.posts recentes

. Opiniões de sofá

. Angoche: Os fantasmas do ...

. Das colónias à descoloniz...

. Luzes na escuridão

. Geração de medos

. A insegurança de viver em...

. O tempo entre costuras

.arquivos

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Abril 2022

. Março 2022

. Fevereiro 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Setembro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Agosto 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Agosto 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Maio 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Outubro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Novembro 2007

. Setembro 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Fevereiro 2005

. Janeiro 2005

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub
Segunda-feira, 7 de Março de 2022

Opiniões de sofá

negociações.jpg 

Vejo um enorme interesse por tomar posição a favor de cada uma das partes em conflito na Ucrânia.  Posições na maioria belicistas. Uns a dizer que a nato devia intervir, outros que devia mandar mais armas (mais achas para a fogueira). 

Gostaria de ver opiniões que apelassem à negociação, à constituição de mediadores, quer países quer organizações internacionais. Que apelem a tréguas de mediação, conversação e resolução do conflito. 

Mas compreendo toda essa vontade de cerrar faca nos dentes a quem está de fora. De quem pensa que a guerra é  videojogo e manifeste comportamento infantil. 

Não aprenderam nada com a História.  Não aprenderam com as guerras coloniais, não aprenderam com as guerras de rapina no Médio Oriente. Não aprenderam com as guerras de desestabilização na europa (Kosovo).

Não perceberam que por detrás dos actores que estão no palco, há os autores. Os verdadeiros causadores da tragédia.  

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 19:36
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 8 de Junho de 2021

Angoche: Os fantasmas do Império.

20210608_191626.jpg

Angoche era o nome de um barco de cabotagem que fazia a viagem de Nacala para Pemba com carga que se diz ser armamento. Os dois portos são no norte de Moçambique e a viagem seria curta durante a noite. Saída ao fim de dia (17h30 ) e chagada de manhã (5h). Estranho que em cabotagem, navegação junto à costa, e em teatro de guerra, as autoridades portuguesas só três dias depois tomem conhecimento do desaparecimento do navio. É um agente da Pide que faz o relatório. Curiosamente o agente que mata Humberto Delgado e prepara a bomba que mata Eduardo Mondlane. E esse é o relatório que desaparece da Pide no golpe de 25 de Abril. As suspeitas são lançadas para os comunistas e o mesmo do relatório desaparecido.  Os tripulantes desaparecem e nunca se soube notícia do seu paradeiro e destino. As publicações sobre o assunto na época são sucintas e as posteriores, em livro,  inquinadas ideologicamente.  

É sobre este cenário que Carlos Vale Ferraz escreve mais um romance. Magistralmente tal como já o tinha feito também a partir das ambiências da guerra colonial,  que ele tão bem conhece, em “Nó Gego” e “A última viúva de África”. “Adensa-se o mistério do Angoche. A tripulação desaparecida.”Infrutíferas  todas as tentativas para encontrar vestígios dos tripulantes, do passageiro e da baleeira desaparecida.” Pag. 26.

Neste romance, que se lê avidamente e de uma só golfada, o autor dá a ambiência de Lourenço Marques,  e das movimentações de sectores militares. “Ardia a guerra no norte de Moçambique. Ardia no sul de Angola, na rodésia, Nas Nações Unidas, Na Organização  da Unidade Africana , em Moscovo, em Pequim,  em Nova Iorque, em Londres, e eles continuavam a frequentar os clubes – o Clube Militar, o Clube Naval, o Grémio -, a dançar nas boîtes dos hotéis Polana e Girasol, a ir à praia, à Costa do Sol, aos restaurantes, a consultar os médicos da África do Sul. “ pag 43.   Deixa pistas interpretativas sobre o acontecimento. Mostra o mapa dos vários países da região e dos seus interesses, interconexões, rivalidades. “ O bloqueio não passava de uma farsa, de um faz de conta para as potências ocidentais satisfazerem o terceiro Mundo e se engalanarem de um discurso antocolonialista nas Nações Unidas.” Pag. 49. Naturalmente das movimentações das polícias e inteligence.  Dos modos de vida local e muito de uma das figuras centrais dos interesses coloniais que é praticamente um segundo poder em Moçambique. “ ao contrário de Kaulza, que pensava apenas em si, Jardim, realista, possuía o sentido do tempo certo de formar um conjunto, a arte do dançarino que sobressai do elenco, mas necessita dele.” Pag 80.  Jorge jardim. E tudo isto no contexto da política colonial portuguesa para a África. “em vez de aproveitar a oportunidade para preparar feitores locais, Salazar inaugurou um Ministério do Ultramar e Lisboa, de onde despachava capatazes como governadores!” pag. 81.

