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A pandemia é uma questão de saúde que depende da ciência. Estamos a lidar com uma situação que não tem guião definido. É um vírus novo. O conhecimento científico vai sendo construído mas só depois das manifestações virais. Não há adivinhação nem futurologia. É assim a ciência.
Sendo uma questão de saúde geral, é também uma questão social. Depende do comportamento social. E sabemos que este campo é muito instável e por vezes irracional. Os comportamentos sociais podem ser tomados por pânico. Por comportamentos impulsivos e irracionalmente massificados. O tempo leva a desgaste psicológico e enfraquece o comportamento racional. Os fenómenos gregários promovem tendências de massa por vezes negativas. O desconforto, a irritabilidade, as proibições, a contestação, a rejeição, podem a qualquer momento fazer irromper acções inorgânicas, irracionais, desestabilizadoras. As sociedades são assim. Têm capacidade de contenção e momentos de explosão. Quer uma e outra linha não devem ser ultrapassadas.
É também uma situação económica. A saúde precisa de recursos para actuar eficientemente na situação pandémica. A sociedade não pode parar a actividade económica. Mas a questão da saúde pública necessita de confinamento. O confinamento prejudica a economia. A falta de economia compromete a racionalidade dos comportamentos sociais.
É à política, a administração da Polis, à gestão da coisa pública, que cabe gerir a situação, os limites de cada um dos campos e ser o vértice, o ponto de união deste difícil prisma. Tanto mais difícil quanto a posição em que cada um se encontra vê o problema e os outros problemas pelo seu prisma, e obviamente refractado.
O domínio político tem acompanhado o conhecimento científico e adaptando à economia e ao comportamento social. Equilíbrio difícil por efeitos contrários. Em bom rigor e sem outras conotações pejorativas, diz-se em náutica que quando não há carta, a navegação faz-se à vista. Cautelosa e sempre com correcções. Este é o cenário que temos, mas é o único real. Tudo o resto são visões enganadoras dependentes do prisma com que as vemos.
António Borges regedor
A Expansão Marítima de Portugal e Espanha não trouxeram da Américas do Sul apenas milho, açucar, prata e ouro. Levaram e trouxeram doenças epidémicas. Uma delas foi a Sífilis. E um português é figura importante no conhecimento clínico e epidemiológico dessa doença.
Das quatro treponematoses humanas conhecidas, a sífilis é a única que existe na Europa e que é transmitida por via sexual. Segundo (Morais 2019) estudos de biologia molecular apoiam a hipótese de que a sífilis foi introduzida na Europa a partir das Américas e ainda que os avanços científicos nos domínios historiográfico, filogenético e paleopatológico são coincidentes sobre a sua génese sul-americana, sobre a data de introdução no nosso continente e sobre as circunstâncias sociopolíticas que determinaram a sua difusão.
O seu veículo de transmissão foram os marinheiros de Cristóvão Colombo e o foco inicial do seu aparecimento foi em Barcelona em 1493.
Vários autores referem-se a este facto e entre eles estão Francisco López de Villalobos (c. 1473-1549), médico; Ruy Diaz de Ysla (1462-1542), cirurgião castelhano ; Gõçalo Fernández de Oviedo (1478-1557).
No estudo desta doença há um Portguês em destaque. É o médico João Rodrigues mais conhecido por Amato Lusitano. Um Cristão Novo resultado da conversão forçada de Judeus que nasceu em Castelo Branco entre 1510 ou 1511. Estudou em Salamanca e foi mais um entre muitos portugueses que por perseguição da Inquisição aos Judeus teve de fugir do País. Fugiu para Antuérpia
Amato deve ter tido contacto com o estudo da Sífilis ainda em Salamanca num dos hospitais onde fez a sua formação. E posteriormente o seu contributo para o conhecimento clínico e epidemiológico da sífilis foi relevante. Boa parte da sua obra dedica-se à descrição do tratamento desta doença.
Foi professor e médico em Itália, viajou por toda a Europa e ainda pelo Império Otomano onde os judeus gozavam de liberdade de culto. Faleceu na Grécia, em Salónica vítima de epidemia de peste que ajudava a combater.
Bibliografia:
Morais, J. A. David de (2019) - Introdução e difusão da sífilis na Europa: abordagem histórica e epidemiológica in Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas. Volume 15 Setembro-Dezembro 2019 ISSN 0870 -1571
António Borges Regedor
A International Hospital Federation (IHF) lançou, aos hospitais e prestadores de saúde, um programa de reconhecimento de resposta à COVID-19 para “além do dever” que implementassem respostas ou acções inovadoras face à pandemia.
