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Segunda-feira, 26 de Outubro de 2020

Estoril. Um romance de guerra

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Estoril um romance escrito com um nítido toque jornalístico, a denunciar a profissão do autor. Estoril durante o período da segunda guerra mundial era ponto de passagem das famílias ricas que fugindo à usavam esta plataforma para trânsito com destino aos Estados Unidos da América. O autor narra algumas histórias e personagens com alguma dose de comicidade.

Passam pelo hotel, personagens como Ivan, um espião, ou um pequeno jovem judeu ortodoxo que chega ao hotel sozinho cheio de dinheiro , sem que os pais tenham conseguido passar a fronteira. A recebê-los está o porteiro Manuel. “Desde manhã até à noite abro a porta e a cada um que entra eu desejo as boas-vindas. Isso faz parte do meu serviço e é de altíssima importância…” p.38. Claro que também são atentamente vigiados pela PVDE – Polícia de Vigilância e de Defesa do estado, a polícia política do Estado Novo, o regime fascista português que resultou do golpe de estado de 28 de Maio de 1926 e da constituição corporativa de 1933.

Os hóspedes iam ficando mais ou menos tempo necessário para conseguir os vistos e os bilhetes para os barcos que os afastariam da guerra, e os levariam territórios onde poderiam continuar os seus negócios e vidas.

Uma das citações inseridas no livro: “um dos primeiros truques da arte de bem governar é saber não emitir ordens que é impossível cumprir”. O romance desenvolve-se no Estoril, em ambiente de refugiados ricos da 2º guerra.

Há passagens simultâneamente hilariantes, jocosas, doces e cáusticas. Uma delas é de Paderewski músico e antigo presidente da Polónia (p.51) que ia dar um concerto no Casino do Estoril estando de passagem para a América, mas aproveitando o momento de propaganda. O espaço íntimo do Casino foi abrilhantado com trajes de noite, visons, jóias (p.53). Seria um concerto com peças Frédéric Chopin, entre elas a Sonata Fúnebre com o maestro a tocar à moda antiga e num piano ligeiramente desafinado mas que não impediu de no final o público aplaudir de pé e gritar “Bravo” (p54). A peça terminou (p55) o maestro saiu e ninguém sabia bem o que estava a acontecer. O maestro pensava ter executado todo o programa. Não sabendo como lhe explicar o equívoco, Cardoso, o inspector da PVDE recruta nos empregados do hotel o quinteto que continuou o concerto. No final do concerto o inspector da PVDE chamou os jornalistas e explicou que o maestro era um grande artista e um grande estadista de um país amigo e sobre o que se tinha passado, não seria censura mas devia ficar na opinião pessoal dos senhores jornalistas e não ser noticiado e os fotógrafos deveria retirar as películas das máquinas fotográfica. Assim se resolvia os casos difíceis para o país.

Stankovic nasceu na Sérvia e naturalizou-se português. Passou por Londres e veio viver em Portugal. É escritor e tradutor. Traduziu do servo-croata para português O Nobel Ivo Andreic. Traduziu de português para sérvio Saramago, Cardoso Pires, Fernando Pessoa.

“Estoril” é do ano de 2015 e finalista de vários prémios. É ainda vencedor em 2016 do prémio Branco Copic da Academia Servia de Ares e Ciência.

Tiago-Stankovic, Dejan – Estoril. Um romance de guerra. Silveira: Book Builders. 2017.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 20:05
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