou até 2002. Entretanto em 1986 dáse o primeiro passo para a criação da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas da responsabilidade conjunta da Administração Central e Local. Doze anos após a instauração da democracia. A televisão que chegou primeiro, ganhou distãncia, criou hábitos, ainda hoje ganha ao livro. O tempo corre diferente, tal como em Aquiles que não consegue alcançar a tartaruga.
Regedor, António Borges - Bibliotecas, Informação, Cidadania. Políticas Bibliotecárias em Portugal. Séculos XIX-XX, I volume . Porto: Universidade Fernando Pessoa. 2014 http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4291/1/PhD%20_Volume%20I%5B1%5D-VF.pdf
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