. Mértola
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Tenho de Mértola boas memórias.
Desde logo porque sou interessado pela influência na Filosofia da cultura islâmica no período medieval (essencialmente no Al Andaluz durante os séculos VIII-XII). Época em que considero ter havido grande mudança cultural, científica e social causada pela influência islâmica do Al-Andaluz.
De referir que é deste período Medieval Islâmico que Mértola foi uma importante cidade. Foi mesmo a capital de uma Taifa. O correspondente a um reino.
Mértola mantém ainda muito das características físicas da cidade islâmica. A mais significativa referência islâmica é a Mesquita, actualmente utilizada como Igreja cristã. No respeito pela sua identidade é visível o mihrab. O nicho indicador da orientação da oração (Meca).
Mértola é também repositório do seu passado histórico anterior. Na foto vemos representados vários momentos civilizacionais que se vão agregando como lâminas cronológicas.
António Borges Regedor
Conheci Mértola alguns anos depois de 1974, quando decidi conhecer o Alentejo. Foi num Jeep UMM Cournil. O mesmo que equipava o exército português na fase final da guerra colonial. Um carro que me levou a todos os sítios do País. Entre eles ao famoso pulo do lobo, e onde não faltou a minha visita à Unidade Cooperativa de Produção “Esquerda Vencerá”, resultado da reforma agrária desencadeada nesse período histórico pós 15 de Abril. Mas o que mais me impressionou positivamente foi Mértola. A nota mais impressiva foi a visita à igreja que anteriormente foi mesquita construída na segunda metade do século XII, e antes disso foi algum anterior edifício como o comprova dois capitéis ainda existentes. Parecendo quadrada, a igreja/mesquita é trapezoidal porque a nave central é um pouco mais larga e a meridional um pouco mais estreita. Isto vim a saber mais tarde, quando procurei saber mais sobre o que me tinha impressionado. Só recentemente tive a oportunidade de ver o “mirab”. Da primeira vez que visitei a igreja, estava ocultado por uma parede.
A última vez que visitei Mértola, foi no âmbito da apresentação do resultado da organização da biblioteca pessoal de José Mattoso doada ao Campo Arqueológico de Mértola (CAM). Compreendi ainda melhor a importância da cidade que é um laboratório de estudo arqueológico do período islâmico do Andaluz. Claudio Torres foi o pioneiro no estudo e o real rsponsável na excepcionaldimensão e dinãmica do CAM. Hoje Mértola recebe igualmente a atenção da Universidade de Évora, a Universidade Nove de Lisboa e a Universidade do Algarve.
António Regedor
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