.posts recentes

. Percursos pedestres das s...

. Percursos nas escarpas do...

. Percorrendo a Ecovia do C...

. Trilho de Vilarelho da Ra...

. O que não se deve fazer e...

. Trilho dos Moinhos  de Sã...

. Golfe e Ética

. Natureza, Trilhos e Passa...

. PASSADIÇO DO PAIVA

. PASSADIÇOS

.arquivos

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Abril 2022

. Março 2022

. Fevereiro 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Setembro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Agosto 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Agosto 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Maio 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Outubro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Novembro 2007

. Setembro 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Fevereiro 2005

. Janeiro 2005

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub
Quarta-feira, 9 de Novembro de 2022

Percursos pedestres das serras do Porto

serres do Porto.jpg 

Muita publicidade sobre os percursos pedestres das serras do Porto motivaram-ma alguma curiosidade.  Também o facto de em jovem fazer percurso pedestres nessa zona de Couce e Rio Ferreira contribuíram para a vontade de regressar a esses locais. E mais recentemente o interesse pelos percursos nas zonas auríferas de exploração do período romano ditaram que escolhesse o percurso dos fojos. Está assinalado como Trilho das Minas de Antimónio e Ouro.

O interesse paisagístico do trilho é miserável. Decorre todo entre plantações industriais de eucalipto.  O percurso serpenteia desnecessariamente. Tem troços de dificuldade desnecessária  entre eucaliptal e sem serem alternativos. Decididamente não é para todos e por isso não querem as famílias a fazer percursos pedestres, nem querem promover a saúde e qualidade de vida para todos.  O traçado não tem qualquer interesse botânico, ecológico ou paisagístico. A informação é fraca. Minas e referências não existem ou são sumárias e  sem adequada interpretação.  A sinalização do percurso a dado momento desaparece e não tem manutenção. Um projecto que é um fiasco, ou que foi feito por uns engraçadinhos, ou pior. A não continuar por estes maus caminhos.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 14:53
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 24 de Março de 2022

Percursos nas escarpas do Rio Corgo

 

 

Em Vila Real abriram há pouco tempo os percursos naturais do Corgo. São percursos praticamente dentro da cidade, mas num excelente ambiente de ruralidade, beira-rio, entre escarpas e várias cascatas.  Vila Real já tinha um caminho pelas margens do rio Corgo que  designa por percurso geológico do Corgo. Estes dois percursos estão agora unidos. Há agora uma rede coerente de percursos que ligam a cidade, o rio Corgo e se pode prolongar pela ecopista do Corgo (canal de caminho de ferro desactivado).  Começando na   Vila Velha (o primeiro núcleo urbano da cidade), pode visitar-se o museu de arqueologia e a partir de vários pontos desse promontório ter vistas excelentes do território. Daí o percurso desce ao rio. Aproveita ao máximo os caminhos de terra batida existentes com passadiços que ajudam a vencer melhor as pendentes e a travessia do rio quando necessário. Daí também se ter a oportunidade de usufruir do espaço das duas margens. O percurso pode ainda derivar por caminhos de ligação a vários pontos da cidade. Liga ao Percurso Geológico do Parque Corgo com ligação ao Parque Florestal, às piscinas, parque de campismo e áreas fluviais com diversos caminhos e relvados muito bem tratados. Este percurso segue até Abambres com uma entrada junto à Ponte da Timpeira.  Aqui se quiser pode continuar pela ecopista do Corgo ( o canal de caminho de ferro até Chaves).  Para voltar à ”Bila” pode fazê-lo  brevemente pela ecopista até à estação de caminho de ferro (hoje desactivada).  No final merece provar os “covilhetes” de carne ou as “cristas” e os “pitos” da doçaria conventual que ainda hoje a “Bila” se orgulha de preservar.

 

Notas:

“Vila Velha” Núcleo primitivo da ocupação deste território até ao século XIII. Com a doação do Foral por D. Dinis em 1289, a vila desenvolve-se para Norte, expandindo-se para lá do promontório inicial. Para que é hoje  Vila Real sempre em crescimento.  

