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O mensageiro do Rei é um romance de Francisco Moita Flores que coloca em paralelo a realização de um filme com um romance, e dentro deste duas histórias de amor. A do Rei com a artista francesa e a do mensageiro com a filha do burguês que queria ser conde. O cruzamento da história do regicídio com a da implantação da república e do desânimo com esta última no advento da ditadura.
Com a experiência de Moita Flores temos as histórias de amor, com as apreciações políticas e notas sociais em que a nossa simpatia se reparte por todos. Simpatia pelo mensageiro e o infortúnio do seu amor não autorizado. Pela sua amada que é encerrada num convento por ordem do pai. Pelo Rei que se vê com um reino para governar, sem que isso lhe interesse ou alguma vez o esperasse. Pela sua amada que aceita o afastamento por amor de quem terá de fazer um casamento de conveniência real. O Rei segue o seu caminho real, o mensageiro enriquece na américa, a artista e amante real tem reconhecimento e fama internacional. Só a namoradinha do mensageiro morre de tuberculose o que nos faz nutrir ainda mais simpatia por ela.
É leitura obrigatória que certamente não será obstáculo de outras actividades porque o livro lê-se com a avidez do conteúdo.
Flores, Francisco Moita - O mensageiro do rei. Alfragide: Casa das Letras, 2017
António Borges Regedor
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