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A DGLAB (Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas) na área da RNBP (Rede Nacional de Bibliotecas Públicas) , em serviços para profissionais tem uma lista de produção científica nacional na temática das bibliotecas públicas.
É uma excelente iniciativa a possibilidade de pesquisa compilada acerca do tema. Admito que se encontra mais algumas teses de Doutoramento e dissertações de Mestrado para além das indicadas. Eu conheço mais uma tese que não está referida na lista. Conheço por ser uma tese em que tive participação no Júri como arguente.
Em todo o caso, a maioria da produção está certamente representada.
Fiz uma leitura rápida e encontrei citações minhas em três teses de Doutoramento e em duas dissertações de Mestrado, sendo que três das dissertações são de ex alunos meus. Fico muito satisfeito saber que contribuí de alguma forma para a produção científica nacional nesta área das bibliotecas pública, como em outras.
Espero que venham a ser feitas listas da produção em bibliotecas escolares em especializadas, ou ainda em temas de indexação, cienciometria e avaliação de unidades de informação. Foram temáticas das minhas aulas que deram oportunidade a outros trabalhos de investigação científica.
Só tenho motivos para estar satisfeito.
António Borges Regedor
As formas de associação dos cientistas em Academias são os primeiros instrumentos de reconhecimento social da actividade científica.
A legitimação da actividade e produção científica pelos pares foi fundamental para o posterior reconhecimento social. E isso foi feito inicialmente pela sociedades científicas. As Academias. Em 1603 surgiu a Accademia Nazionale dei Lincei de Roma. Foi sócio desta academia Galileu Galilei. Em 1635 foi fundada a Académie Française. Em 1660 foi a vez da Royal Society de Londres e logo em 1666 a Académie des Sciences de Paris. Já em 1700 funda-se a Academia das Ciências de Berlim e em 1779 a Academia das Ciências de Lisboa.
As observações, experiências, inovações eram inicialmente apresentadas presencialmente nas Academias, para logo de seguida passarem a ser publicadas. E isso fazia-se nas próprias revistas das diversas Academias. A de Londres era a Philosophical Transactions e a de Paris com o Journal des Savants. Era a publicação nas revistas científicas que garantia a autenticidade da autoria, o que ainda agora acontece.
O crescimento da produção científica justificou o aumento de publicações científicas e o seu crescimento. No século XIX a produção científica aumenta nas Universidades e nos laboratórios industriais. Deixa praticamente de haver investigadores independentes para toda a produção se fazer dentro e enquadrada pelas instituições. Este fenómeno leva a A. M. Weinberg a designar o novo momento como Big Science em contraponto com a ciência anterior feita pelo investigador isolado no seu laboratório. Derek de Solla Price estuda o crescimento exponencial da ciência. E José M. Lopez Piñero tratou estatisticamente. E a investigação agora feita em grandes centros de investigação remete para Bruno Maltras que aponta para a profissionalização dos cientistas.
O final do século XX tem já como panorama uma grande parte da investigação feita em instituições privadas e já não exclusivamente nas universidades. E o paradigma económico liberal facilita transformar a produção científica num rentável negócio editorial. Sendo que a validação científica da produção continua a ser feita pela publicação de modo a ser divulgada pelos pares e colocada à discussão, ao comentário dos pares, as industrias de edição científica passaram a ter quase que a totalidade da publicação científica. Surge assim o problema do acesso `à publicação científica que passa a ser paga e dependente de interesse económico lucrativo. O que é contrário ao princípio da publicação para o conhecimento e confronto com a opinião dos pares e validação científica.
O passo seguinte foi necessariamente o de caminhar para o livre acesso ao conhecimento científico. A sociedade online veio possibilitar em muito a resolução do problema. A ciência aberta aumenta o trabalho colaborativo. Já não se limita apenas à disponibilização em fonte aberta das publicações, ou seja, aos resultados, mas também aos dados que estão na base dessas publicações.
O modelo de publicação em fonte aberta é da criação de repositórios de produção científica nas diversas instituições que estão ligados entre si, e pesquisáveis em grandes plataformas. Para dar o exemplo de Portugal: Uma tese é publicada online num repositório de uma universidade, que está conectado no directório Rcaap ( Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal) que é o grande repositório nacional. O que significa que qualquer investigação científica produzida está acessível a uma pesquisa em linha. Esta é também uma linha de orientação política da Comunidade Europeia através de vários instrumentos de promoção da ciência aberta.
