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Na Grécia antiga, a mais antiga inscrição em escrita alfabética é datada de cerca de 750 a.c. diz: “O bailarino que dance com maior destreza…”.
Homero descreveu na Odisseia competições festivas com banquetes, jogos e danças. (Vallejo, 2020).
Para quem dança, não deixa de ser significativo que esta arte seja merecedora de atenção tão antiga. E que a dança esteja registada numa das inscrições alfabéticas mais antigas.
Fonte: Vallejo, Irene – O infinito num junco. Lisboa: Bertrand, 2020.
António Borges Regedor
Morreu o autor de “O velho que lia romances de amor”. Enquanto o livro era lido em Oviedo aquando da atribuição do “Prémio Tigre Juan” na Amazónia era assassinado Chico Mendes, a quem Luís Sepúlveda dedicou o livro.
Começou a ser reconhecido pela escrita em 1970 quando venceu o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro “Crónicas de Pedro Nadie” escrito no ano anterior.
Luís Sepúlveda era Chileno, socialmente empenhado na causa pública e na identidade do seu país. Estava no Palácio da La Moneda no grupo mais próximo do Presidente Salvador Allende aquando do golpe de estado americano montado pela CIA e realizado por Pinochet. Desde aí sempre viveu exilado.
Além dos dois livros premiados que já referi, lembro também “Patagónia Express” em 1995. “Encontro de Amor num País em Guerra de 1977. “Diário de um Killer Sentimental em 1998. “As Rosas se Atacama” em 2000. O fabuloso texto “ História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, escrito em 2008. “A Lâmpada de Aladino” em 2008. “Crónicas do Sul” em 2011. “História de um gato e de um rato que se tornaram amigos” escrito em 2012. “História do caracol que descobriu a importância da lentidão” de 2013. E a “História de um cão chamado Leal” em 2015. “O fim da história” é de 2016 e o fim da sua vida e de 2020 e termina depois de regressar de Itália, ao passar pelas “Correntes de Escrita realizadas em por Vila do Conde, ter adoecido pela pandemia do Covid-19, acabando por falecer em Oviedo.
Pode ter acabado a escrita, não acabou a leitura deste fabuloso autor.
António Borges Regedor
Também se comemora o dia da escrita à mão.
Escrever à mão, parece já se praticar desde o paleolítico. Na evolução da escrita, pouco importa se é ideográfica ou fonética. O que importa é que se escrevia à mão. Apesar de utilizar diferentes instrumentos a escrita é sempre feita à mão. Estilete na escrita cuneiforme, pincel de cana no papiro e pena fendida no pergaminho. A escrita cursiva aumenta a rapidez de execução.
“A tradição helénica também atribui aos Fenícios a invenção da escrita.”( McMurtrie 1965).
A escrita fenícia era feita da direita para a esquerda. Os gregos utilizaram um processo de escrever alternadamente linhas da direita para a esquerda e em sentido oposto da esquerda para a direita. Chamavam a esta escrita, bustrofedon. A cursiva romana tinha a característica de arredondar os traços direitos e a de estender os traços para cima e para baixo da linha de escrita.
É a partir do século IV que se verifica a influência da cursiva com o tamanho de polegada e a que se designa de “uncial”. É o estilo que mostra o início da minúsculas. Por exemplo: a letra “E” arredondou-se para a forma “e”. O traço do “G” curvou-se para cima e formou o “g”. As linhas rectas do “M”, passaram a curvas “m”.
Depois evoluiu para as semi-unciais que possibilitavam a ligação entre as letras e que foi desenvolvido nos mosteiros da Irlanda. O “Livro de Kells” hoje depositado na biblioteca do Trinity Colege, em Dublin é a sua expressão. Até ao século VIII em que a uncial entra em declínio.
