. Mais uma iniciativa de Fé...
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A viagem tinha rumo ao sul. Até Lisboa a boleia tinha sido de um senhor de meia idade que ia ao aeroporto da capital buscar uma filha que chagava do estrangeiro. Se disse de onde era, já não me recordo. A conversa fazia-se de assuntos vários e banais para matar a monotonia da estrada que se fazia a baixa velocidades. Não era para mais. Nem o carro era fogoso, nem o condutor desportivo. E a estrada ainda era o resultado dos caminhos romanos reconstruídos no Fontismo e que ainda nos anos vinte do século XX eram de terra batida. O percurso incluía entrar e sair das cidades, cruzar localidades e muitos obstáculos como feiras, festas, outros carros caminhetas e carroças. Cruzamentos, entroncamentos e outros contratempos. Fiquei numa bomba da segunda circular, já em Lisboa, com a intenção de continuar mais para sul ainda nesse dia. Ficar em Lisboa, tendo só um parque de campismo em Monsanto, estava fora de questão. A abordagem ao motorista de camião foi positiva. A limitação é que ia para Sines. Aceitei. Era melhor que ficar apeado numa estação de serviço. O camião ia descarregar para uma obra do Porto de Sines. O importante era seguir para Sul, pouco importava por que caminho. Já na ponte, ao tempo com o nome de Salazar, a cidade branca, a cor com que a vi já a meio da tarde, ficou para trás.
Sines apresentou-se já com luz de fim de de dia. Não foi fácil encontrar o camping, nem hoje o saberia encontrar de novo. A tenda foi montada na companhia da luz da lua. O comer foi o pouco que ainda havia na mochila, e acabou-se. O dia seguinte seria diferente.
O ar quente da manhã levou-me para a praia. Iria fazer o primeiro banho de mar em início de férias. Não me lembro de alguma vez ter tomado banho de mar com água tão fria. Dores nas articulações. Imobilidade dos músculos. Óbvia saída rápida da água. Perdura no meu cérebro o banho gelado nas águas de Sines.
Sair de Sines foi a decisão imediata. Foi necessário fazer alguns kilómetros até à estrada nacional para o Algarve. A ausência de transito à saída da vila arrastou por horas a tentativa de boleia. Nestes casos tomava-se a opção possível. Ir caminhando pela estrada de braço estendido, polegar erguido. Sempre era melhor que parado ao sol. Ia-se ganhando em kilómetros o que se perdia em tempo. Uma carroça puxada por uma muar foi lentamente ganhando terreno até me alcançar. A boleia na lentidão da carroça era melhor que a caminhada a pé. Bem melhor que ver passar carros que não paravam. e incomparavelmente melhor que o caminhas pela berma da estrada atraindo o pó para juntar ao suor.
Assim se reduziu a distância até a carroça se internar em caminho entre campos, e eu ficar novamente na estrada sujeito à sorte de caminhar para sul em busca da água quente.
António Borges Regedor
Entre os dias 11 e 20 de Abril, das 15h às 17h, a Biblioteca Municipal propõe um conjunto de actividades para ocupação dos tempos livres dos mais novos. A participação é gratuita, mas é necessário inscrever-se nos serviços da Biblioteca.
Na interrupção lectiva da Páscoa a Biblioteca Municipal de Gondomar vai dar continuidade à dinamização do programa de animação infanto-juvenil Biblioférias de Primavera, de 12 a 21 de Abril de 2011. Este programa permitirá às crianças e jovens desfrutar de momentos verdadeiramente lúdicos, em que a cultura e o lazer se encontram em perfeita harmonia. As actividades disponíveis (visitas a espaços culturais, ateliers de escrita, expressão plástica, jogos lúdicos entre outras surpresas) visam uma ocupação saudável dos tempos livres, bem como contribuir para enriquecimento pessoal, social e cultural de crianças e jovens em período de interrupção lectiva. As inscrições são gratuitas e limitadas até ao número máximo de 20 participantes. Inscrição presencial obrigatória, por parte do Encarregado de Educação, na Secção Infantil da Biblioteca Municipal de Gondomar, de 5 a 9 de Abril.
Para mais informações contactar a equipa de animação da Biblioteca Municipal de Gondomar, pelo telefone 22 466 47 70.
O meu comentário: Excelente iniciativa. Só é pena não ser mais tempo e para mais jovens. E devia ser a pagar para constituir recursos para a biblioteca.
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