“Bila” a designação por que os locais tratam carinhosamente e com orgulho a sua cidade.

“Covilhetes”  é um produto tradicional local. É um pastel de forma redonda, com recheio de carne de vaca.

 “Cristas” e “Pitos” são alguns dos produtos da doçaria tradicional de Vila Real que terá origem conventual  (Convento de Santa Clara, também conhecido por Convento de Nossa Senhora do Amparo).

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 15:45
link do post | comentar | favorito
Domingo, 18 de Julho de 2021

Percorrendo a Ecovia do Corgo (1)

Furtinho.jpg

Percorrendo a Ecovia do Corgo

Segmento de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar

Esta ecovia corresponde à  desactivada linha de caminho de ferro do Corgo.

Tem o Kilómetro zero na Régua e termina em Chaves ao kilómetro noventa e seis.

Partimos à descoberta desta ecovia.  A decisão foi começar pelo troço de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar. A metodologia foi o de fazer os percursos nos dois sentidos. Primeiro em subida e depois o regresso em descida voltando ao ponto de partida. Isto a cada dia de percurso.

Vila Real corresponde ao Kilómetro 25  e inicia-se naturalmente na estação. Até Abambres o percurso está a receber obras de valorização.  São três kilómetros, que corresponde ao perímetro urbano,  onde, pelo que se percebe,  está a ser colocado piso e  iluminação. 

A partir de Abambres o piso é de terra batida e com algumas zonas de gravilha. A principal dificuldade é o perfil permanentemente ascendente. É sempre a subir até Vila Pouca de Aguiar numa extensão de vinte e nove kilómetros. A subida só alivia ligeiramente a partir de Tourencinho ao kilómetro 20.  No Concelho de Vila Pouca de Aguiar o piso da ecovia é asfaltado e em muito bom estado. O andamento dos últimos 9 kilómetros faz-se mais facilmente. 

Neste troço da ecopista, a partir de Abambres deixa de se encontrar qualquer ponto de apoio de comida ou bebida. A partir daqui  tem de se prevenir com água, sumos, energéticos ou comida. O percurso é de travessia de serra e só voltará a encontrar apoio,  dezassete quilómetros depois, em Tourencinho. E mesmo aí terá de fazer o desvio até à estrada nº2.

A partir daqui, mais nove kilómetros e chega a Vila Pouca de Aguiar. 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 23:22
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 7 de Junho de 2021

Trilho de Vilarelho da Raia ou do Cambedo.

20210503_143655 (1).jpg

Eu preferia chamar-lhe trilho de Cambedo pelo simbolismo, paisagem e património arqueológico e  cultural.  É muito interessante até pela diversidade de troços que utiliza. Caminhos rurais, caminhos de contrabando, de fronteira  e via romana.

O trilho circular é extenso (17,4 KM) mas pode ser dividido.

O que mais me motivou neste trilho foi a visita a Cambedo. Sobre ela pairam as histórias do acolhimento que deu a guerrilheiros anti-franquistas e que motivou um cerco, bombardeamento e assalto à aldeia na tentativa de acabar com a bolsa de resistência republicana e  anti-franquista.  A história da guerrilha será motivo de um futuro escrito meu.

Cambedo aldeia da raia foi em tempos designada de antigo povo promíscuo, por misturar portugueses e espanhóis e não fazer distinção na actividade do seu quotidiano rural e afastado dos centros de decisão de um e outro país.  Vivendo uma realidade própria. Em 1864 na demarcação da fronteira estes povos promíscuos passaram para Portugal em troca das aldeais do Couto Misto que passaram a integrar o território de Espanha.

  Relativamente perto da aldeia situa-se um castro de razoável importância. Terra do Rei Wamba, Visigodo (672-680). O Castro é hoje um amontoado de pedras que merecia uma intervenção cuidada que lhe desse a dignidade que merece.  Também muito perto o caminho passa no marco 229 da fronteira Portugal-Espanha.  

Escolhendo fazer o caminho misto há a oportunidade de passar por moinhos de cereal e azeite e pela “fonte da facha”.

Não faltam pontos de interesse, num trilho agradável e muito diverso.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 12:59
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 4 de Junho de 2021

O que não se deve fazer em trilhos pedestres.

