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Golfe não se joga contra o outro. Joga-se com o outro. Os jogadores têm níveis de jogo diferente. Respeita-se o nível decada um. Podem jogar em conjunto jogadores com níveis diferentes. Cada um procura melhorar o seu jogo. Em cada dia que passa quer aperfeiçoar. O objectivo não é o melhor ganhar ao outro. O objectivo é que os dois melhorem, todos melhorem as suas competências. É portanto um jogo de aperfeiçoamento pessoal.
É um jogo de cordialidade social. Os jogadores cumprimentam-se e desejam um bom jogo aos seus companheiros. Não o perturbam na sua vez de jogar. Ajudam-no a identificar o local de queda da bola e se necessário ajudam à sua procura. Só avançam após o último jogar e esperam sempre pelo que vai mais atrasado. Não deixam ficar ninguém para trás. Partilham da alegria de boas jogadas e felicitam o jogador que as faz. Podem jogar em conjunto homens e mulheres, adultos e jovens. Pode ser um jogo para toda a família.
Cada jogador marca as suas “pancadas” (vezes que bate a bola). Marca também a dos companheiros para conferência. Só precisa de regras, não de árbitros.
No final agradece a partilha do jogo.
Golfe e Ambiente
Joga-se em espaços abertos. Arborizados com preocupação de diversidade vegetal e de plantas autóctones. Sobreiros, Castanheiros, Carvalhos, Acer, Choupos. Fruteiras também. Conheço um campo onde uma das saídas é do meio de uma vinha. Há também arbustos como azevinhos, loureiros, giesta, tojo, carqueja e muito mais.
E também na presença de fauna diversificada. Aves, mamíferos, herbívoros, roedores, répteis, anfíbios. É comum verem-se coelhos, perdizes e até esquilos.
Há elementos estéticos presentes, como a proximidade de rios ou mar. A água está muito presente em lagos naturais ou artificiais. E é cada vez maior a preocupação com o consumo de água, conhecendo um campo onde há plantas purificadores da água num dos lagos, ou ainda a utilização de água de estação de tratamento de aguas residuais (ETAR) para a rega.
Golfe e o respeito pelo campo.
O princípio do golfe é que todos jogamos com as mesmas condições de campo. Isto implica que cada um deixe o campo como o encontrou. Limpo e conservado. Os jogadores causam impacto sobre a natureza, mas preocupam-se por minimizar. Pela extensão e tempo, os jogadores podem durante o jogo beber água ou comer alguma coisa. No entanto usam os caixotes de lixo do percurso ou no final deixam os seus lixos nos locais adequados. Nada fica no campo. Se por acção do jogo levantam alguma relva, voltam a colocá-la, minimizando o impacto e encurtando o tempo de reparação do campo. Se a bola causa impacto maior em zona mais sensível como é o green, usam uma pequena ferramenta denominada pitch repair para recolocar o green em boas condições.
O golfe não é só uma prática desportiva, é igualmente uma escola cívica.
Antóno Borges Regedor
As praias fluviais, juntamente com os passadiços, são actualmete formas, diferentes e muito agradáveis, alternativas ao clássico litoral.
As praias do Azibo são frequentemente apontadas como exemplo de belas e bem tratadas praias fluviais. É verdade. O Concelho de Macedo de Cavaleiros é atravessado pelo Rio Sabor e pelo Rio Azibo. Uma barragem neste rio, permitiu uma albufeira que é um enorme e belo espelho de água. E como todas as albufeiras são potenciais espaços de lazer, nesta estão construídas duas praias fluviais de grande qualidade. Literalmente encostadas a Macedo de Cavaleiros, as praias têm espaços arborizados, com relva e com areia. Água limpa e vários equipamentos de apoio balnear. Segurança com várias zonas vigiadas para banhos, extensão suficiente para se estar confortável. A acrescentar à Praia fluvial do Azibo há agora uma mais recente. A praia da Fraga da Pegada. Aqui há um restaurante de muito boa qualidade. Merece a visita e merece conhecer a história local.
Macedo de Cavaleiros na Idade Média estava enquadrado nas terras de Bragança e Lampaças. Terras pertencentes à família Bragança. Uma das cinco famílias mais poderosas do Reino segundo Mattoso em Ricos-Homens infanções e cavaleiros: a nobreza medieval portuguesa nos séculos XI e XII.
