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Muitos portugueses conhecem bem os nefastos efeitos do nuclear. Entre eles estão as famílias dos mineiros da Urgeiriça que ainda hoje sofrem doenças relacionadas com a mineração feita nessas minas de urânio portuguesas. A associação AZU ( Associação das Zonas Urâniferas) tem sido porta-voz destas populações. Na generalidade os portugueses sempre tiveram uma posição de recusa do nuclear. Isso foi notório nas lutas que desenvolveram contra Ferrel, contra Sayago, perto de Miranda do Douro, contra Aldeadavila ou contra Almaraz, e mais recentemente cotra as minas de Retortillo.
Vários movimentos locais portugueses e espanhóis agrupados no MIA (Movimento Ibérico Antinuclear) desenvolvem permanente informação, reuniões e acções de defesa do ambiente e saúde das populações contra o nuclear.
Recentemente o Conselho de Segurança Nuclear Espanhol decidiu negar a autorização para a abertura de uma mina de urânio em Retortillo que se situa a cerca de 50 KM de Portugal, na zona do Parque Natural do Douro Internacional. Esta posição do Conselho de Segurança Nuclear constituirá mais um obstáculo a uma eventual decisão favorável do Governo Espanhol quanto à possibilidade de autorizar esta mina de urânio.
Não podem os ambientalistas anti nuclear ficar menos atentos apesar da nota de esperança que leve ao encerramento total da fileira nuclear na Península Ibérica.
António Borges Regedor
Era o ano de 1979, dia 28 de Março, nos Estados Unidos da América, na Pensilvânia a central nuclear de Three Mile Island teve o maior acidente nuclear ocorrido até então. O Reactor 2 da central derreteu parcialmente.
Nessa altura ainda os defensores da energia nuclear tinham relativa aceitação. As centrais nucleares continuavam a vida que a guerra fria lhes garantia. Lembrar que o objecto principal da fissão nuclear do urânio é o de resultar a produção de plutónio essencial ao fabrico de armamento nuclear. E nesse tempo era já forte a oposição a essa forma de produzir energia. Porque oculta o verdadeiro objectivo, porque continua a produzir subprodutos para a indústria de armamento, porque não assegura a segurança da gestão dos resíduos radioactivos que produz.
António Borges Regedor
No passado dia 11 de Março, fez exactamente 10 anos do terrível acidente nuclear em Fukushima, Japão.
Neste dia participei numa reunião online com diversos ecologista , técnicos, jornalistas e activistas de várias associações ambientalistas. Pessoas que conheço de longa data, desde a luta contra a central de Sayago na fronteira de Miranda do Douro, e outros que conheço mais recentemente.
Seguimos ao longo de tempo a questão da energia nuclear e a sua íntima ligação ao sistema de produção de combustível e componentes de armamento. E continuamos preocupados. E quanto mais tempo passa na vida das centrais nucleares, no seu desgaste, fadiga e aumento de riscos, mais preocupados ficamos.
A reunião permitiu rever várias das questões:
A preocupação com as minas de urânio em Retortilho e a fábrica de processamento a 30 Kilómetros da fronteira portuguesas. Isto quando há excedente de minério e a energia nuclear está em declíneo. Os preços do urânio têm vindo a baixar. O tempo de vida útil das centrais nucleares está a terminar, em algumas, como a de Almaraz junto do rio Tejo, já terminou mas foi prolongado a té 2017. A intenção de aprovar mais uma mina de urânio só se compreende com especulação bolsista e a baixa de preços do urânio só interessa às centrais. O prolongamento da vida útil das centrais só interessa às empresas proprietárias para garantir o máximo de retorno, já que o desmantelamento será suportado pelo Estado. O lucro para os privados. O custo da limpeza para ser pago pelos contribuintes.
Em presença estão dois grupos de interesses que implicam com a segurança e qualidade de vida dos cidadãos. Por um lado o interesse da indústria nuclear, poderosa e influente, e por outro a necessidade de opinião pública consciente, apoiada cientificamente, com preocupação ambiental e na procura do futuro sustentável.
António Borges Regedor
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