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Pequeno aparelho que produzia luz eléctrica que alimentava os faróis com que se equipavam as bicicletas para circularem de noite. Tão simples.
António Borges Regedor
Vivemos uma mudança de paradigma na produção de hidroelectricidade
O modelo clássico das hidroeléctricas consistia na passagem da água armazenada na albufeira pela turbinagem uma única vez. Actualmente o modelo de duas ou mais barragens permite com bombagem fazer circular a água várias vezes pelas turbinas. Isto com o auxílio da disponibilidade da energia fotovoltaica e eólica. Teoricamente e idealmente é criado um sistema circular infinito. Só não o é por razões de manutenção de caudais ecológicos, evaporação e diferenças nas necessidade de turbinagem e bombagem. As albufeiras constituem assim armazenagem de energia potencial. Como que enormes baterias carregadas que podem fornecer energia quando necessário. E simultaneamente constituem reservas de água que poderão mitigar os períodos de secas meteorológicas e hidrológicas.
Tendo consciência que todas as acções humanas têm impacto sobre a natureza, a ponderação de vantagens e desvantagens nesta questão da gestão da água, leva necessariamente a ponderar como mais positiva a constituição de reservas de água como resposta a possíveis situações que façam perigar a qualidade e saúde humana. Inevitavelmente as barragens e albufeiras de reserva de água são necessárias.
António Borges Regedor
Estamos perante uma crise climática. A temperatura do planeta aumenta. O nível do mar sobe. Os fenómenos climáticos são cada vez mais extremos. É urgente a redução de emissão de gases de efeito de estufa. O aumento da temperatura da terra por acção do Homem iniciou-se com a revolução industrial e o enorme consumo de carvão e agravou-se nos tempos modernos com o brutal aumento do consumo de petróleo. Resulta a absoluta necessidade de reduzir o consumo de combustíveis fósseis. A manutenção dos padrões de qualidade de vida são altamente consumidores de energia e isso implica a necessidade de produzir energia, nomeadamente a eléctrica sob outras formas e métodos. Desde logo a produção de energia renovável. A que esta mais disponível na natureza. O sol, o vento, a água, o mar e as ondas. E as anergias renováveis são aquelas que mais se adaptam à produção em pequena escala. Ou seja, à escala local e doméstica. Painéis solares ou fotovoltaicos, eólicas helicoidais são fáceis de colocar em pequenos espaços ou telhados. São facilmente dimensionados a consumos domésticos, condomínios, fábricas eu comunidades. O mesmo para mini-hidricas em consumos industriais ou pequenos aglomerados. As energias renováveis aproximam-se da neutralidade carbónica e da descentralização da produção. Constituem factor de democratização da produção energética e independência face aos monopólios da energia. Desta forma será possível interferir no preço da energia. As multinacionais da energia deixarão de impor os preços quando cada um for livre de produzir a energia de que necessite.
António Borges Regedor
Desde a revolução industrial, há cerca de duzentos e cinquenta anos, que são consumidos combustíveis fosseis que necessitaram de milhões de anos para de formarem. Primeiro o carvão, depois o petróleo e o gás. Se outra razão não houvesse para preocupação, esta seria suficiente. Estes duzentos e cinquenta anos são, entre outras, causa do aumento de alterações climáticas que são preocupantes e que se podem tornar irreversível e mudar a forma de vida na terra, tal como a conhecemos. Desde a revolução industrial a temperatura média da terra aumentou 1,5 graus centígrados. Até meados deste século pode aumentar mais 1 grau, o que poderá tornar irreversível o aquecimento. Há factores combinados que concorrem para as alterações climáticas que todos já testemunhamos no nosso quotidiano e que balizamos temporalmente e de forma evidente, na última década. A par da notícia de degelo, de recuo da costa por aumento do nível da água do mar, sentimos os fenómenos climáticos mais extremos. Os picos de calor cada vez mais fortes e frequentes no verão, e os picos de frio, a velocidade dos ventos, a intensidade das chuvas com cada vez mais inundações no inverno. Ou ainda a desregulação e descaracterização das estações dos equinócios, tendencialmente mais moderadas.
Sem dúvida que o planeta não tem capacidade de regeneração ambiental dos enormes consumos de combustíveis fósseis, essencialmente hidrocarbonetos. Sem dúvida que é um dos factores de maior desequilíbrio ambiental. Há que substituir urgentemente os combustíveis fósseis por outra energia renovável. As fontes são conhecidas e as tecnologias conhecidas e em constante aperfeiçoamento.
