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Sexta-feira,
Junho 01, 2012
DATA: 15 DE JUNHO DE 2012
Objetivos:
A realização do Workshop de
CI da UFP 2012 enquadra-se no âmbito das atividades desenvolvidas ao nível do
2º ciclo (Mestrado) em Ciências da Informação e da Documentação da Universidade
Fernando Pessoa. Constituem objetivos principais deste encontro a divulgação e
discussão de temáticas recentemente investigadas em áreas que se consideram de
grande importância como sejam a literacia, a visibilidade e o impacto da
biblioteca na comunidade, ou ainda o acesso à atividade de
professor-bibliotecário.
Visa-se igualmente a
divulgação junto dos técnicos da informação e do conhecimento de estudos
recentes nos domínios das bibliotecas escolares, públicas e universitárias.
Como objetivos complementares o presente encontro pretende discutir o trabalho
produzido por alguns dos mestrandos em CID e fomentar o diálogo entre docentes,
estudantes e profissionais que trabalham na área, debatendo problemas
levantados no decurso das investigações realizadas e concluídas com êxito,
comparando experiências de trabalho.
O Workshop de Ciência da
Informação 2012 reúne docentes e estudantes que frequentam ou frequentaram o 2º
ciclo de CID da UFP. O encontro destina-se também a todos os interessados e
estudiosos dos mais diversos temas e problemas da Ciência da Informação.
Programa
Abertura
15:00 -15:15
Diretora da Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais da UFP – Prof.ª Doutora Inês Gomes
Coordenador do Departamento
de Ciências da Comunicação e Empresariais - Prof. Doutor Rui Estrada
Coordenadora de CID - Prof.ª
Doutora Judite Gonçalves de Freitas
1º tema - O
perfil das novas bibliotecas escolares, universitárias e públicas
15:20-15:40 - Ana Maria de
Sousa Rebelo - A Biblioteca Universitária: desafios e oportunidades para o
profissional da informação
15:40-16:00 - Raquel Maria
Gonçalves Vieira Cascaes - A profissionalização do professor-bibliotecário. As
Bibliotecas Escolares do concelho de Matosinhos. Estudo de caso
16:00-16:20 - Olga Mafalda da
Cruz Nunes - A Biblioteca Municipal João Brandão. Análise das representações
sociais dos utilizadores e impacto social. Estudo de caso.
16.20-17:00 - Discussão
17:00 -17:15 - Pausa para
café
2º tema -
Literacia da Informação e uso de novas tecnologias: algumas respostas
para um
«velho» problema
17:15-17:35 - Ricardo Manuel
Capela Martins - Literacia da Informação ou literacias da informação? Do ideal
ao real. Estudo de caso.
17:35-17:55 - Teresa Maria
Borges Cardoso - As Bibliotecas e as redes socais no digital - Quem usa e como
usa no Distrito de Aveiro.
17:55-18:15 - Discussão
18:10-18:30 - Encerramento
A
participação é gratuita mas sujeita a inscrição prévia. Para a formalizar aceda
a:
Comissão Organizadora:
Prof.ª Doutora Judite A.
Gonçalves de Freitas
Prof. Doutor Luís Borges
Gouveia
Dr. António Regedor
Divulgação:
Gabinete de Comunicação e Imagem da UFP
Com o devido destaque publico a opinião de:
Judite A. Gonçalves de Freitas
Professora Associada com Agregação em História e Estudos Políticos (FLUP)
Docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA
Email: jfreitas@ufp.edu.pt
"À questão formulada poderia responder de duas formas:
1ª Existe uma nova realidade condicionada pelo actual e hodierno contexto social, cultural e tecnológico. Pois se durante muitos séculos a escrita e a leitura foram dominadas por uma minoria de indivíduos, os alfabetizados, hoje a alfabetização não dispensa o domínio das novas tecnologia de informação e comunicação.
2ª Em consequência desta expansão das novas formas de comunicar e das novas linguagens audio-visuais, ocorrida nas últimas décadas, todas as instituições educativas de nível médio ou superior, devem assumir o repto de bem formar os jovens e adultos para a integração na vida activa e uma maior participação na sociedade civil.
Assim, penso que a designada "Sociedade de Informação" exige novos modelos de ensino-aprendizagem num quadro tecnológico, cultural e social bem diferenciado do de há apenas duas décadas atrás. Neste quadro, as exigência impostas às bibliotecas escolares são muito maiores e bem diferenciadas: o acesso a bases de dados, a navegação hipertextual, a interactividade, as apresentações multimédia são também meios de formação essenciais aos jovens nos nossos dias. A escrita e a leitura também passam por ai... Ao invés da biblioteca escolar tradicional ser um espaço de reserva dos manuais escolares e meia dúzia de obras de referência raramente consultadas, ela deve promover a aquisição das novas competências de leitura complementares das formas tradicionais. Por tudo isto, considero muito bem-vinda a figura do professor-bibliotecário, desde que reuna as competências tradicionais de bem ensinar a ler e a escrever, mas igualmente esteja apto a bem ensinar a manipular os recentes meios de informação e conhecimento. Para tal exige-se formação vocacionada dos agentes educativos por forma a promover uma alfabetização adequada à sociedade contemporânea. Urge a mudança de paradigma do professor e, consequentemente, do professor-bibliotecário."
A Minha opinião:
Naturalmente que é vantjosa a figura do professor-bibliotecário. Como sabemos ha já muitos professores com formação pós-graduada. Uma boa parte dos licenciados em Formação ao nível do Mestrado e da Pós-graduação na área das Ciências da Informação e Documentação são professores e têm perspectiva de virem a desenvolver a actividade de professor-bibliotecário.
