. A História da Humanidade ...
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A Cultura é pessoal enquanto obra do indivíduo. É simultaneamente obra da humanidade enquanto produzida em determinado contexto histórico, linguístico, social, económico, ético e estético. E passa da expressão pessoal a social e colectiva quando apresentada publicamente e apropriada pela Humanidade. Somos hoje o que o cumular cultural nos produziu. Somos culturalmente o produto de séculos de história, literatura, pintura, música, dança. Reconhecemos como nosso património as grandes obras escritas, desde os livros religiosos aos que nos amenizam o quotidiano. Desde Homero ou Hesíodo a Saramago ou Humberto Eco. De Shakespeare a Tolstói. Reconhecemos como da nossa cultura tanto os frescos da Capela Sistina como os girassóis de Van Gogh. Reconhecemos como fazendo parte da nossa cultura tanto os nocturnos de Chopin como Stravinsky. A cultura depois de apropriada pelo gosto, pela estética, pela observação pública, deixa de pertencer ao escritor, ao pintor, ao músico, ao artista. Passa ao domínio Universal.
A perseguição a artistas, a proibição de músicas ou livros, o encerramento de estudos em universidades ou o despedimento de artistas e determinados autores só por terem nascido num ou noutro lugar não passa de obscurantismo, de negação de Humanismo. Essas proibições e despedimentos não passam do instinto próprio da bestialidade.
António Borges Regedor
O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
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