Espero que lhes tenha proporcionado a curiosidade na leitura de mais este excelente livro de  Carlos Vale Ferraz , na Porto Editora em 2021.  

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 19:19
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 16 de Março de 2021

Das colónias à descolonização. a Guerra

04762b463fab7da2e566f76488b06d40--mozambique-colon

Falar de guerra é um incómodo. Perturba, inquieta, entristece, revolta. Sim, porque a guerra é isso. Tudo isso e ainda muito mais. A guerra é incómodo, inquietação, tristeza, revolta, destruição, opressão, mutilação, violação, morte. Tudo isso e muito mais desumanização.

Por isso a guerra evita-se. E evita-se falar dela. Das suas memórias.

A Conferência de Bruxelas em 1876 repartiu o Reino do Congo em três. O Congo-Léopoldeville para Leopoldo Rei dos Belgas, O Congo Brazzaville para os Franceses e angola para os Portugueses que historicamente já a detinham.

A Conferência de Berlim de 1984 a1985 foi outra repartição colonial da África.

A Europa centro da revolução industrial, necessitava muito das matérias primas da África ainda não explorada.

Mesmo com os acordos a guerra não foi evitada. E no resultado da primeira guerra constituiu-se a Sociedade ou Liga das Nações em 1919.

Mesmo assim não se evitou a segunda guerra. E no final foi a vez de fundar a Organização das Nações Unidas (ONU) em 24 de Agosto de 1945. A ditadura portuguesa pediu para aderir, mas foi vetada pela URSS. A guerra fria só deu oportunidade a Portugal no final de 1955. (Tenho mais anos de idade que Portugal tem de ONU).

Nessa altura já se sentiam os ventos da descolonização africana. Em 1960 dezassete estados africanos ganharam a independência. Inglaterra, Bélgica, França, Espanha descolonizavam. Portugal ia contra o rumo da História.

1960 – 15 Dezembro - A ONU aprova a resolução 1542 considerando os territórios ultramarinos não autónomos.

1961- 22 Janeiro - Assalto ao Navio de Passageiros Sta. Maria. Operação Dulcineia efectuada pelo “Directório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL). Chefiado pelo Capitão Henrique Galvão em nome da Junta Nacional Independente de Libertação presidida pelo general Humberto Delgado.

Era a frente interna anti salazarista e anti colonial.

1961- 4 Fevereiro- Revolta popular em Luanda com assalto à sede da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) a esquadras de polícia e à cadeia de S. Paulo para libertação de presos políticos. Por iniciativa de católicos posteriormente reivindicada pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

A corrente de oposição colonial era já evidente, mas a ditadura de salazar resolvia a questão com as prisões.

15 Março- Massacres cometidos pela União dos Povos Angolanos (UPA) no Norte de Angola.

A UPA foi fundada em 1958 e era sucessora da União dos Povos do Norte de Angola (UPNA) criada em 1955. Tinha contacto com missionários protestantes americanos e recebeu apoio financeiro e armamento dos Estados Unidos da América.

A ditadura portuguesa sabia há muito das movimentações anti-colonialistas. Tinha informações da propaganda e preparação das revoltas. Nada fez. Não reagiu nem ao 4 de Fevereiro nem aos massacres.

1961-  11a13 Abril- Golpe Palaciano do Ministro da Defesa Nacional Botelho Moniz. Apoiado pelos EUA para mudar a política colonial e em dez anos preparar a descolonização. Traído por Kaulza de Arriaga que informou Américo Tomaz e este o Salazar.

14 Abril - Discurso de Salazar a mobilizar para Angola.

Só quase dois meses e meio depois do assalto à Pide e à prisão em Luanda e um mês depois do massacre no Norte de Angola é que Salazar reage.

1961- 20 Abril-  É aprovada na ONU mais uma resolução contra Portugal.

9 Junho-  Resolução S/4835 do Conselho de Segurança a instar Portugal a “resolver rapidamente a questão de angola”

18 Dezembro-  Invasão das colónias de Goa, Damão e Diu na Índia.

19 Dezembro-  Pela resolução 1699 a ONU cria um comité para reunir informação para verificar se Portugal respeitava as obrigações da Carta das Nações Unidas neste aspecto da descolonização.

