Os deputados do partido do brexit viraram as costas ao Parlamento Europeu, repetindo o mesmo que os deputados do partido nazi fizeram no Bundstag, o parlamento alemão. Em ambos os casos é o desprezo pela democracia, pelo parlamento como espaço da representação democrática. Sabiam o que estavam a fazer e o que isso significa. Se no acto houve ignorância, também é grave que sejam estes ignorantes a representar os interesses dos eleitores.
O dirigente deste partido é Nigel Farage, um indivíduo que em muito se assemelha ao Trump e que com ele partilha ideias neoliberais, antidemocráticas e perigosas.
Os Estados Unidos da América têm sistematicamente tomado posições que prejudicam a Europa, que criam focos de tensão e de instabilidade, e que procura apoiar dentro da Europa um conjunto de países contra a união e de inspiração totalitária. (Desde a interferência no Kosovo e Ukrania, à permanente instabilidade no Báltico e colocação de bases entre a Europa e a Rússia, até as posições de comércio e embargos comerciais). Steve Banon um dos ideólogos do trumpismo tenta criar na Europa um grupo de partidos de extrema-direita que seja o embrião da destruição da Europa de paz, solidariedade e desenvolvimento. Nigel Farage é o testa de ferro de trump na Europa e o seu partido o seu instrumento.
As forças que criaram o brexit são opositoras da Europa e fazem o jogo do poder económico concorrente. A Europa continua refém dos Estados Unidos e praticamente obrigada a pagar-lhes um tributo de 2% do seu PIB em compra de armamento.
Há quem queira na Inglaterra e na Europa do grupo Italiano de Salvino mais o de Visegrado ser o Cavalo de Tróia de interesses do neoliberalismo, do fascismo, e contra a Paz, Democracia, Solidariedade e Desenvolvimento Económico da Europa, da Comunidade Europeia e do Euro.
António Borges Regedor