.posts recentes

.  Ciência e Obstáculos So...

. A vida com ameaça

. Livro e Ética

.arquivos

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Abril 2022

. Março 2022

. Fevereiro 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Setembro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Agosto 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Agosto 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Maio 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Outubro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Novembro 2007

. Setembro 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Fevereiro 2005

. Janeiro 2005

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub
Terça-feira, 28 de Dezembro de 2021

 Ciência e Obstáculos Sociais

 

R.jfif

A ciência é desencadeada por necessidade de resposta a interrogações e inquietações.  Procura dar respostas a problemas, a questões e a factos.  E como actividade social está sujeita a esse condicionamento.

O esforço dos cientistas na obtenção da independência tutelar, liberdade intelectual, suspensão do juízo ou abstenção política, religiosa ou outra qualquer interferência no método científico foi sempre balizado pelo poder político, religioso e pressão social e económica.  Desde sempre a ciência vive em tensão com a sociedade.

Desde a antiguidade as soberanias rodeavam-se dos pensadores e usufruíam do seu conhecimento, prestígio e do mesmo modo exerciam o seu controlo de forma mais ou menos evidente.  Apesar disso o pensamento filosófico e científico sempre procurou  conquistar  margem de independência, liberdade de investigar, escolha dos objectos de estudo e disso sofreu consequências. Ao longo da história registamos imensos  momentos de evidente tensão dos diversos poderes contra o pensamento e a ciência.  

Sócrates  viu-se forçado a suicidar-se por ser considerado socialmente nocivo nos seus  ensinamentos, observações e  apreciações sociais.

Hepatia de Alexandria foi barbaramente assassinada por fazer investigação independente do cristianismo  em matérias de filosofia, matemática, astronomia entre outros temas em que era fluente.  

A investigação e o conhecimento dos órgãos internos do corpo humano foi proibida,  pelas várias religiões, durante muito tempo. Facto que atrasou o desenvolvimento do conhecimento científico na medicina.

Ainda no século VI Boécio, que era helenista e tradutor da obra de Aristóteles para  latim acabou morto por ordem do Imperador Teodorico.

Abelardo (1079-1142) foi dos maiores lógicos medievais. Tem uma lindíssima história de amor com Heloísa. Tal como os Goleardos viveu sempre em conflito com o poder. Teve de queimar um seu livro, e mesmo assim continuou a ser perseguido, condenado e morreu a caminho de Roma para recorrer da sentença.

Roger Bacon (1214-1294) que se destaca no estudo da natureza através do método empírico, e precursor do método científico  moderno foi também condenado pelo poder religioso

Desiderius Erasmus (1466-1536) conhecido por Erasmo de Roterdão teve todas as suas obras colocadas no index.

Nicolau Copérnico (1473-1543) autor da teoria heliocêntrica assumiu um pensamento contrário ao vigente até aí.

Giordano Bruno  1548 foi condenado à morte por ideias  de heliocentrismo que partilhava com Copérnico. Bem como a do pluralismo cósmico, ou a possibilidade de outros planetas criarem vida neles próprios. Ou o do universo infinito. Mais uma vez o poder a dar-se mal com a ciência.

Da sorte da morte por opinião, livrou-se Galileu Galilei (1564-1642) que teve de negar a teoria do heliocentrismo perante o poder religioso.  

Johannes Kepler (1571-1630) autor das Leis de Kepler, leis da mecânica celeste, foi também  perseguido pelo pelos católicos  da contrarreforma.

O próprio Descartes (1596-1650) o “pai” do racionalismo, teve muito cuidado e construiu o seu método de dúvida para a construção do conhecimento. não deixou de engendrar uma forma de colocar Deus no seu raciocínio. Ao saber da condenação de Galileu, Descartes   abandonou a ideia de publicar o “Traité du Monde”.

Todos estes casos mais conhecidos e muitos outros são evidência do caminho da ciência com inúmeros obstáculos de convivência com as soberanias, as religiões, a cultura popular com os seus usos, costumes e superstições.

O caldo cultural é em alguns momentos favorável ao avanço científico e isso aconteceu em alguns momentos da história e concretamente nos séculos  XVII e XVIII.  Estes foram momentos de grandes   avanços científicos.

O movimento das Luzes pretende explicar as leis do universo pela razão. É uma forma diferente de explicar o mundo daquela que até aí era ditada pela fé e pela imposição da força.

Os pensadores, os filósofos, os cientistas encontraram nas academias o instrumento de partilha e validação do conhecimento que construíam. As Academias foram o suporte da ciência contra os poderes de que os cientistas se queriam afastar e que os subjugava.  Formaram-se nessa altura   a “Academia dei Lincei” em 1603 na cidade de Roma. Galileu pertenceu a esta academia. Em 1660 foi fundada a   Royal Society em Londres. Isaac Newton chegou a ser seu presidente. A ela também estiveram ligados Fleming, Darwin e Einstein.  Logo em 1666 funda-se a Academia de Ciências em Paris. Pouco depois, em 1700, a Academia Real de Berlim.  Alguns anos após, a 1724, Academia de Ciências de S. Petersburgo.   A 1779 é fundada a Academia de Ciências de Lisboa.  