Arcassó percurso.jpg

Legenda da imagem: A carta tem assinalado a vermelho o traçado da A24. E a azul o troço que acompanha paralelamente  o talude da auto-estrada. Não podiam ter escolhido pior paisagem e pior caminho. 

 

O que não se deve fazer em trilhos pedestres.

O trilho Vidago- Arcossó (PR2 CHV) é desinteressante, mal desenhado, de má qualidade e perigoso.  Exemplo do que não deve ser um trilho. Usa no percurso troços de estradas municipais onde obrigatoriamente  se tem de caminhar pela via de circulação automóvel. Tem dois troços  a ladear paralelamente uma auto-estrada, áridos e sem qualquer interesse paisagístico ou patrimonial.   E no entanto é um trilho com potencial e agradável, se  redesenhado utilizando a ecopista do Tâmega  até Vilarinho das Paranheiras e retorno utilizando uma parte da via romana até Vidago. Este mesmo percurso permitia ainda uma extensão até à praia de Vidago ou manter aí o início e fim do trilho.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 14:43
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 2 de Junho de 2021

Trilho dos Moinhos  de São Lourenço

Moinhos s. lourenço Trilho.jpg

A poucos kilómetros de Chaves, na estrada N 213 para Valpaços, há um trilho  que combina vários traçados. A maior parte é feito por caminhos rurais. Atingir os passadiços que dão nome ao trilho implica, por um dos lados, descer uma encosta por um caminho a pé posto com a largura de uma só pessoa, escorregadio e onde toda a cautela é necessária. Os passadiços estão construídos junto à margem da Ribeira do Caneiro. Dada a dificuldade do terreno, os passadiços seriam mais úteis para vencer a pendente acentuada a caminho do rio. O ponto de interesse é agradável do ponto de vista do interesse patrimonial. É pena que os moinhos não estejam em melhor condição de conservação, dando a oportunidade de perceber como seria o seu funcionamento e até o percurso e funcionamento da levada que os fazia mover.  A sinalização necessita ser conservada e rectificada nalguns pontos. Precisa de mais informação e sinalização.  Este trilho confina com uma geira romana e esta nem tem informação, nem está sinalizada. Há um enorme potencial no trilho PR10 e no trilho da geira, mas necessitam de conservação, melhoria da informação e rectificação da sinalização. A ideia com que se fica é que depois de inaugurado foi abandonado.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 14:22
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 10 de Julho de 2020

Golfe e Ética

Golfe não se joga contra o outro. Joga-se com o outro. Os jogadores têm níveis de jogo diferente. Respeita-se o nível decada um. Podem jogar em conjunto jogadores com níveis diferentes. Cada um procura melhorar o seu jogo. Em cada dia que passa quer aperfeiçoar. O objectivo não é o melhor ganhar ao outro. O objectivo é que os dois melhorem, todos melhorem as suas competências. É portanto um jogo de aperfeiçoamento pessoal.

É um jogo de cordialidade social. Os jogadores cumprimentam-se e desejam um bom jogo aos seus companheiros. Não o perturbam na sua vez de jogar. Ajudam-no a identificar o local de queda da bola e se necessário ajudam à sua procura. Só avançam após o último jogar e esperam sempre pelo que vai mais atrasado. Não deixam ficar ninguém para trás. Partilham da alegria de boas jogadas e felicitam o jogador que as faz. Podem jogar em conjunto homens e mulheres, adultos e jovens. Pode ser um jogo para toda a família.

Cada jogador marca as suas “pancadas” (vezes que bate a bola). Marca também a dos companheiros para conferência. Só precisa de regras, não de árbitros.

No final agradece a partilha do jogo.



Golfe e Ambiente

Joga-se em espaços abertos. Arborizados com preocupação de diversidade vegetal e de plantas autóctones. Sobreiros, Castanheiros, Carvalhos, Acer, Choupos. Fruteiras também. Conheço um campo onde uma das saídas é do meio de uma vinha. Há também arbustos como azevinhos, loureiros, giesta, tojo, carqueja e muito mais.

