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ESCRITARIA
É já uma normalidade em Penafiel. Durante vários dias, a cidade passa a escritaria. Pendões, paineis, frases gravadas nos muros, caixas para arrumos de de livros ou outras escritas nas ruas. Montras escrituradas, decoradas com motivos de escrita, vestidos de livros asas de folhas de livros, folhas que saem de máquinas, canudos escritos que sobressaiem nas montras, fotos de outras escritarias. Exposições, leituras encenadas e apontamentos de livros em cena tudo muito bem ligado com piano de Chopin. O teatro faz-se no exterior. Feira de livro, autógrafos. Vendem-se livros, castanhas assadas. O almoço é excelente, o vinho bom e o preço agradavelmente económico, tudo servido com simpatia. Compra-se abóbora de que mais tarde se fará compota. Toma-se café com pastel, compra-se tabaco e joga-se no euromilhões. A economia mexe, cresce em Penafiel com a escritaria. Da biblioteca à feira do livro onde decorrerá a sessão de autógrafos, percorre-se a avenida. A loja de pronto a vestir tem um vestido com folhas de livro e um top com págins do “equador” . Na montra seguinte um “cocar” de penas das páginas de “Não te deixarei morrer, David Crockett”. A loja de calçado desportivo tinha uma linha sóbria e distinta vitrine com ciclindros feitos de cartazes da escritaria. E para todas as montras não podia deixar de se olhar. Miguel Sousa Tavares autografou esta 10ª edição.
António Regedor
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