Também estou de acordo que deve ser maximamente explorada a possibilidade de trabalho
O tratamento técnico da colecção pode e deve ser feito centralmente, pelo menos ao nível do Município com a articulação feita pelo SABE.
Concordo com a Arcelina quando diz que não haver coincidência de opiniões é positivo porque ajuda à discussão e esclarecimento da melhor formulação para a figura que deverá desenvolver a biblioteca escolar.
De igual forma a actividade deve ser em rede havendo uma centralização do trabalho mais técnico que deverá ficar a cargo do SABE.
Dessa forma, libertando o professor bibliotecário das tarefas mais técnicas e repetitivas, libertamo-lo para, como diz a Arcelina, ser um "organizador e coordenador da parte pegagógica, aquele que para al´me de ter conheciementos técnicos possa investir mais na parte das actividades pedagógicas e que as articule juntamente com os vários departamentos curriculares"
E assim começamos a dar coerência ao sistema ( Biblioteca de Leitura Pública orientada para o público adulto, senior, fora do sistema escolar e o SABE que articula tecnicamente com a BE )
A opinião de GASPAR MATOS
A questão de o bibliotecário escolar ser ou não professor? Bibliotecário terá que ser, apoiando o quadro docente, considerando as linhas de acção dos planos de actividade das escolas/agrupamentos e propondo soluções tanto complementares como inovadoras. Ser mais-valia para o processo educativo.
É óbvio que os recém-formados em CID defenderão a sua inclusão neste mercado, o que me parece bastante natural, ainda por cima considerando a pouca oferta de colocações. No entanto, os professores têm uma experiência que é importantíssima para o exercício da função, não só por, bastas vezes, terem já anos acumulados de BE's (mesmo sem habilitações ao nível da PG/Mestrado, conheço exemplos notáveis de docentes com esse perfil) mas também porque possuem um conhecimento de toda a "engrenagem" - particularmente a burocrática, que é tremenda - da Educação, que é fundamental para o exercício do cargo (pelo menos num momento inicial). Acresce que, com a nova regulamentação, não me parece que estejam para durar as situações de Professor-Bibliotecário sem PG/Mestrado ou, no mínimo, formações avulsas em áreas específicas (processamento documental, promoção da leitura, TIC). Aliás, muitos docentes já as fazem. Mas existem exemplos contrários, nomeadamente no ensino superior (apesar de as realidades serem diferentes, nomeadamente no que a questões pedagógicas concerne): vários foram os bibliotecários recém-formados a ingressarem em bibliotecas universitárias. Em suma, não me parecendo imprescindível estar na carreira docente, parece-me natural (e apresenta mais-valias consideráveis).
Por último, uma questão que me parece interessante: do início da construção da RNBP - 80's -, até aos nossos dias, a cooperação e conceito de Rede parece ter sido pouco explorada (ou, sendo-o, com resultados que poderão ser discutíveis). Contrapõe-se, no que às BE's diz respeito, com a extraordinária ferramenta que é a Lista RBE do Gmail: um local de partilha, de entre-ajuda, de comunicação entre as partes ao nível da base e mesmo entre as diferentes formas de organização: professores-bibliotecários, RBE (Casa-Mãe), "andorinhas", responsáveis de SABE's, todos em dinâmica de troca de experiências, saberes, materiais, informações. Que pena a web 2.0 só agora ter surgido, por aqui se vê a diferença que fez (e faz): a Rede, na RBE, existe 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano.
A opinião de ARCELINA
Já estive a ler laguns comentários, na verdade, a visão não é coincidente, mas isso até pode ser bom, porque refresca as ideias em torno do tema. Penso que se poderia avançar com a discussão. Seria também importante apresentar os obejctivos que o ME tem ao viabilizar esta figura nas bibliotecas escolares. E depois, os obejctivos de ligação com as bibliotecas em rede ( Pública e escolares) podendo a pública apoiar nos aspectos mais burocráticos. Ou será que os aspectos mais técnicos e burocráticos têm também de se impor no ambiente escolar , sobrepondo-se à parte pedagógica? Então queremos mais um técnico, na Biblioteca escolar do que um organizador e coordenador da parte pegagógica, aquele que para al´me de ter conheciementos técnicos possa investir mais na parte das actividades pedagógicas e que as articule juntamente com os vários departamentos curriculares...
A figura do professor-bibliotecário sugere alguns comentários que notam diferentes sensibilidades, e que desde já agradeço a todos os que os enviaram.
Apresento-os todos juntos para melhor apreciação:
"Após a abertura deste concurso - caso não concorra ninguém para o lugar - o lugar é assegurado por outro professor dessa escola que pode não ter qualquer formação específica na área de Biblioteca. Apenas se deve comprometer a frequentar acções de formação nessa área.
Isto é, no fundo a ideia é excelente, mas na realidade poderá permanecer tudo na mesma". Armanda Quintela
Estou de acordo com a preocupação de Armanda Quintela:
Na verdade admitir que se pode ser professor-bibliotecário sem qualquer formação, é insistir no voluntarismo e na falta de rigor.
Dabemos que há muitos professores com formação em Ciências da Informação e Documentação ao nível da Licenciatura, Especialização/Pós-graduação e Mestrado. Há várias Universidaes e Politécnicos a formar nesta área. Não vemos razão para que não seja feita a exigência da formação específica para se ser professor-bibliotecário.
António Regedor
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