A partir das Academias, os cientistas apresentavam aos seus pares os seus inventos, observações e experiências. A  legitimação e validação da produção científica passou para o interior da comunidade. Ganharam maior independência, autonomia e decisão. Ainda é um tempo em que a ciência se fazia de forma muito solitária. Cada um nas suas investigações e com apresentações presenciais aos pares na Academia. O crescimento da actividade científica no século XIX  foi evoluindo para a criação de laboratórios universitários ou ligados a indústrias.   A ligação aos interesses industriais afasta-a das amarras dos poderes civis e religiosos.  Mas o crescimento da ciência e os grandes projectos  necessitam de grandes recursos financeiros. A ciência quanto mais complexa mais necessita da partilha de conhecimentos diversos e do trabalho em equipa. E só os Estados ou grandes grupos industriais estão em condições de fornecer os meios necessários. Os grandes projectos do século XX nos Estados Unidos, nomeadamente “Los Alamos” mudam o paradigma da produção científica.

A Big Science, expressão de Weinberg (1915-2006) e está ligada aos grandes projectos do tipo “Projecto Manhattan” que produziu a bomba atómica.  À profissionalização dos cientistas e ao crescimento exponencial da produção científica.  Neste contexto de abundância de publicações científicas o tema da Big Science vem a ser retomado por Solla Price no livro “Little Science, Big Science, editado em Nova York pela Columbia University Press.  

Enquadrados em grandes projectos, contratados por grandes centros de investigação, profissionalizados, quase proletarizados, a relação da ciência com o poder volta a ser de  dependência. Em certa medida  a ciência do século XX foi capturada pelo grande poder político e industrial.

O crescimento da comunidade científica e a necessidade de comunicar aos pares a produção científica para a validar e legitimar encontra na publicação a forma de dar a conhecer e colocar à critica dos pares as inovações científica.   

A legitimação da ciência mantém-se destro da comunidade científica. Mas a  ameaça de tensão revela-se no tipo de trabalhos de investigação que são financiados ou não.  

Outro foco de tensão começou com a adopção do modelo neoliberal de produção científica. A comunicação dos trabalhos científicos passou das revistas institucionais para a publicação por grandes grupos editoriais que publicam na perspectiva do lucro empresarial.  A tensão da publicação científica vem sendo resolvida através dos repositórios científicos. Os repositórios  públicos e institucionais  garantem o de livre acesso às publicações e também aos dados para partilha.

Foi a partilha colaborativa de resultados de investigação e de dados que permitiu tão rapidamente obter as vacinas para o covid. Mas a tensão da ciência com a sociedade e concretamente com o modelo liberal de negócio  faz-se  pelo conflito que é o patenteamento privado de uma investigação aberta e paga essencialmente pelos fundos públicos.

Hoje o interesse egoísta do lucro de umas poucas empresas que vivem à custa da desgraça alheia, e protegidas pelos políticos que capturaram para os seus interesses, impedem a libertação das patentes para produzir vacinas que protegendo os países do 3º mundo, estariam também a proteger oso países desenvolvidos dos contágios. 

 

António Borges regedor

publicado por antonio.regedor às 15:42
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 3 de Setembro de 2020

A vida com ameaça

unnamed.jpg

O aparecimento de um novo vírus, levou de imediato a tomar algumas precauções, mas a consciência de se tratar de algo duradouro obriga a pensar os nossos comportamentos e hábitos. Ter consciência que não é apenas a resolução do contágio , mas essencialmente os procedimentos de protecção. Desde logo hábitos alimentares para reforço das defesas orgânicas e hábitos físicos para reforços dessas defesas.

Comida saudável, variada em proteínas, hidratos de carbono, vegetais, fruta, água. Será preferível à comida repetitiva, plástica, pobre do hamburger, pizzas e batatas fritas. Redução ou eliminação do açúcar processado.

A escolha da actividade física também pode ser importante. A preferência pela actividade em espaços abertos e actividades de nulo ou baixo contacto físico.

Evitar as actividade em espaços fechados sempre que possível. Preferir a deslocação por locais com menos aglomeração de pessoas. Preferir transportes que dependam essencialmente de nós, como a bicicleta por exemplo.

Sabendo que estamos a agir com mais segurança, reduzimos o medo. Aumentamos a tranquilidade face aos desafios da vida.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 14:16
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 23 de Abril de 2020

Livro e Ética

IMG_20200423_165051.jpg

Hoje Dia Mundial do Livro estou a iniciar a leitura do livro “Horizontes da Ética: Para uma cidadania responsável”  do meu amigo João Baptista Magalhães.  É uma edição da Afrontamento em 2010.  Justifica-se até pela proximidade com a data em que a ética venceu a barbárie. A comemoração do 25 de Abril de 1974. 

Também hoje iniciei com o meu neto um conto a quatro mãos inspirados no tempo presente de covid.   

publicado por antonio.regedor às 16:57
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Fevereiro 2023

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28

.tags

. todas as tags

.favorito

. Livros que falam de livro...

. Uma compra  no supermerca...

. Dança

. Elle foi à Pharmacia

. Tanto tempo e tão pouco ...

. Rebooting Public Librarie...

.links

blogs SAPO

.subscrever feeds