O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) foi reconhecido através do Projecto "CADCOZ" (Centro de Acolhimento de Doentes em Convalescença OZANAM). Tratou-se de criar uma estrutura que pudesse acolher os doentes que, embora ainda Covid positivos, já tinham critérios de alta hospitalar e a quem faltava estrutura familiar ou social de rectaguarda que os acolhesse.
A iniciativa foi possível pela acção conjunta do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), do Município de Santa Maria da Feira e o apoio da Segurança Social.
O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) integra os Hospitais localizados em Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis e abrange ainda os territórios de Arouca e Castelo de Paiva para além de ter dado também resposta a Ovar nesta crise de pandemia.
”Um dos principais objectivos na criação deste programa de reconhecimento foi destacar a agilidade e diversidade das organizações de saúde em resposta à pandemia COVID-19” nas palavras do CEO da IHF, Ronald Lavater
O Centro CADCOZ teve como principais objectivos: proporcionar serviços de emergência, com carácter temporário e transitório a doentes portadores da Covid-19, adequados à problemática biopsicossocial dos utentes; assegurar a satisfação das necessidades básicas dos utentes; e prestar cuidados básicos de saúde, com seguimento clínico e acompanhados diariamente por profissionais de saúde.
O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) está entre mais de Cem Hospitais de vinte e oito países que participaram neste programa. Sendo também de verificar com enorme orgulho que Portugal teve dezasseis instituições premiadas. Estão entre elas os principais Hospitais do País, Lisboa, Porto e Coimbra, mas também a Direcção Geral de Saúde, o INEM, a Santa Casa da Misericórdia de Riba D’Ave e a associação APDP-Diabetes Portugal.
O nosso país foi o que recebeu mais reconhecimentos, superando mesmo todos os países Europeus e os Estados Unidos da América.
António Borges Regedor
Perante uma doença nova, a ciência vai construindo a resposta à medida que a doença se vai manifestando. Construindo conhecimento e aferindo, ajustando e reformulando as hipóteses, as metodologias, os procedimentos. Por isso já foram dadas várias orientações diferentes para o nosso comportamento social. As mudanças correspondem ao aumento do conhecimento adquirido.
A primeira vaga desta doença nova e desconhecida foi contida de forma robusta, mas com grandes reflexos negativos na economia, no ensino, nos comportamentos sociais e principalmente na exaustão dos profissionais de saúde. Sabia-se que o desconfinamento, a retoma da economia, uma certa regularização da vida social iria aumentar os contágios. Mas isso seria suportado pela adaptação dos serviços de saúde, pelo conhecimento da doença que vai aumentando á medida que ela se vai desenvolvendo.
A retoma da normalidade social, as férias, os contactos com pessoas de outros países, ou de outros pontos do país, e o início das aulas, o aumento da actividade económica elevou os números de contágio.
É a economia que gera as receitas necessárias para aplicar na saúde. E é a saúde que assegura a economia. Talvez nunca se tenha percebido tão claramente como a saúde e economia são tão importantes e intimamente ligados. Há outras implicação igualmente importantes, mas em tempos de pandemia a falha de uma desta é o colapso de todas as outras, e do todo social.
O confinamento, por si só, não é a solução. Só confinamento trava a economia. É necessário mais. Os recursos gerados na economia terão de ser prioritariamente encaminhados para a saúde. Sendo que esta tem apenas uma pequena margem de crescimento por muitos recursos que a economia lhe forneça. O seu limite de crescimento é desde logo a especificidade e especialização dos seus recursos humanos e o longo tempo necessário à sua formação. E em segundo o seu esgotamento físico.
Resta-nos um terceiro elemento para estabelecer o necessário equilíbrio. O comportamento social é fundamental. Deve ser um comportamento informado. E há muito défice de informação científica, fidedigna e esclarecedora. Faltam programas pedagógicos na comunicação de massas e também para circulação em redes sociais. Programas que deviam ser feitos pela televisão pública ouvindo as entidades de saúde, os especialistas, os cientistas. Em segundo, o comportamento social deve ser responsável, ético, cívico. A retracção a actividades que aumentem o risco, deve ser da iniciativa pessoal sem precisar de ordem de proibição. Cada um por si deve calcular o risco e actuar pela minimização do mesmo. Não adianta estar um fim de semana em casa, se até ás 13 horas se sujeitou a ser contaminado no meio da multidão. Um baptizado, casamento ou comunhão não justifica a contaminação de famílias inteiras. A empresa e os amigos não acabam por não se realizar o jantar de natal.
O principio da defesa da vida futura deve prevalecer aos costumes e hábitos das efemérides presentes.
Os incómodos presentes são o bem-estar futuro.