1962- Continuam sistematicamente as resoluções da ONU contra Portugal até ao Abril de 74 dia da Liberdade, Democracia e Descolonização a que se seguiu a Paz.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 00:26
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quarta-feira, 7 de Outubro de 2020

Luzes na escuridão

luznaescuridao.jpeg

Portugal nunca se tornou famoso pelo elevado índice de cultura, de alfabetização ou leitura. Tirando o momento histórico excepcional de actividade científica ligada à construção naval, navegação, astronomia, cartografia no período dos descobrimentos, o resto da história é cinzenta. Está no entanto pontilhada de casos singulares de excepcionalidade. Alguns deles como será o caso de D. Dinis o primeiro monarca a possuir uma biblioteca privada. Pedro Julião Rebolo que foi o Papa João XXI, mais dado à ciência que ao Papado. Luíz Vaz de Camões tanto dado às armas e aos amores como à cultura humanista. O iluminista Marquês de Pombal, que passa a considerar a Universidade de Coimbra uma instituição ‘pública’ numa linha de secularização do ensino. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas (1724-1814) que criou a Real Biblioteca Pública de onde deriva todo o edifício do sistema bibliotecário português. Egas Moniz, médico, Prémio Nobel. Saramago também Nobel entre outros. Vários pontos de luz numa realidade de base inculta, iletrada, dominada pelo ambiente religioso retrógrado, conservador da contra-reforma e cujo argumento para uma guerra civil foi a disputa entre liberalismo a absolutismo.

Em alguns momentos há luzes que se acendem na escuridão.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 11:20
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 24 de Março de 2020

Geração de medos

US-HEALTH-VIRUS-5-1583366526.jpg

Nasci num tempo em que o maior medo de contágio era a tuberculose. A doença tinha muito por onde progredir nos meios tocados pela fome e que viviam nas ilhas insalubres sem luz eléctrica, sem água canalizada, sem quartos de banho e com uma latrina partilhada. Assim vivia nos anos cinquenta a maioria da população portuguesa. Os tuberculosos, e eram tantos, que justificavam a existência de locais só para os atender. Eram isolados em sanatórios localizados em locais ermos no cimo das montanhas ou alguns à beira-mar. Aos segregados em casa eram-lhes separadas as roupas, talheres e louça. Para a matrícula na escola ou para ter emprego era necessária uma prova em como não estava tuberculoso. Apresentei micro-radiografias em todos os anos por altura das matrículas na escola.

O outro grande medo era o de ser espiado, escutado pela PIDE, a polícia política. Tal como agora evitavam-se os ajuntamentos. Medo de sermos ouvidos a dizer alguma coisa que fosse inconveniente, vistos com alguém que desagradava ao regime. Perseguidos pelo medo agia-se de forma conveniente, respondia-se como se esperava. O medo tolhia.

Nos anos sessenta surgiu um novo medo. O da guerra colonial. O regime viu nas suas províncias ultramarinas tornarem-se palcos de guerra. Encenadores ditatoriais fizeram dos portugueses actores em teatros de operações militares. O medo instalou-se com a perspectiva de ter de ir fazer guerra na Índia, Timor, Moçambique, Angola e Guiné, ou reforçar militarmente , Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Madeira e Açores.

A contaminação da guerra colonial foi tão grande que a cura começou com um levantamento falhado do Regimento de infantaria nº 5 sediado nas Caldas da Rainha. Fui encontrar estes militares em Junho de 1974 no RI5 das Caldas, onde me deram instrução militar, depois de terem sido libertados pelo 25 Abril de 74. O Golpe militar que acabou com os medos e encorajou à maior revolução económica e social na história de Portugal.

O crescimento económico e desenvolvimento social, cultural, científico foi travado por uma crise de sub-prime que rebentou nos estado unidos da américa e se espalhou fortemente na Europa apanhando Portugal como um dos elos mais fracos. A maior crise económica de que tenho memória na minha vida. Nova crise, novos medos. Estes no que disseram respeito aos rendimentos, à continuidade de qualidade de vida, à insegurança na saúde e velhice. O medo dos jovens não vislumbrarem horizonte de vida, dos adultos a meio da idade verem cair repentinamente o fim do emprego e da esperança de o voltar a ver, o medo dos mais idosos saberem em que condições se abreviaria a sua vida.