E também na presença de fauna diversificada. Aves, mamíferos, herbívoros, roedores, répteis, anfíbios. É comum verem-se coelhos, perdizes e até esquilos.

Há elementos estéticos presentes, como a proximidade de rios ou mar. A água está muito presente em lagos naturais ou artificiais. E é cada vez maior a preocupação com o consumo de água, conhecendo um campo onde há plantas purificadores da água num dos lagos, ou ainda a utilização de água de estação de tratamento de aguas residuais (ETAR) para a rega.



Golfe e o respeito pelo campo.

O princípio do golfe é que todos jogamos com as mesmas condições de campo. Isto implica que cada um deixe o campo como o encontrou. Limpo e conservado. Os jogadores causam impacto sobre a natureza, mas preocupam-se por minimizar. Pela extensão e tempo, os jogadores podem durante o jogo beber água ou comer alguma coisa. No entanto usam os caixotes de lixo do percurso ou no final deixam os seus lixos nos locais adequados. Nada fica no campo. Se por acção do jogo levantam alguma relva, voltam a colocá-la, minimizando o impacto e encurtando o tempo de reparação do campo. Se a bola causa impacto maior em zona mais sensível como é o green, usam uma pequena ferramenta denominada pitch repair para recolocar o green em boas condições.



O golfe não é só uma prática desportiva, é igualmente uma escola cívica.

 

Antóno Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 17:13
link do post | comentar | favorito (1)
Sábado, 4 de Julho de 2020

Natureza, Trilhos e Passadiços

PASSADIÇOPAIVA LINDO.jpg

Toda a natureza está humanizada. O homem é o construtor da paisagem ambiental que conhecemos. A floresta foi sendo moldada pelo homem. O espaço ocupado pela agricultura, pecuária, alteração de espécies de fauna e flora. Com intervenção nas linhas de água e na paisagem que modificaram com os socalcos, as pastagens, as culturas. O que visitamos hoje na natureza é obra humana. O que vemos é o resultado da capacidade transformadora do homem. Da acomodação e adaptação do meio.

Mesmo o Parque Nacional ou os Parques e Reservas Naturais estão concebidos para o desenvolvimento humano, económico e social das populações que neles habitam. Paralelamente fazem parte de uma rede de protecção da natureza.

A natureza é isto. Uma natureza com o homem e moldada pelo homem. Toda a acção humana tem impacto na natureza. Ela é o resultado desse impacto.

Desde sempre o homem percorre a natureza. Por razões de assentamento demográfico, por razões de exploração mineira, agrícola ou pecuária. Também por comércio, transporte e peregrinação.

Modernamente os hábitos de lazer incluíram práticas de alpinismo e montanhismo. Trilhos insistentemente percorridos marcaram novas paisagens. E mais recentemente grupos de caminheiros popularizaram o contacto e passeios pedestres pela natureza. Deram até lugar a nova actividade económica.

Sou do tempo em que o caminhar pelas montanhas se fazia por orientação em carta militar e bússola. Com muita procura, e exploração, e uns aprendendo trilhos com outros mais experientes. O conhecimento dos trilhos ia passando de uns para outros e de exploração própria. Até que o negócio chegou a este campo do lazer.

Hoje muitas empresas se formaram para levar turistas a passear pela natureza. Muitos guias são remunerados para levar gentes por esses trilhos que só poucos conheciam. É o seu negócio turístico.

Entretanto comunidades isoladas, periféricas e economicamente mais vulneráveis reconheceram o potencial do território que os seus naturais construíram. A economia local faz-se com pessoas. E essas comunidades através dos passadiços acrescentam valor ao seu território. Atraem visitantes para o conhecimento da comunidade, da região, da paisagem, dos serviços e bens produzidos localmente e que dessa forma constituem a sobrevivência da comunidade.

Compreendo que possa tirar negócio às empresas que levam pessoas pelos trilhos. Mas o seu nicho de caminheiros mantém-se. Não têm de ser invejosos nem elitista exclusivos.

