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O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
O Credit Suisse aponta que até 2024 o número global de milionários passará a ser de 62 milhões de pessoas.
Diz também que os 1% mais ricos do mundo controlam 45% de toda a riqueza do planeta.
O ano passado controlavam 44,9% e, no ano anterior, em 2017, controlavam 44,1%.
Verificamos assim que o actual paradigma neoliberal promove a concentração de riqueza e produz um gap cada vez maior entre os mais ricos e a generalidade da população cada vez mais pobre.
Estamos a afastar-nos do modelo de sociedade mais solidária, mais equitativa, mais equilibrada, mais justa onde o dever do Estado é a promoção do bem estar comum, do estado social, através de políticas de repartição da riqueza e de previdência social.
Sociedades de desigualdade geraram sempre estados de violência. Com a concentração de riqueza é para aí que caminhamos.
Vilfredo Pareto foi um economista liberal e sociólogo italiano do século XIX.
Era anti-socialista, defensor do mercado e do ponto de vista siciológico era defensor da dominação das elites.
Assim sendo, foi um dos teóricos do fascismo.
No âmbito da ideologia liberal considerava que a democracia era uma ilusão.
Do ponto de vista sociológico considerava que uma classe dominante sempre subsistirá enriquecendo-se cada vez mais.
A sua perspectiva económica é a da redução drástica do Estado
Ora foi isto que aconteceu no tempo de Mussolini: Destruição da liberdade política; Substituição da gestão estatal pela gestão privada; Diminuição dos impostos sobre a propriedade; Alberto De Stefani ministro das finanças de Mussolini reduziu impostos, aboliu isenções fiscais que beneficiavam contribuintes de de renda mais baixa, facilitou as transações com ações, desregulou os alugueis, privatizou os seguros de vida e transferiu a gestão do sistema de rádio para o setor privado
O século XXI foi nitidamente marcado pelo reanimar destas ideias, agora em movimento denominado neoliberal. O menos estado, a venda dos bens públicos a privados, o aumento das desigualdades por perda dos mecanismos de redistribuição da riqueza e a consequente concentração dessa riqueza, por destruição da classe média e alargamento da base de empobrecimento.
E tudo isto, já resultou em grandes tragédias como nos documenta a história.
A Universidade de Chicago é considerada o berço da ideologia neoliberal, pelo predomínio do pensamento de Milton Friedman, representante da escola monetarista, da absoluta liberalização do mercado e do não intervencionismo regulador estatal, a par das privatizações e da recusa dos gastos sociais.
Sabemos que o mercado por si é devorador. Impiedoso na obtenção de lucros que sem regulação e intervenção orientadora do estado, leva à concentração da riqueza num cada vez mais pequeno número. O actul 1% contra os 99%. É a intervenção do estado que pode traçar políticas e que através dos gastos sociais promove a redistribuição da riqueza produzida. A escolha é clara.
António Regedor
https://noticias.up.pt/universidades-europeias-debatem-financiamento-na-u-porto/
O ensino é caro. Corresponde a um período da vida em que o indivíduo não tem receita, mas apenas despesa. Na generalidade dos casos despesa suportada pela família, e dessa forma só as famílias mais abastadas possibilitavam formação superior aos seus filhos. A desigualdade social a começar no berço.
As sociedades modernas e que para além de estados de direito são também estados sociais tiveram primordial atenção à alfabetização, ás literacias e á formação superior. Durante alguns, poucos anos em portugal, vivemos um clima de promoção da formação, da investigação e ciência.
O modelo de Bolonha para o ensino superior, veio introduzir um paradigma neoliberal, com o estado a desconsiderar a formação académica e a ciência, desvinculando-se desses custo e transferindo-o à maneira neoliberal para quem puder pagar a sua própria formação. A redução de um em quatro anos de ensino superior significa tão só a dimnuição em orçamento de estado de 25%. O resto da formação que tendencialmente será distintiva ao nível do Mestrado ficará dependente dos recursos de cada um.
Com menos recussos dos estados, e com cada vez menos alunos capazes de pagar os seus prórios estudos, a Universidade vê-se cada vez mais limitada na sua missão, que é o de formar o melhor e maior número possível de cidadãos, e dessa forma promover a competividade do país. O país é tanto mais competitivo no seu todo, quanto mais formação superior, mais investigação, ciência estiver capaz de produzir.
Por isto se vê a Universidade e tentar procurar financiamento que lhe dê futuro e assim dê futuro ao país.
António Regedor
O que significa ‘digital humanities’? Existe a discussão a seu propósito e a propósito do neoliberalismo (Allington, et al, 2016). Também por isso trâs autores (David Rheams (drheams@masonlive.gmu.edu), Tai Neilson (tneilson@masonlive.gmu.edu) e Lewis Levenberg (llevenbe@gmu.edu). propõem-se receber contribuições para a elaboração de um Handbook of Methods in the Digital Humanities. Os temas foco são:
Content analysis / textual data mining
- Critical code studies
- Visual analysis
- Physical digital structures
- Online interviews and ethnography
- Network analysis
- Political economy
- Communications / media studies
- Archives
- Big data
- Dark web / the illicit
- Collaborative research
- Presenting research
- Information aesthetics
- Procedural literacy
Se a alguém interessar, tem oportunidade de colaborar.
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