António Borges Regedor
O aparecimento de um novo vírus, levou de imediato a tomar algumas precauções, mas a consciência de se tratar de algo duradouro obriga a pensar os nossos comportamentos e hábitos. Ter consciência que não é apenas a resolução do contágio , mas essencialmente os procedimentos de protecção. Desde logo hábitos alimentares para reforço das defesas orgânicas e hábitos físicos para reforços dessas defesas.
Comida saudável, variada em proteínas, hidratos de carbono, vegetais, fruta, água. Será preferível à comida repetitiva, plástica, pobre do hamburger, pizzas e batatas fritas. Redução ou eliminação do açúcar processado.
A escolha da actividade física também pode ser importante. A preferência pela actividade em espaços abertos e actividades de nulo ou baixo contacto físico.
Evitar as actividade em espaços fechados sempre que possível. Preferir a deslocação por locais com menos aglomeração de pessoas. Preferir transportes que dependam essencialmente de nós, como a bicicleta por exemplo.
Sabendo que estamos a agir com mais segurança, reduzimos o medo. Aumentamos a tranquilidade face aos desafios da vida.
António Borges Regedor
O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
Vivemos tempos para os quais não estávamos preparados.
Uma pandemia provocada pelo designado vírus SARS-CoV-2 (COVID-19).
É um agente biológico novo, desconhecido, não se sabendo ainda como se comporta, sabendo já que traiçoeiramente ataca ainda sem manifestar sintomas, e para o qual não existe ainda a arma da vacina.
O combate a este agente biológico só é eficaz se for travado por todo o corpo social. Não é algo que se resolva apenas com medidas hospitalares. Esta luta terá de se constituir em três linhas de defesa.
A primeira linha é a da defesa pessoal. É necessário que cada um fique no seu abrigo. A sua casa onde está mais protegido. Isolamento não significa transpor para sua casa o convívio do café ou do grupo de amigos. É no contacto entre as pessoas que a transmissão se faz. E quantas mais pior. Na sua casa ter comportamentos de defesa pessoal. Lavar frequentemente as mãos. Usar roupa diferente de sair e de estar em casa. Depois de cada saída colocar a roupa da rua para lavar e tomar banho. Este é um procedimento de defesa pessoal. Esta primeira linha da defesa pessoal é também assegurada pelas instituições sociais que cuidam e protegem os cidadãos mais vulneráveis. Os que estão mais debilitados pela doença e os que são cuidados e lares e residências para idosos, e que constituem os cidadãos de maior risco.
A segunda linha é a da defesa no espaço público e do tecido social. A defesa do território. A desinfecção dos espaços públicos tais como ecopontos; ruas pedonais; ou locais de concentração junto de serviços essenciais onde as pessoas ocorrem necessariamente, sejam supermercados, farmácias, bancos, comércios e zonas industriais em funcionamento. Essa linha de defesa que deve ser feita pelas autoridades locais, não pode ser negligenciada. Ela é fundamental para diminuir os riscos de propagação da doença para quem tem de se deslocar aos serviços essenciais. A acção das autarquias locais tem de ser o socorro das instituições que protegem colectivamente cidadãos mais vulneráveis. Quando essa barreira de solidariedade colapsa a rectaguarda deve ser apoiada pelas autoridades locais, não deixando avolumar os danos.
A terceira linha é a última barreira de combate à doença, a que deve ser mais preservada por ser o último reduto de defesa perante a perigo de sucumbir. Aumentar a linha de defesa médica, implica aumentar as duas primeiras linhas de combate. Só assim asseguraremos que no caso de sucumbirmos ao ataque do covid-19 teremos um apoio médico disponível, garantido e preparado para nos socorrer.
António Borges Regedor
Vendo como muitas das árvores são tratadas em meio urbano, alguém poderá questionar o porquê de plantar árvores nas cidades.
Na verdade, a saúde das cidades e dos seus habitantes depende da quantidade e saúde das árvores que tem plantadas.
Àrvores nas cidades, com boa saúde, são fundamentais para a saúde pública dos seus habitantes.
Desde logo a função mais visível das árvores. A sua função de sequestro de carbono. Num tempo em que cresce a preocupação com o aquecimento global e a necessidade de reduzir os gases com efeito de estufa, nomeadamente o carbono, as árvores cumprem essa tarefa.
Não apenas nas ruas e avenidas, mas também em parques e jardins. Aqui, são espaços de valor estético e ambiental. Espaços de permeabilização para reposição das águas no subsolo e em lençois freáticos. Espaços de diversidade da flora e de abrigo a variada fauna. Espaços de lazer e saúde pública. O exercício físico pode combater tanto problemas psicológicos como a depressão como problemas físicos como a obesidade entre muitos outros benefícios para a saúde.