De há muito se usam painéis solares para aquecimento de água e agora estão disponíveis painéis fotovoltaicos para produção de energia eléctrica. Há que aumentar a produção de energia do vento, não apenas em eólicas de pás horizontais, mas também em helicoidais que se adaptam a dimensões mais reduzidas e a espaços domésticos. Aumentar a produção de energia hídrica, mesmo em mini-hídricas não apenas para produzir energia, mas também para a armazenar em energia potencial. Ao mesmo tempo faz-se reserva de um bem que é cada vez mais escasso, regulam-se caudais e pode mesmo gerir transvase. Há ainda a energia das marés e das ondas.
O novo paradigma energético deve passar a usar energias renováveis. Produzidas não apenas em regime de monopólio de grandes grupos geradores, mas também e essencialmente em auto produção de pequenas comunidades e em regime doméstico. A legislação vai neste sentido. A mobilidade terá de ser alterada para modos suaves, para a motorização eléctrica e de cada vez maior eficiência. A mobilidade terá de se reduzir no transporte individual em favor do transporte público. Com maior rede, frequência e qualidade. Devendo ter condições para comutar com a mobilidade suave (as bicicletas e outros meios nas suas formas clássicas ou eléctricas.
António Borges Regedor
A procura de formas de produção de electricidade e a sua optimização vai continuar e vai generalizar-se. Os consumos de electricidade vão continuar a subir, e os processos e equipamentos terão tendência a ser mais pequenos, descentralizados e cada vez mais domésticos.
Estamos no fim de um modelo de sociedade iniciada com a revolução industrial alimentada a energia fóssil. Para trás ficou o consumo essencialmente de biomassa. A revolução industrial passou pelo carvão e petróleo, verificando a sua finitude. A procura de energias renováveis é o novo paradigma. E o futuro é de alguma forma voltar, agora com novas tecnologias e equipamentos, a produzir energia utilizando os rios e os mares, o vento e o sol.
E já todos se deram conta da mudança de paradigma. A energia elécrtica produzida em Portugal pelos grandes sistemas produtores, são já cerca de 70% de energias renováveis. E as fontes de energia são diversas. No caso da EDP, a empresa com maior mercado em Portugal, das energias renováveis, a que tem maior significado, é a eólica com quase 47%. A hídrica já só é 13%. Há outras renovéveis com 6,3% e a cogeração renovável apenas 3,8%. Ainda se queima carvão na percentagem de 11,9%, a cogeração fóssil quase 8% e o gás natural com 5,8%. Infelizmente o nuclear ainda entra na conta com 2,5%. Mas a valorização energética de resíduos sólidos foi utilizada por esta empresa em 1,7% da sua produção.
O actual modelo ainda é o da produção centralizada, herdeira do monopólio da produção eléctrica, mas o caminho deverá ser cada vez mais a produção á escala da necessidade dos utilizadores.
Não haverá apenas grandes equipamentos produtores de electricidade, mas também já vemos, e veremos cada vez mais pequenas unidade de produção de electricidade.
A instalação desses equipamentos pode ser ou não um problema. Pode precisar de espaços e locais adequados. As coberturas dos edifícios são um dos espaços naturais. São já usados para painéis solares de aquecimento de água e fotovoltaico. Mas também o poderão ser para aerogeradores de dimensão doméstica. Já os há em telhados de hotéis. Como também já existem microgeradores instalados em parques. E não nos espantemos quando virmos pequenos aerogeradores helicoidais, muito parecidos com os extractores que nos são já muito familiares nos topos dos prédios.
O desejável será a diminuição dos equipamentos de produção eléctrica que se aproximem das necessidades dos consumidores. Que cada um possa aproximar a sua produção ao seu consumo e ao seu armazenamento. Do tipo de um gerador solar que durante a noite armazena no carro que se utilizará durante o dia e esse mesmo equipamento possa contribuir para a minimização dos consumos domésticos e industriais no pico de consumo que é durante o dia.
Actualmente, se houvesse produção doméstica a cerca de 30%, os grandes sistemas produtores, prescindiriam de consumo de combustiveis fósseis e nuclear, e geraraiam electricidade apenas com energias renováveis. Era a total descarbonização na produção de energia eléctrica.
Fonte dos dados: EDP
António Regedor
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