Ainda não saídos totalmente da última crise de vida, de emprego, de futuro, eis que mergulhamos noutro medo. O medo da nossa saúde abalar irremediavelmente pela acção de um vírus desconhecido, de rápida progressão epidemiológica, de maior agressividade  para com as gerações mais idosas, agravando patologias já existentes, e que faz dos mais resistentes transmissores invisíveis, assintomáticos e involuntários. O medo da contaminação, o medo da transmissão, o medo de não conseguir resistir ao tratamento das doenças associadas, já que para o vírus não há tratamento nem vacina. O medo de a vacina não estar pronta a tempo das novas vagas. O medo do surto de contaminação ser tão grande que não seja comportado pela capacidade instalada do Serviço Nacional de Saúde. O medo dos recursos médicos serem abalados de tal modo que não possam tratar de si nem dos outros. O medo dos comportamentos irracionais que não ajudem à contenção da doença. O medo até de ter medo que as coisas piorem. O medo das repercussões económicas e financeiras futuras.

Mas tal como na guerra o medo é necessário para nos proteger. Esta consciência do medo também nos deve ajudar a proteger.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 18:44
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2020

A insegurança de viver em paz

transferir.jpg

Porque o assunto é demasiado sério, fica o registo para memória futura.

Qasem Soleimani

AEra o general comandante dos Guardas da Revolução, a principal força do regime do Irão. E também das milícias Quds. 

Foi o influente orientador do movimento militar Hezbollah. Este movimento está fortemente implantado no sul do Líbano. Conteve e derrotou Israel num ataque/invasão do sul do Líbano. O Hezbollah tornou-se um exército disciplinado, bem treinado, muito eficiente na guerra. Foi decisivo no combate contra os mercenários do Daesh contratados por toda a europa e médio oriente. O Hezbollah foi decisivo no terreno da Síria, na contensão do expansionismo sionista, e no apoio da política Persa/Xiita no Iraque. A coordenação dos vários grupos de combatentes Xiitas, dos seus resultados positivos em campo de batalha e de boa imagem das políticas xiitas foi obra de Qasem Soleimani.

Isto tornou-o no homem, mais temido e mais odiado dos Sunitas/Wahhabitas que reinam a Arábia Saudita e cuja política externa consiste na difusão do fundamentalismo wahhabita, na desestabilização dos países da região e no fomento do terrorismo. Qasem era odiado pelos sionistas de Israel que não conseguiram derrotar o Hezollah no sul do Líbano nem a sua estratégia na Síria. O Hezollah sendo movimento islâmico foi importante na derrota do fundamentalismo do Daesh e é hoje um elemento de estabilidade no sul do Líbano. Qasem Soleimani é odiado e temido pelos Estados Unidos por lhes ter anulado o derrube de Assad e revertido a guerra na Síria.

Qasem Soleimani foi o general da vitória na Síria, o comandante dos guardas da revolução iraniana, o orientador do Hazollah e actualmente o organizador de resistência à agressão americana no Iraque.  Guerra iniciada com a mentira das armas que o Iraque não possuía.

Qasem Soleimani foi decisivo na derrota do terrorismo islâmico do Daesh. O Daesh era apoiado pela Arábia Saudita, Israel, Estados Unidos e Turkia. Qasem Soleimani simbolizava a derrota de todos eles.

A assassinato terrorista deste General vencedor, apresenta-se como vingança e acção não ponderada por representar escalada de acção de retaliação e propiciadora de guerra a mais larga escala. Os Estados Unidos saem do Iraque sem vitória, sem glória, sem moral. Arriscam a sair derrotados, anulados e humilhados. Por cada passo em falso, o império enfraquece.

 

publicado por antonio.regedor às 15:20
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 4 de Setembro de 2019

O tempo entre costuras

O-Tempo-Entre-Costuras.jpg

Num bairro modesto de Madrid uma jovem aprende costura. Estamos em tempos próximos da guerra civil. No seu universo social estão desde a amiga aderente do partido comunista, até a um namorado rejeitado que adere ao franquismo. Passa ao lado desse conflito por um casamento que a leva a Marrocos, onde a infelicidade do casamento a coloca na necessidade de recorrer à costura. A sua competência e sucesso profissional coloca-a em ambiente social privilegiado. A guerra e os contactos a que tem acesso lançam-na involuntariamente na espionagem. Sira muda de nome e adopta um campo de batalha.
O livro está também numa série televisiva. A autora, Professora Universitária, depois de vários trabalhos académicos, escreve este livro que nos encanta e agarra à leitura.
 
Maria Dueñas – O tempo entre costuras. Porto: Porto Editora, 2010.
 
António Borges Regedor
 
publicado por antonio.regedor às 14:12
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Fevereiro 2023

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28

.tags

. todas as tags

.favorito

. Livros que falam de livro...

. Uma compra  no supermerca...

. Dança

. Elle foi à Pharmacia

. Tanto tempo e tão pouco ...

. Rebooting Public Librarie...

.links

blogs SAPO

.subscrever feeds