As árvores filtram o ar, retêm agua da chuva, produzem oxigénio, reduzem gases de efeito estufa, e amenizam temperaturas. Reduzem as temperaturas no verão, tornando mais amenas as cidades.
Obviamente que têm de ser árvores saudáveis, crescidas, com ramagens e copas. Não alguns troncos que é habitual ver em cidades onde são mal tratadas. Onde em vez de podas de correcção, lhes fazem cortes de madeireiro. Árvores deformadas, atarracadas, sem copas, autenticos paus ao alto, sem estética nem préstimo. Essas são árvores mal tratadas que em muitos casos as leva á morte. E isso devia ser considerado crime contra a saúde pública.
António Borges Regedor
É um dos que produz mais impacto ao visitante. A região é maravilhosa. Possui ainda grande diversidade biológica. O Rio é límpido, com muito peixe. Comporta várias práticas desportivas e de lazer.
Para chegar, tomando a direcção de Arouca, deve seguir a partir daí pela Estrada ER 326-1.
O percurso total do passadiço têm a extensão de 8 650 metros na sua maioria em madeira, e com pequenas ligações em caminho de terra. Tem uma parte fracamente mais difícil. A do Areinho até ao Vau por ser mais acidentada e menos protegida por vegetação. Pasado esse troço mais difícil, é sempre a descer, ao longo do rio, pela margem muito arborizada, o que lhe confere frescura e agradável sensação de passeio na natureza.
Recomendo começar pelo Areino. É uma pequena praia fluvial. Arborizada. O primeiro kilómetro é plano em terra batida até ao sopé da encosta que será subida em escadaria. Não se entusiasmem. Subam lentamente, aumentando o ritmo cardíaco lentamente. Aproveitem a paisagem, tirem fotografias, conversem. A subida será tanto mais agradável quanto mais lenta. No cimo sentirão uma sensação de vitória, satisfação pelo que já percorreram e domínio da paisagem. Aí verão a construção da ponte pedonal na zona da Cascata das Aguieiras. Tal como na subida, agora é outra escadaria a descer a encosta até uma cota próximo do leito de cheia desse maravilhoso rio Paiva. A partir daí, o percurso vai sempre a descer dando a sensação de plano. Acompanha o curso do rio. Sensivelmente a meio há outra praia fluvial. A do Vau. Com apoios para refeição ligeira, sanitários e muita frescura para os dias de calor. Recompostos à medida que se aproxima o fim do passadiço, na Espiunca, fica a vontade de fazer mais. Divirtam-se.
António Borges Regedor
Os limites das métricas em cienciometria
Nas recentes jornadas da Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde (APDIS) que se realizaram a 20-22 de Abril na Universidade de Coimbra, foi apresentada uma comunicação que questiona um dos limites das métricas tradicionais da cienciometria na área da saúde e apresenta uma outra métrica para a determinação da relevância clínica.
O estudo da autoria de Ivan Luiz Marques Ricarte, Maria Cristiane Barbosa Galvão, Fabio Carmona, Danielle Fernandes Santos tem por título “Citações e fator de impacto não refletem relevância clínica da informação em saúde”.
A critica incide nas métricas tradicionais, as citações e o factor de impacto, não reflectirem relevãncia clínica da informação em saúde.
O Objetivo do estudo foi: Avaliar se a quantidade de citações do artigo e o fator de impacto do periódico estão associados à relevância clínica da informação, considerando a perspectiva dos profissionais da saúde que assistem diretamente a pacientes
Essencialmente pretende-se saber se há diferença entre a relevãncia que é percebida pelos profissionais de saúde e a quantidade de citações e factor de impacto do artigo.
Usa um índice de relevância clínica assente em percepção qualitativa arrumada em três classes de artigos publicados em PubMed com citações em ISI Web of Science e em Google Scholar e factor de impacto segundo a base de dados SCImago Journal & Country Ranking.
Os participantes foram médicos, farmacêuticos e enfermeiros. Usados 144 resumos e obtidas 7559 respostas.
O estudo afirma que as “Citações e fator de impacto não expressam relevância clínica” e conclui que: “Medidas baseadas em quantidade de citações podem ser úteis para avaliar o uso da informação académica por académicos, mas não conseguem capturar o impacto que essa informação pode ter na prática clínica e, portanto, não são úteis como uma métrica para a translação do conhecimento”
Medidas como o CRII (Clinical Relevance of Information Index, a medida usada no estudo) “capturam o impacto da informação na assistência a pacientes e podem ser utilizadas para avaliar o processo de translação do conhecimento e o impacto social de pesquisas académicas” http://apdis.pt/publicacoes/index.php/jornadas/article/view/100/134
António Regedor
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