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Vivemos mais uma época de pandemia. Parece ter começado na China. Um vírus identificado como COVID19. (SARS-CoV-2(COVID-19)
Nos primeiros meses deste ano de 2020 foram atingidos mais intensamente a China, Coreia do Sul, Irão e Itália. A Itália tem sido o maior foco de infecção na Europa, esta é agora um dos principais focos no mundo. Até Março 2020, Portugal tinha-se mantido afastado da pandemia. A partir deste mês Portugal tem tido uma progressão infecciosa na mesma linha da Europa. São já milhares de infectados na Europa e mais grave a morte de mais de uma centena de pessoas num só dia em Itália. Portugal, tem o seu primeiro falecimento hoje dia 16 de Março 2020, ao 14º dia de registo do vírus no país. Um cidadão com mais de 80 anos e outras patologias. É este o perfil dos mais vulneráveis a este vírus. São neste dia 331 infectados, dos quais 139 internados e 3 recuperados. Os números contrastam significativamente com os italianos, por exemplo, só num dia 345 mortos.
Portugal tem dois meses de atraso na evolução da infecção, mas apresenta a mesma linha de evolução. Está no comportamento cívico dos portugueses reduzir tanto quanto possível a curva ascendente que inevitavelmente acontecerá. Aprendendo com os outros e tomar medidas preventivas, essencialmente de isolamento social e cuidados de higiene.
Não havendo conhecimento científico nem meios para tratar este vírus, podemos agir para reduzir os seus efeitos. É isso que temos que tentar.
Para já estamos em condições de ter alguns ensinamentos políticos.
Os que gritaram por menos Estado, querem agora mais Estado, mais recursos, mais funcionários públicos (médicos, enfermeiros, polícias, militares)
Querem agora mais recursos na saúde, mais equipamento na saúde, mais hospitais.
Os que quiseram privatizar hospitais, querem-nos agora públicos.
Os que criminosamente quiseram acabar com o Laboratório Militar, querem agora que este forneça tudo que está em falta.
Os que se opuseram ao Serviço Militar Obrigatório (SMO) como parte da participação cívica, e que frequentemente se opõe à existência de forças armadas, agora reclamam pela presença dos militares em todas as áreas, desde a cedência dos hospitais à ordem pública.
Os que se opuseram ao Serviço Nacional de Saúde , agora tudo exigem dele.
Felizmente a maioria dos Portugueses entendem ser necessário um Estado interveniente, o Serviço Nacional de Saúde, os serviços públicos com recursos, equipamentos, competências, as Forças Armadas, os Hospitais Militares e Laboratórios.
Que esses tais não ousem voltar a menosprezar o Estado Social, forte, actuante, competente.
António Regedor
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