António Borges Regedor
A preocupação da indexação das revistas em bases de dados de grande impacto continua a ser uma realidade, apesar do enorme crescimento da publicação em repositórios institucionais em open acces. A necessidade de mostrar publicações indexadas com maiores factores de impacto e em revistas que são promovidas por acção de marketing e figuram em packs de empresas fornecedoras de conteúdos científicos ainda pesa muito nas preocupações e práticas dos investigadores. A cienciometria ainda está longe de encontrar uma boa solução para a necessária publicação da produção científica e para o seu financiamento adequado.
Como podemos depreender do texto de Rubén Urbizagástegui
“En el campo de la Bibliotecología y Ciencia de la Información Latinoamericana, se habla con abundancia de "revistas internacionales" y también de la "internalización de las revistas". Se habla de la necesidad de que esas revistas (académicas o científicas) sean indexadas por "bases de datos internacionales", aun cuando los países locales no tienen un control adecuado de sus revistas nacionales y menos poseen bases de datos bibliográficas nacionales, donde estas revistas académicas o científicas deberían ser prioritariamente indexadas. No invierten en bases de datos nacionales pero si exigen que sus investigadores publiquen en revistas que estén indexadas en bases de datos internacionales y mejor si estas son Web of Science o Scopus. Las autoridades culturales de los países latinoamericanos con certeza no saben ni cuantas revistas son publicadas en sus territorios nacionales. Traigo a colación esta afirmación porque me he dado el trabajo de leer con atención el libro "Revistas académicas colombianas: trayectorias y orígenes" de autoría de la Dra. Cristina Restrepo Arango. Este libro analiza las revistas editadas por universidades e instituciones académicas públicas o privadas en Colombia. Por ejemplo, de las 855 revistas identificadas, el Web of Science no indexa ninguna, solo su Emerging Sources Citation Index lista 220 revistas y Scopus solo indexa 83 revistas. Y Para que necesitamos que estas dos bases extranjeras indexen las revistas Latinoamericanas? No sería mejor construir bases de datos nacionales que indexen las revistas académicas locales?
Los que se interesen por estos asuntos pueden bajar el libro del siguiente sitio e incorporarlo a sus bibliotecas o colecciones personales:”
https://www.academia.edu/37200329/Revistas_acad%C3%A9micas_colombianas_trayectorias_y_or%C3%ADgenes
Cordialmente
Rubén Urbizagástegui
Claro que isto me enche de satisfação.
Quase duas centenas de leitores de artigos em que participei. E trinta e sete citações.
Afinal a minha produção científica continua a ser útil.
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O trabalho científico, pode não ter resultados imediatos. Com o tempo a repercussão do trabalho vai chegando.
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António Regedor
O meu amigo Luís Borges Gouveia , traz-me ao conhecimento mais um artigo acerca da publicação científica e oriundo da Universidade de Toronto no Canadá. Posada, Alejandro e Chen, George [2017] “Publishers are increasingly in control of scholarly infrastructure and why we should care. A case study of Elsevier”. University of Toronto Scarborough. Esta Universidade está a produzir trabalho de investigação sobre a edição científica, as empresas que a editam e o domínio que tendo sobre o mercado que se reflecte no controlo da infraestrutura académica.
Já escrevi sobre este tema, alertando para a mudança de paradigma da publicação, que enormes implicações produz no modo de produção científica. O último foi “Edição científica. Pirataria e Acesso Aberto” em 10 de Outubro de 2017 no http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/edicao-cientifica-pirataria-e-acesso-165716 anteriormente tinha referido os dois grandes gigantes da edição científica sendo um deles a Elsevier, objecto de estudo deste novo artigo de Posada e Chen. Foi também em http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/crescimento-da-industria-de-edicao-158201 com o título: “Crescimento da indústria de edição científica” em 21 de Março de 2017.
Tudo começa quando as empresas de publicação científica ocupam o terreno deixado vago pels editoras institucionais. Imensas editoras foram sugindo no mercado. E o mercado tornou-se um negócio para empresas financeiras que foram efectuando aquisições e dominam hoje o mercado. Serão umas seis empresas, sendo a Elsevier que agora é objecto deste caso de estudo uma delas, com 16,4 % de toda a publicação em Ciências Sociais e Humanas.