Passou-se ao tempo das minúsculas. Com particularidades locais. Cada centro a desenvolver o seu próprio estilo. Até Carlos Magno criar a escola de Tours que espalhou o novo estilo, a minúscula carolina, por toda a Europa.
No decurso ainda haverá a gótica, até chegar à escrita humanística do século XV semelhante aos tipos romanos actuais. Este estilo alonga as letras para a direita.
E mesmo com a tipografia, “apesar da rápida expansão da arte de Gutenberg, as necessidades quotidianas de documentos da mais variada natureza, a correspondência, as diversas aplicações nos sectores económico, mercantis, jurídico, cultural, etc, exigiam um recurso constante à escrita feita à mão, mais expedita e consentânea com as necessidades da vida diária.” (Marques: 2002,p. 12)
Estas escrita tinham padrão e instrumentos standard. Ainda não há muito tempo, para além da aprendizagem da caligrafia padrão, havia o ensino de caligrafia em vários estilos. Com vários tipos de canetas. E também variados tipos de formatos e de tamanhos de aparos adequados a cada tipo de letra. Caneta e aparo para cursivo inglesa. Aparo cortado de vários tamanhos para a letra francesa e também para gótica. Antes dos gravadores havia uma técnica de abreviaturas para escrita rápida. A máquina de escrever já retirou muito do espaço da escrita à mão. O computador apenas prolongou esse impulso inicial. Mas também a passagem da caneta de aparo, para a caneta de espera iniciou o processo de desregulação da caligrafia padrão. E o facto de cada vez se escrever menos e mais rápido, leva a que cada um se distancie de um padrão. E a escrita à mão é, actualmente, cada vez mais imperceptível de uns para os outros. O desenho das letras, perde-se pela falta do seu exercício. Resta-nos o desenho, e as efemérides do dia da escrita à mão.
Marques, José (2002) Práticas paleográficas em Portugal no século XV. Porto: Ciências e técnicas do património. http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo3501.pdf
Mc Murtrie, Douglas C. (1965) O livro. Lisboa: Fundação Clouste Gulbenkian.
António Regedor
Para casa de cidade era bastante grande. Na imagem está a escadaria da fachada principal. A posterior dava para um amplo socalco com jardim e várias árvores. Havia um outro socalco inferior, bastante maior que o do jardim. Este poderia ter sido, em tempos, cultivado. Limitava com o Passeio das Fontainhas. O muro terminava em abertuas e em cada uma das ombreiras havia um banco.
Voltando à casa, ela era complementada de lado da esquerda, o lado da escadaria, com um bloco alinhado a voventa graus e de ligação interior. As salas do piso térreo eram grandes. Talvez tivessem servdo em tempos para armazenamento. Uma delas, rebaixada, tinha um pé direito mais elevado e sem ligação pelo interior ao piso superior.
Ao piso de cima, o sobrado, acedia-se pela escadaria em pedra com corrimão também em granito. A escadaria apresentava-se em estilo barroco, no que era acompanhada por alguns outros elementos dispersos pelo conjunto edificado. As salas deste piso superios eram de mais reduzidas dimensões, mesmo assim amplas. Era este piso que ligava ao bloco de canto qe tinha uma escada interior de acesso ao piso térreo e também a um outro piso superor. Corredores largos e grande número de janelas davam-lhe um ar solarengo.
António Regedor
Émais um livro sobre livros e escritores. Dos esquecidos e dos promovidos. Dos de folha de rosto e dos ghostwriter. E de livreiros por vocação e conheciento e de editores que poderiam de igual forma ser açougueiros.
Quem estuda Ciência da Informação na temática de edição e indústria editorial, tem neste livro temas para várias teses.
António Regedor
São grandes as mudanças na industria editorial. agora é a Porto Editora e Grupo Leya que chegam a acordo para impor limite de páginas a escritores.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/porto-editora-e-grupo-leya-chegam-a-acordo-para-impor-limite-de-paginas-a-escritores=f775248#ixzz2xapascb8
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