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Mais uma leitura de um romance de Carlos Vale Ferraz. Desta vez o “Gémeo de Ompanda”. Já tinha lido “Nó Cego”, a “Última Viúva de África”, “Que fazer Contigo Pá?” e “Angoche”. Neste livro o tema da colonização e do colonialismo, o tema da missionação e das missões laicas ou religiosas, o tema da cultura ou das culturas. Neste livro desfilam perante a nossa leitura os protagonistas Atsu, negro, gémeo, amaldiçoado e que irá ser médico virologista. Francisco Boavida, filho ilegítimo de “boas famílias do regime”, mas escondido na condição de vagabundo rico e jogador bolsista em Nova Iorque, e Aliene filha de missionários laicos, funcionária da ONU e directora de um campo de refugiados e portuguesa branca nascida em Angola. Deles diz o autor: “…são as que criei para contar uma história sobre a colonização e o colonialismo português em África…”. Tudo a postos e com vários ingredientes para um romance de emoções, reflexões e sentimentos díspares. E mais que todos a história de Aliene que “passou a constituir um trio com Atsu e Xico Boavida, sem adivinhar o que tornava Atsu diferente dos outros jovens africanos e o porquê de Xico Boavida ter sido ostracizado pela matilha das famílias mais importantes de Portugal”.
António Borges Regedor
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