Essas financeiras que controlam as editoras estão investindo no segmento das ferramentas de análise de dados. Dessa forma passama controlar o conjunto do ciclo de produção científica. E também por isso passam a ter possibilidade de controlo sobre os investigadores e daí à determinação das frentes de pesquisa será o último e pequeno salto.
Posada e Chen [2017] alertam para duas possíveis consequências. O aumento da dependência dos investigadores e das instituições e o aumento da desigualdade global do conhecimento.
E dessa forma o controlo de todo processo de produção científica passa para a mão de empresas financeiras. Podemos estar a falar de financeirização do conhecimento.
O artigo refere ainda as questões do valor da investigação que as empresas de edição não pagam e o facto de lucrarem por esse valor não remunerado aos investigadores.
Concluem os autores que “a comunicação académica não deve ser apenas aberta, mas também deve ser sem fins lucrativos.” E que “Existe uma necessidade urgente das comunidades de investigação e das agências públicas de colaborarem em recuperar a infraestrutura em torno do processo de produção de conhecimento académico.” Posada e Chen. [2017]
Consideramos que é importante continuar a desenvolver a política de Repositórios de Acesso Aberto e que as feramentas e serviços de análise de dados de citações e factores de impacto passem por instituições públicas de modo a garantir maior independência aos investigadores e maior transparência no acesso aos investimentos canalizados por via desses rankings.
António Borges Regedor
O modelo instituído de medição do impacto da produção científica é o da quantificação e nomeadamente da contagem de artigos e de citações. Por esse processo é feito o seu financiamento. Assim se determina o factor h, relativo ao autor e o factor de impacto das revisatas científicas.
No entanto, há uma nova realidade comunicacional que potencia a visibilidade dos artigos publicados e dos seus autores.
A facilidade e rapidez do envio dos textos. Os meios em que são colocados. A sua disponibilização em open access. Já não são apenas as citações em outros artigos científicos que dão a imagem do impacto das publicações, mas são também as visualizações, os downloads, as menções e os comentários em blogs e as partilhas, os likes e tweets nas redes sociais.
Esta nova realidade que existe para além das citações exige novas métricas e novas ferramentas de quantificação e demonstração. E começam a aparecer. O “The PlumX Suite” é uma dessas novas ferramentas.
https://www.ebsco.com/news-center/press-releases/plumx-suite-now-available-from-plum-analytics
Para quem pensa que ciência da informação é só bibliotecas e arquivos, aqui está uma notícia de um dos ramos da ciência da informação. A cienciometria.
“Vai realizar-se en Salvador de Bahia (14-16 sep. 2016) o seminário:
PRODUCIÓN CIENTÍFICA Y TRANSVERSALIDAD DE LOS ESTUDIOS MÉTRICOS. É uma organização da Universidad Federal de Bahia (UFBA) e do Instituto de Investigaciones Avanzadas sobre Evolución de la Ciencia y la Universidad, da Universidad Carlos III de Madrid (UC3M) e da Universidad Autónoma de Madrid (UNAM)(ES).
O programa e as condições de participação estão em:
Universo editorial científico
O Universo editorail é cada vez mais aberto. A Net como meio, o digital como formato, possibilitam e potenciam a difusão da informação com um mínimo de bareiras.
Mas esta facilidade de acesso à informação produzida, e especialmente à iprodução científica coloca, para bem e para o mal, a questão da mudança de paradigma do controlo autoral sobre o que se produz a uma escala muito superior à que se verificava na publicação física.
O problema não é novo, mas ganha uma nova dimensão e visibilidade. Na produção física o autor tinha controlo sobre determinada quantidade de exemplares produzidos, mas não sobre o número de leitores. Os direitos autorais limitavam-se aos exemplares produzidos e vendidos. Não aos lidos. No plano digital, o controlo do lido é ainda menor, e menor é também o controlo do reproduzido. Começa a ser usual o autor não esperar receber pela publicação do seu trabalho científico. A que se reduz então o direito autoral? Quem remunera o autor científico? Como se alterou a cedeia de publicação? E outras mais questões que se colocam.
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