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A presença do vírus SARS-CoV-2 e da doença Covid- 19 obrigou-nos a um período de confinamento e colocou-nos a necessidade de cuidados no relacionamento social. Os cuidados de afastamento deverão manter-se até pelo menos encontrar-se uma vacina que geralmente dura cerca de ano e meio até se tornar aplicável. Até lá temos de manter o afastamento social enquanto haverá necessidade de retomar a actividade económica, o trabalho, e as deslocações inerentes a essas actividades. Os transportes públicos são um risco acrescido e que deverá tanto quanto possível ser evitado. Deve reduzir-se a pressão sobre os transportes públicos. Não é pensável transferir as necessidade de transporte para o veículo privado e muito menos de um só passageiro. O momento é o ideal para mudar o paradigma de mobilidade e optar fortemente por um meio de transporte individual, de mobilidade suave, que não congestiona o trânsito, que se estaciona facilmente e ainda promove a saúde e forma física do cidadão. É obviamente a bicicleta.
A bicicleta já vinha a ser promovida como o transporte do futuro. As cidades tinham iniciado a sua adequação a este modo de transporte seguro, limpo e saudável. É agora, em contexto Covid-19, a oportunidade de reforçar as condições urbanas e interurbanas de promoção desta mobilidade com todas as vantagens que se lhe reconhece.
Nos países nórdicos são de há muito tempo, desde o primeiro choque petrolífero, as medidas de promoção da bicicleta. Com a realidade Covid-19 também países como a Espanha, França e Itália se adaptam.
O mesmo deve acontecer em Portugal com as vantagens económicas, de saúde e de sustentabilidade e planeamento urbano.
A MUBI- associação pela mobilidade urbana em bicicleta, afirma que “ A utilização da bicicleta durante a pandemia permite manter o distanciamento para evitar o risco de contágio e contribui para reduzir a poluição do ar, factor associado a taxas mais elevadas de mortalidade por COVID-19. Ajuda, ainda, a descongestionar os transportes públicos, deixando-os mais livres para quem efectivamente precisa deles. A utilização da bicicleta e o caminhar proporcionam actividade física, contribuem para o reforço do sistema imunitário e reduzem os risco de várias doenças, como diabetes e obesidade. A OMS recomenda, sempre que possível, o seu uso nas deslocações necessárias durante a pandemia.”
Entre outras medidas poderão e deverão ser criados aquilo que a MUBI designa de corredores de saúde. Ou seja, facho de algumas ruas ao trânsito motorizado ou supressão de vias de trânsito a favor da criação de ciclovias ou alargamento de passeios para maior distanciamento físico. Redução do limite de velocidade em algumas zonas do meio urbano para 30 km/h.
A superação desta dificuldade social, por via da resolução da pandemia, deve constituir oportunidade para mudar de mobilidade para a promoção da bicicleta, da saúde , do ambiente e das cidades mais sustentáveis, humanas e agradáveis.
António Borges Regedor
O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
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