Afinal se os trilhos não estiverem marcados nem houver passadiços que ordenem e controlem os fluxos de visitantes da natureza, o negócio era apenas de uns quantos que ganhavam e não deixavam nenhum benefício para as economias locais. E é essa a verdadeira razão de tanta animosidade contra os passadiços.

Em vez da montanha ser apenas de alguns que possuem condição física e conhecimento dos trilhos, os passadiços são mais democráticos no acesso à montanha e sensibilizam mais para o valor da paisagem.

Os passadiços não impedem os caminheiros de continuar a percorrer os seus trilhos preferidos. Não impedem os montanhistas de continuar a fazer escaladas. O trilho não impede de quem quiser ficar apenas na praias fluvial, ou no parque de merendas onde se localizam ou nos parques de lazer onde os há.

Cada um deve poder usufruir da natureza segundo as suas possibilidades físicas e preferências estéticas.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 20:31
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 5 de Junho de 2019

PASSADIÇO DO PAIVA

IMG_20190504_142904.jpg

É um dos que produz mais impacto ao visitante. A região é maravilhosa. Possui ainda grande diversidade biológica. O Rio é límpido, com muito peixe. Comporta várias práticas desportivas e de lazer.

Para chegar, tomando a direcção de Arouca, deve seguir a partir daí pela Estrada ER 326-1.

O percurso total do passadiço têm a extensão de 8 650 metros na sua maioria em madeira, e com pequenas ligações em caminho de terra. Tem uma parte fracamente mais difícil. A do Areinho até ao Vau por ser mais acidentada e menos protegida por vegetação. Pasado esse troço mais difícil, é sempre a descer, ao longo do rio, pela margem muito arborizada, o que lhe confere frescura e agradável sensação de passeio na natureza.

Recomendo começar pelo Areino. É uma pequena praia fluvial. Arborizada. O primeiro kilómetro é plano em terra batida até ao sopé da encosta que será subida em escadaria. Não se entusiasmem. Subam lentamente, aumentando o ritmo cardíaco lentamente. Aproveitem a paisagem, tirem fotografias, conversem. A subida será tanto mais agradável quanto mais lenta. No cimo sentirão uma sensação de vitória, satisfação pelo que já percorreram e domínio da paisagem. Aí verão a construção da ponte pedonal na zona da Cascata das Aguieiras. Tal como na subida, agora é outra escadaria a descer a encosta até uma cota próximo do leito de cheia desse maravilhoso rio Paiva. A partir daí, o percurso vai sempre a descer dando a sensação de plano. Acompanha o curso do rio. Sensivelmente a meio há outra praia fluvial. A do Vau. Com apoios para refeição ligeira, sanitários e muita frescura para os dias de calor. Recompostos à medida que se aproxima o fim do passadiço, na Espiunca, fica a vontade de fazer mais. Divirtam-se.



António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 10:04
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 4 de Junho de 2019

PASSADIÇOS

PASSD PAIVA.jpg

 
Começamos por nos habituar a ver passadiços no litoral. São equipamentos importantes na protecção das zonas dunares, limitando o pisoteios e ordenando os acessos ás praias. Contribuem para a retenção de areias, reforçando os sistemas dunares. Para além disto os passadiços têm enorme adesão como equipamentos lúdicos e de promoção da saúde. Possibilitam agradáveis caminhadas pela beira mar.
Agora surgem cada vez mais passadiços também por espaços rurais, normalmente associados a cursos de água. Grandes percursos de grande sucesso como os do Paiva e de Sistelo, e também mais pequenos, agradáveis, mais fáceis de fazer e por essa via mais acessíveis a todas as idades e condição física. É o caso do passadiços do Uima e de Arcozelo.
Criou-se actualmente uma nova forma de passear e visitar lugares. É a construção de uma nova actividade económica ligada ao lazer. Saudável, ambientalmente sustentável.
 
António Borges Regedor
publicado por antonio.regedor às 09:55
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Fevereiro 2023

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28

.tags

. todas as tags

.favorito

. Livros que falam de livro...

. Uma compra  no supermerca...

. Dança

. Elle foi à Pharmacia

. Tanto tempo e tão pouco ...

. Rebooting Public Librarie...

.links

blogs SAPO

.subscrever feeds