Vários Reis fora concedendo forais, ou seja, constituindo Concelhos por estas terras que no século XII se dividiam entre Terras de Lampaças e Terras de Ledra.
Das trinta freguesias que constituem actualmente o Concelho, muitas já foram elas próprias Concelho, por lhes ter sido concedido Foral. Estão neste grupo a Freguesia de Arcas com rascunho de Carta de Foral no século XV; Chacim que recebeu Foral de D. João I em 1400 e posteriormente Manuelino em 1514. É deste Concelho Medieval Nuno Martins que foi Aio de D. Dinis; Cortiços que teve Foral de D. Afonso IV em 1331 e de D. Manuel em 1517; Sezulfe que recebeu Foral de D. Dinis em 1302 e depois com D. Manuel em 1514; Vale de Prados com Foral de D. Dinis em 1287; e no século XV rascunho de Carta de Foral para Vilarinho de Agrochão. Conservam o Pelourinho, símbolo do Concelho Medieval, os antigos Concelhos de Chacim(1514), Vale de Prados(1287), Nozelos(1284) e Pinhovelo(1302).
O Concelho de Macedo de Cavaleiros é criado pela Reforma Administrativa de 1853 e assimilou estas antigas divisões administrativas. Na vida tudo é dinâmico e esta terra no Nordeste Transmontano tem vindo a encontrar a sua dinâmica. Há cerca de vinte anos abraçou o ensino superior. Hoje sem a economia assente no ensino terá no turismo de natureza uma outra oportunidade.
António Borges Regedor
Foto: Capa da Revista: "Guia Orientador- Ciclismo e Dinamização da Actividade Turística". Coordenação de Sandro D. Araújo (Vice -Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. 2016. Lisboa: Edição da Federação Portuguesa de Ciclismo.
O potencial de Portugal deve ser aproveitado.
Portugal exposta 15% dos 11 milhões de bicicleta que a União Europeia exposta para todo o mundo
Águeda continua a ser a capital do fabrico de bicicletas em Portugal, e a maior empresa é a “Órbita”.
Apesar disso, portugal continua a usar pouco a bicicleta. O seu uso é esencialmente desportivo e de lazer. Mas o seu uso funcional é ainda residual.
Há apenas 1700 Km de percursos dedicados à bicicleta e apenas 299 ciclovias. Sabemos que a mioria das ciclovias tem uma lógica de lazer, e não de funcionalidade urbana.
António Regedor
Quando se fala em sair à noite, o que se pensa é em cinema, teatro, um bar, discoteca, local para dançar, comer ou beber. Também pode ser o tradicional “ir ao café”, “beber um copo”. Pois bem, eu já saí à noite para ir à biblioteca participar numa sessão de poesia. Há muitos anos saía para ir estudar no café.
Desde 15 de Fevereiro, em Cascais, é posível sair à noite, para ir a duas bibliotecas em Cascais. É mais um lugar na oferta da saída à noite. E a biblioteca tem a vantagem de ser um espaço mais diversificado e polivalente que os demais concorrentes. Serviço de biblioteca, espaço para estudar, trabalhar em formato que também pode contemplar o coworking, ponto de encontro, normalmente com bar, e se tiver restaurante ainda melhor. Espaços para espactáculos, exposições, instalações, ensaios, dança, música, reuniões associatvas, e muito mais.
O país teve a oportunidade de investir numa rede de equipamentos com qualidade, funcionalidade e boa localização no âmbito dos territórios que é suposto servir.
Não é necessário investir mais para ter mais horas de disponibilidade fazendo baixar o rácio do custo/hora de abertura e o rácio de benefício/custo das actividades. Maior abertura valoriza os serviços prestados e o benefício da sua concessão para a biblioteca. Ganha dinâmica social associada a valorização cultural.
Numa das bibliotecas da Dinamarca que visitei em trabalho o restaurante era no 4º andar. Em Beja a minha paragem preferida é no bar da biblioteca, no Porto agrada-me o bar/esplanada. Eu que até nem sou grande adepto de futebol, alinhava a ver a selecção a jogar, sentado no átrio de uma biblioteca. Fico à espera para ver se acontece.
António Regedor
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