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Vindos de Miragaia, dessa praia onde tantos estaleiros construíram os diversos tipos de embarçações que formaram a maior parte da armada que conquistou Ceuta e deu início aos descobrimentos, entrava-se no Porto pela Porta Nobre.
Esta porta situava-se na muralha Fernandina, vindo como se disse do lado de Miragaia, passava uma ponte por cima do rio da vila. Este rio está hoje encanado e o seu curso final corresponde a actual Rua de Mouzinho da Silveira e Rua de S. João.
A imagem da imponente Sé do Porto corresponde ao que veriam os que dela se aproximavam, na Idade Média, quando escolhiam por entrada a Porta Nobre das muralhas Fernandinas.
António Borges Regedor
O Phísico (como na Idade Média se denominavam os médicos)
No seculo XI o mundo islamico contribuíra, no fundamental, para o desenvolvimento científico, técnico e humanístico. Dessa acção resulta muito do nosso conhecimento da cultura clássica, tornada possível pelos centros de tradução localizados no espaço islâmico onde coabitavam Judeus, Cristãos e Islâmicos. Era igualmente a porta do Oriente fonte de inovações. Nessa época Bagdad era o centro mundial do fabrico e exportação de papel. A referência do filme a Ibn Sina como médico, é limitadora já que este é também dos mais importantes lógicos aristotélicos a par de Averróis, nascido no Al-Andaluz, na cidade de Córdova, já no sec XII. Ou ainda Al-Farabi, outro aristotélico que viveu em Bagdad e em Alepo na Síria. Morreu em Damasco no sec X.
O filme transporta-nos para o momento alto, tolerante e progressivo da cultura islâmica medieval. Em tudo diferente à corrente que hoje enforma o islamismo mais sanguinário, o Wahhbismo que surgiu apenas em meados do século XVIII e que nesta altura contou com o apoio das tribos da família de Saud actual monarquia da Arábia Saudita.
António Regedor
Este livro traça a evolução das estruturas políticas e sociais desde o Portugal medieval até aos alvores da Época Moderna, procurando explicar as raízes da formação política do Estado moderno, examinando os seus principais aspectos: a irradiação da Corte régia, a criação e a consolidação das instituições centrais, as lutas dinásticas, a emergência do poder local, a expansão territorial e o desenvolvimento da cultura política. Com base nos estudos mais actualizados procede-se a uma análise crítica da correlação de forças estabelecida entre o poder régio e a sociedade política de forma a comprovar que uma boa parte dos fenómenos relacionados com o aparecimento do Estado e a ideia política associada têm origem na Idade Média tardia.
Nota biográfica:
Judite A. Gonçalves de Freitas é professora catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Licenciada em História (1987), Mestre em História Medieval (1991), Doutorada (1999) e Agregada (2007) em História pelo Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É membro do grupo de Estudos Medievais e do Renascimento do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade (CEPESE-FCT) da Universidade do Porto. As principais áreas de incidência da sua actividade de investigação têm sido a História do Estado, as instituições centrais, as sociedades políticas e o poder régio, tendo publicado dois livros no âmbito destas temáticas: A Burocracia do «Eloquente» (1433-1438): os textos, as normas, as gentes (1996) e «Teemos por bem e mandamos». A Burocracia Régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), 2 vols (2001), e ainda D. Branca de Vilhena: património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV (2008). Tem publicado trabalhos sobre Chancelaria e Diplomática régias e divulgou no estrangeiro os principais balanços que efectuou sobre historiografia medieval portuguesa.
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