
A Política como administração da Polis coloca-se no topo das decisões jurídicas, sociais, educacionais, culturais e obviamente económicas e financeiras. Devendo a política decidir das questões financeiras. O crescimento da finança cresceu tanto que passou a influenciar a própria política a que devia estar submetida.
Procuremos ter uma ideia mais aproximada da grandeza destas instituições financeiras que influenciam as políticas mundiais. Para isso há alguns dados que nos podem esclarecer.
Há doze instituições financeiras que gerem um valor idêntico a um terço do PIB Mundial. A maior instituição financeira mundial é a “BlackRock”. Só o PIB dos Estados Unidos e da China é superior ao valor que a “BlackRock” gere. O PIB do Japão é inferior. Logo a seguir em gestão de valor vem a financeira “Vanguard”. Segue-se em valor de PIB, a Alemanha, Reino Unido, França e Índia. Logo seguidos da “State Street” e da “Fidelity”. A seguir ao PIB da Itália e Brasil está o valor gerido pela “BNY MELLON”. A “J. P. Morgan” de que muito ouvimos falar é apenas a sexta instituição investidora em grandeza, e gere por exemplo um valor superior ao PIB da Rússia. O “Goldman Sachs” ainda tem dez instituições de investimento maiores que ele.
A grandeza das instituições financeiras, com gestões maiores do que os PIB da grande maioria dos países do Mundo, torna-as demasiado fortes e influentes nas políticas financeiras, económicas e sociais. Determinam dessa forma mudanças de governos para as suas posições e interesses. Determinam também as políticas de moeda dos bancos centrais, já que estes deixaram de estar sob tutela dos Estados. São mais umas instituições capturadas por esse poder financeiro.
Em alguns momento será necessário o acto de coragem política contra o poder destas instituições.
António Regedor