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A Era da informação naturalmente criou os seus contrários. A desinformação, e o fenómeno largamente conhecido por “fake news”.
Nada de novo. Desde Heraclito, o pai da dialéctica. (Cerca de 500 a.C. - 450 a.C.) que sabemos que a realidade não é mais que a alternância entre contrários.
Platão afirmava o dualismo ontológico, sendo que um deles era ilusão. Não correspondia á verdade.
Até a lógica aristotélica se apoiava em silogismos que podendo estar formalmente correctos podiam igualmente desviar-se da realidade.
O cristianismo medieval acentuou o maniqueismo. E no campo da ciência o conhecimento afirmava-se em disputas teóricas.
Mais modernamente Hegel enunciava a dialéctica para a compreensão do decurso e avanço histórico. Marx apoia-se nesses enunciados para os apresentar de forma positiva como processo civilizacional.
Mas se até aqui as várias interpretações dos contrários constantes da realidade eram tidos como aspectos positivos, eis que chegamos à era da informação em que é propositadamente que se recusa a verdade, se constrói uma pós-verdade e se propaga a falsidade intencionalmente. Eis as fake news e os seus sucedâneos ainda mais nefastos.
Uma nova realidade que preocupa a comunidade científica e que se constitui como objecto de estudo.
Os profissionais da informação têm este novo fenómeno em especial atenção.
A licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI) e, no âmbito do Centro de Estudos Organizacionais e Sociais do Politécnico do Porto (CEOS.PP), organiza um Encontro subordinado ao tema “A desinformação na era da informação: Novos Desafios para a Gestão da Informação”.
São vários temas em estudo:
a desinformação e o papel do profissional da informação;
as causas da desinformação nas organizações;
a sobrecarga informacional;
os efeitos da desinformação;
as formas de combater a desinformação; a informação enquanto recurso;
boas práticas no uso da informação e das tecnologias no combate à desinformação;
a inclusão digital;
a literacia e outras de interesse.
A iniciativa está marcada para o dia 23 de Abril de 2020 e realiza-se no ISCAP do Instituto Politécnico do Porto.
A Guerra nos Balcãs: jihadismo, geopolítica e desinformação. Lisboa: Colibri, 2106. É um livro da autoria de Carlos Branco, um General português ao serviço da ONU.
“A verdade é a primeira vítima de uma guerra”, frase atribuída a Hiram Warren Johnson, senador americano. O autor considera aplicar-se adequadamente ao conflito joguslavo.
O autor considera que a jihd global teve origem na Bósnia. Promovida pela Al-Qaeda. Bin Laden esteve várias vezes na Bósnia com passaporte Bósnio. P.155. Teve conversações com o presidente Izetbegoviç e com a direcção do partido muçulmano em Sarajevo. Auman al-Zawahiri, braço-direito de Bin Laden esteve várias vezes na Bósnia para supervisionar os campos de treino geridos pelos mujahideen.
Alija Izetbegovic lider do partido muçulmano tinha desde 1970 um livro de orientação para a Islamização dos muçulmanos e dos povos muçulmanos onde” o objectivo principal era a tomada do poder político para estebelecerem uma sociedade segundo a “vontade de deus”. Estabelecer uma sociedade islâmica significava instituir um Estadio Islâmico.” P156
Os “Jovens Muçulmanos” foram criados em 1941 por Izetbegovic. Já então tinham o objectivo de criar o estado islâmico. Continuavam agora com o mesmo objectivo.
“A clique islamista tinha tomado de assalto o SDA (nota: partido muçulmano na bósnia ) e marginalizado os muçulmanos que defendiam projectos seculares”. P.159
“o El Mujahid, um desses grupos jihadistas que se destacou pela brutalidade das suas acções. Os membros desta unidade cometeram os crimes mais hediondos que se possa imaginar tanto contra sérvios como contra croatas, nomeadamente contra prisioneiros de guerra, que eram frequentemente decapitados.”...” foi comandante daquela unidade, um tal Abu Abdel Aziz “Barbados”, um alto quadro da Al-Qaeda nascido na Arábia Saudita e veterano de guerra do Afeganistão.” P160
“Para além dos serviços de informações dos países islamicos, constava que os da Albânia, austria, Croácia e Eslovénia teriam também participado no recrutamento de combatentes estrangeiros e na sua colocação em território bósnio.” P.164
O treino era na eslovénia e o responsável pela mesquita de Zagreb cooperava com os recrutadores e com o seu envio para a bósnia p164
O financiamento vinha dos países do Golfo, principalmente da Arábia Saudita e implava ter os combatentes estrangeiros p165 As aldeias onde se instalaram passaram a ser santuários da Al-Qaeda e a ser reguladas pela Sharia p166.
Este e outros temas do livro, são obviamente incómodos por estabelecerem o contraponto à narrativa oficial e vulgarizada. Talvez por isso não veja este livro do General Carllos Branco nos espacarates, montras e outros locais de visibilidade nas livrarias. Pode pensar-se em boicote.
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