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E quando se está a jogar, o granizo cai, e chegas ao “green” e ele está cheio de bolas.
O Golfe joga-se todo o ano. Mas é habitual em Agosto jogar-se menos. Ou no caso português joga-se mais no Algarve. O meu primeiro clube de golfe fazia no início de agosto um torneio especialmente orientado para os emigrantes. Conterrâneos emigrados no Canadá, Estados Unidos da América, ou Europa faziam o tradicional torneio de golfe em Vidago. Excelente oportunidade para rever amizades, conviver com amigos que durante todo o ano estavam afastados.
Mas por característica o golfe é um desporto de inverno. Joga-se sob as mais diversas condições de clima. Cheguei a ir jogar a Espanha e ter de esperar que o gelo no relvado dos "green" derretese. Integra o equipamento os fatos impermeáveis e os característicos e enormes guarda-chuva. Apenas o trovoada é impedimento do jogo.
António Borges Regedor
Um campo de Golfe é por natureza um espaço de biodiversidade.
O próprio espaço que se percorre em jogo não é uniforme, apesar de grandes áreas de relva. Mas até esta tem cortes diferentes. Está normalmente ladeado de zonas arbustivas e a arborização é significativa e variada. Do ponto de vista da fauna já vi em campos de golfe, esquilos (em Espanha), Perdizes, coelhos, um ganso egípcio (muito raro) no Oporto de Espinho e provavelmente esqueço mais alguns.
Vem isto a propósito do trabalho de educação ambiental que também se faz no campo Municipal de Paredes, tal como a imagem ilustra.
António Borges Regedor
Obviamente que nos agrada um campo de golfe grande, com largos fairways onde, apesar dos desvios e dos efeitos, a bola acaba por cair em razoável posição de jogo , relva bem aparada e poucos obstáculos naturais.
Mas um campo de golfe ganha beleza quando também respeita os acidentes naturais. Pouco é necessário mudar num terreno para o transformar num agradável e desafiante campo de golfe.
Os campos com várias dificuldades são bons para a aprendizagem. São também bons para a gestão de fustração. E isto é importante exercício para os vários aspectos da vida. Pessoal, familiar, profissional, desportiva, académica, social.
Pode até inferir-se que um campo de golfe quanto mais natural, mais rural, melhor para o treino de vida social.
(da série de golfe rurarl 3)
António Borges Regedor
Aspectos do Golfe (2)
Um campo de golfe não tem necessariamente de ser uma grande extensão de terreno completamente relvado.
Também pode ser acidentado, com rochas, fossos e outros obstáculos naturais. O golfe aqui torna-se mais técnico, mais difícil, mas também mais aliciante por ser mais desafiante.
Pode parecer estranho por estarmos habituados a ver os campos de 18 buracos onde decorrrem as provas dos profissionais e de maior visibilidade internacional. Isso é uma parte da realidade do Golfe. Importante, mas o golfe não é apenas isso. O golfe é uma actividade desportiva de exterior que pode ser praticado em campos mais pequenos, com menos buracos e mais "rústicos". No essencial o golfe não é mais que bater uma bola com o auxílio de um ferro, e levá-la de um ponto a outro onde se encontra uma bandeira que constitui o alvo a atingir. O desempenho do jogador é aferido pelo menor número de pancadas necessárias ao cumprimento desse objectivo. E o campo pode ter mais ou menos obstáculos. O aliciante é que nos campos mais pequenos, com fairway mais estreito, mais acidentes naturais o jogo torna-se mais técnico, talvez mais difícil, mas até este aspecto é subjectivo. Os campos menores e menos sofisticados tornam o golfe menos dispendioso, mais acessível, mais rápido, e portanto mais democrático. Por isso é que nos campos rurais também se pode usufruir de boa prática de golfe. e seria bom que houvesse mais para alargar a participação e baixar custos na sua prática. No fundamental para o praticante amador e lúdico, prevalece o andar pelo campo, usufruir o espaço verde, fazer o exercício de baixa intensidade próprio a qualquer idade, e conviver em ambiente cordial porque no golfe ninguém joga contra o outro mas tenta tão só fazer o seu melhor.
António Borges Regedor
Nem sempre o campo terá de possuir um “fairway” (1) largo, bem tratado, com relva aparada a facilitar o andamento e a recuperação da bola. Pode até quase nem ter fairway. E o desafio será o de colocar a bola no “green” (2) à primeira pancada.
