. Reunião Ibérica Anti-Nucl...
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Recorrentemente vão surgindo umas notícias da treta, e estas de agora são de uma hipotética obtenção se energia de fusão em que a energia que se obtém é pela primeira vez superior à que se consome. Isto para esconder que neste processo a manutenção do plasma consome mais energis do que a que teoricamente se conseguiria. E como em todos os casos o saldo é negativo continuam a rotular a maravilha do nuclear, porque na verdade o que estes lobistas querem é vender o nuclear de fissão com o rol de perigos que comporta e que são cada vez melhor conhecidos e percebidos.
É no entanto uma boa ocasião para colocar a questão, importante.
Nota final: O hidrogénio entrará na equação da discussão dos modos de mobilidade. É outra conversa.
António Borges Regedor
No passado dia 11 de Março, fez exactamente 10 anos do terrível acidente nuclear em Fukushima, Japão.
Neste dia participei numa reunião online com diversos ecologista , técnicos, jornalistas e activistas de várias associações ambientalistas. Pessoas que conheço de longa data, desde a luta contra a central de Sayago na fronteira de Miranda do Douro, e outros que conheço mais recentemente.
Seguimos ao longo de tempo a questão da energia nuclear e a sua íntima ligação ao sistema de produção de combustível e componentes de armamento. E continuamos preocupados. E quanto mais tempo passa na vida das centrais nucleares, no seu desgaste, fadiga e aumento de riscos, mais preocupados ficamos.
A reunião permitiu rever várias das questões:
A preocupação com as minas de urânio em Retortilho e a fábrica de processamento a 30 Kilómetros da fronteira portuguesas. Isto quando há excedente de minério e a energia nuclear está em declíneo. Os preços do urânio têm vindo a baixar. O tempo de vida útil das centrais nucleares está a terminar, em algumas, como a de Almaraz junto do rio Tejo, já terminou mas foi prolongado a té 2017. A intenção de aprovar mais uma mina de urânio só se compreende com especulação bolsista e a baixa de preços do urânio só interessa às centrais. O prolongamento da vida útil das centrais só interessa às empresas proprietárias para garantir o máximo de retorno, já que o desmantelamento será suportado pelo Estado. O lucro para os privados. O custo da limpeza para ser pago pelos contribuintes.
Em presença estão dois grupos de interesses que implicam com a segurança e qualidade de vida dos cidadãos. Por um lado o interesse da indústria nuclear, poderosa e influente, e por outro a necessidade de opinião pública consciente, apoiada cientificamente, com preocupação ambiental e na procura do futuro sustentável.
António Borges Regedor
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