Recordo que no campo de golfe rural do clube de Montalegre o primeiro buraco tinha o "tee" (3) junto do "clubhouse" (4) e jogava-se por cima do rio para a outra margem. No campo de Porto Santo - Madeira, o buraco 13 é conhecido por ter a possibilidade de se jogar por cima do mar numa reentrância da falésia. Ou ainda no campo da Quinta da Barca - Esposende em que o fairway tem pouco mais de 2 metros e a linha descrita pela bola é quase por cima do rio. Estes são apenas exemplos de muitos outros que tornam esta actividade desportiva tão agradável e desafiante.
(1) Fairway é a parte do campo por onde a bola deve ser jogada. O caminho da bola. É normalmente aparado de forma regular.
(2) Green é a parte do campo onde a relva está aparada muito curta e uniforme e onde se coloca a bandeira de final de cada buraco.
(3) Tee é o local de saída para o jogo e para cada buraco; marcação para a tacada.
(4) Clubhouse é a sede do clube e que comporta várias funcionalidades, como vestiários, chuveiros, roupeiros, arrumos para o os sacos e ferros de golfe, loja de material de golfe, bar e restaurante entre outros espaços.
Mais um torneio de golfe que correu bem. Concorreu para o êxito no torneio, o treino preparatório. E se isto pode servir de recomendação aos amigos, reafirmo que os torneios devem ser preparados para se conseguir melhor desempenho. Comigo este é o método que resulta. Fiz boa saídas, e é uma enorme satisfação ver a bola cair no “green”. Depois com mais uma ou duas pancadas para fazer bom resultado no “buraco”. Também ajuda. Não muito quente e sem vento frio. Pode ter mesmo alguma humidade. O golfe joga-se em grande diversidade de condições de clima. Os jogadores excelentes são antes de tudo, parceiros que partilham a mesma actividade física desportiva. Na maioria são amigos já de longo tempo. As imagens são de um torneio que decorreu no campo de golfe de Paredes. Um campo municipal com um exemplar trabalho de formação de jovens das escolas do Concelho. O campo é pequeno, mas tem características que lhe conferem um interessante rigor técnico e onde o “jogo curto” pode ser muito trabalhado.
Há dias, ao ler as declarações do patologista clínico João Pereira de Almeida, fiquei com as ideias mais claras acerca de que exercício físico fazer.
Os exercícios físicos aeróbicos leves, que mais oxigénio proporcionam às células, são o pedalar (um dos melhores), caminhar, nadar e dançar. Arrisco a dizer que a prática do golfe também deve estar neste grupo de opções.
Fico contente por corresponder ao meu lote de exercício físico que gosto de praticar.
Temos actualmente padrões de comportamento sociais e essencialmente psicológicos que nos afastam de modos de vida saudáveis. Um deles é o endeusamento do automóvel, considerar que é essa lata que garante estatuto social. Afinal o uso da biblicleta é bem melhor para a saúde individual e colectiva, melhor para o ambiente e qualidade de vida nas cidades. Afinal o estatuto de gente saudável está no uso da biblicleta. e que bem que lhe fazia ir para o trabalho a cada dia.
Andar a pé é para mim habitual. Chego a recusar boleias, correndo o risco até de ser mal interpretado. Mas tenho a experiência de amigos deixarem de usar o carro em pequenas distancias e fazermos, em conjunto, os percursos a pé.
Nadar é o que faço menos. Até porque sou mau nadador e só o faço na praia. Resta-me compensar com as outras actividades físicas.
Dançar chegou a ser três horas por dia todos os dias. Desde a pandemia foi a actividade sacrificada. É um dos maiores impactos na manutenção da minha condição física.
Resta o golfe. Não tanto como gostaria, mas com a vantagem de ser uma prática em espaços agradáveis. Grandes espaços verdes, arborizados, silenciosos, com frequentes presenças de aves, mamímeros, répteis. Onde é frequente haver planos de água, com peixes e amfíbios. Em campos de golfe já vi perdizes (em Porto Santo), coelhos e até esquilos (em Espanha) E mesmo um exótico ganso do Egipto ( Espinho). Além disso a prática de golfe é sempre de várias horas. Tenho feito cerca de três horas.
Infelizmente a pandemia tem colocado imensos obstáculos à concrtização destas práticas que se recohecem como as mais saudáveis.
António Borges Regedor
Esta prática desportiva é envolvida de cordialidade própria. Os jogadores previamente conhecidos ou não, saúdam-se desejando “bom jogo” reciprocamente. Marcam a bola e indicam com que bola vão jogar. Têm um cartão onde marcam as suas pancadas e a dos adversários que no final conferem e assinam. Esse cartão regista o seu nível de jogo. É normal fazerem elogio quando alguém do grupo executa uma pancada de assinalável qualidade. Ajudam-se mutuamente a procurar uma bola perdida. Literalmente não deixam ninguém para trás. Quem for mais atrasado joga primeiro.
O Golfe tem respeito pela natureza e pelo campo. Devem deixar o campo como o encontraram. Os jogadores reparam os pedaços de relva que levantam ao bater uma bola. Quando no “green” (zona do campo mais suave e onde a relva é cortada muito curta) a bola causa maior impacto, há uma peça (pitch repair) que cada um dos jogadores possui para reparar o green.
E finalmente leva a regras de indumentária simples mas de consideração para com o outro. Habitualmente usa-se polo que pode ser acompanhado de pullover. Tapa vento ou impermeável. A calça de fazenda e sapato de golfe ou sapatilha.
O gurda-chuva é admitido. O que não é aceitável é a tshirt e as calaças de ganga.
António Borges Regedor
O Golfe pode ser encarado como desporto, é jogado em torneios com formações de quatro jogadores por cada buraco de campo. E é conhecido pelas grande competições televisionadas da PGA (Profissional Golfers´ Association)
Mas é muito mais uma prática desportiva. É um exercício físico individual que pode ser feito com outros, mas onde não há contacto físico nem partilha de qualquer objecto de jogo.
Quando é jogado em conjunto as “formações” são constituídas no máximo com quatro jogadores. Podem ser todos membros da mesma família. O afastamento físico é essencial até pelas característica do jogo. Como se joga com um ferro que tem cerce de um a dois metros de comprimento. E como o batimento implica movimento que em vários casos desenvolve um arco de mais de 360º, bem se vê que o afastamento facilmente passa os cinco metros.
Cada jogador é obrigado a escolher o seu “set” de jogo o que pode variar de jogador para jogador. Nada que se utiliza no jogo é partilhado. Nem ferros, nem bolas que habitualmente estão marcadas com identificadores de cada jogador, nem “tee de saída” (pequenos pinos utilizados para elevar a bola da posição de saída), e muito menos os sacos com que cada jogador transporta tudo isso.
O jogo desenvolve-se por um percurso normalmente arborizado, com zonas relvadas e que pode ir aos dezoito buracos afastados entre si entre cerca de cem a quinhentos metros, isto numa extensão à volta dos sete kilómetros. Só por si o jogo é um passeio em natureza percorrendo espaços arborizados tendo mais ou menos obstáculos como sejam lagos.
Desta forma é incompreensível que o golfe não tenha sido excepção em tempo de pandemia. Há poucas práticas tão seguras e saudáveis como o golfe. Apenas me lembro da equitação e das caminhadas individuais. Confundir o golfe com desportos colectivos ou práticas em ambientes fechados é desonesto. A não ser que haja outros interesses.
António Borges Regedor
Um blogger amigo, Julián Marquina, publicou há dias uma notícia que me despertou por falar em golfe. A notícia era de uma bibliotecas dos estados unidos que se financia organizando jogos de mini-golfe. A Biblioteca Pública de Roxbury em New Jersey ganhou o prémio anual da American Library Association para o projecto de financiamento com o programa “mini-golfe na biblioteca”. O programa teve 26 patrocinadores na comunidade empresarial. O prémio também lhes garantiu 5 000 dólares em 2018.
Em Portugal o modelo rígido de gestão das bibliotecas não lhes dá oportunidade de serem criativas para gerar fundos que invistam em necessidades imediatas, em programas de actividade ou desenvolvimento ou em projectos de longo termo, ou mesmo actualização.
A única fonte de financiamento pública, parece ser muito redutora. Será bom pensar no assunto. Faz falta uma Lei da Bibliotecas Públicas. A sua autonomia financeira e técnica. Faz falta a figura do Director de Biblioteca que a represente e por ela seja responsável pelas finanças, pelos recursos humanos e técnicos. A entidade normativa já existe e é a DGLAB. Falta a base para o sucesso da rede de leitura pública em Portugal.
Fonte:
Julián Marquina
Bloguero sector InfoDoc
hola@julianmarquina.es
www.julianmarquina.es
António Borges Regedor
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