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A preocupação da indexação das revistas em bases de dados de grande impacto continua a ser uma realidade, apesar do enorme crescimento da publicação em repositórios institucionais em open acces. A necessidade de mostrar publicações indexadas com maiores factores de impacto e em revistas que são promovidas por acção de marketing e figuram em packs de empresas fornecedoras de conteúdos científicos ainda pesa muito nas preocupações e práticas dos investigadores. A cienciometria ainda está longe de encontrar uma boa solução para a necessária publicação da produção científica e para o seu financiamento adequado.
Como podemos depreender do texto de Rubén Urbizagástegui
“En el campo de la Bibliotecología y Ciencia de la Información Latinoamericana, se habla con abundancia de "revistas internacionales" y también de la "internalización de las revistas". Se habla de la necesidad de que esas revistas (académicas o científicas) sean indexadas por "bases de datos internacionales", aun cuando los países locales no tienen un control adecuado de sus revistas nacionales y menos poseen bases de datos bibliográficas nacionales, donde estas revistas académicas o científicas deberían ser prioritariamente indexadas. No invierten en bases de datos nacionales pero si exigen que sus investigadores publiquen en revistas que estén indexadas en bases de datos internacionales y mejor si estas son Web of Science o Scopus. Las autoridades culturales de los países latinoamericanos con certeza no saben ni cuantas revistas son publicadas en sus territorios nacionales. Traigo a colación esta afirmación porque me he dado el trabajo de leer con atención el libro "Revistas académicas colombianas: trayectorias y orígenes" de autoría de la Dra. Cristina Restrepo Arango. Este libro analiza las revistas editadas por universidades e instituciones académicas públicas o privadas en Colombia. Por ejemplo, de las 855 revistas identificadas, el Web of Science no indexa ninguna, solo su Emerging Sources Citation Index lista 220 revistas y Scopus solo indexa 83 revistas. Y Para que necesitamos que estas dos bases extranjeras indexen las revistas Latinoamericanas? No sería mejor construir bases de datos nacionales que indexen las revistas académicas locales?
Los que se interesen por estos asuntos pueden bajar el libro del siguiente sitio e incorporarlo a sus bibliotecas o colecciones personales:”
https://www.academia.edu/37200329/Revistas_acad%C3%A9micas_colombianas_trayectorias_y_or%C3%ADgenes
Cordialmente
Rubén Urbizagástegui
O meu amigo Luís Borges Gouveia , traz-me ao conhecimento mais um artigo acerca da publicação científica e oriundo da Universidade de Toronto no Canadá. Posada, Alejandro e Chen, George [2017] “Publishers are increasingly in control of scholarly infrastructure and why we should care. A case study of Elsevier”. University of Toronto Scarborough. Esta Universidade está a produzir trabalho de investigação sobre a edição científica, as empresas que a editam e o domínio que tendo sobre o mercado que se reflecte no controlo da infraestrutura académica.
Já escrevi sobre este tema, alertando para a mudança de paradigma da publicação, que enormes implicações produz no modo de produção científica. O último foi “Edição científica. Pirataria e Acesso Aberto” em 10 de Outubro de 2017 no http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/edicao-cientifica-pirataria-e-acesso-165716 anteriormente tinha referido os dois grandes gigantes da edição científica sendo um deles a Elsevier, objecto de estudo deste novo artigo de Posada e Chen. Foi também em http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/crescimento-da-industria-de-edicao-158201 com o título: “Crescimento da indústria de edição científica” em 21 de Março de 2017.
Tudo começa quando as empresas de publicação científica ocupam o terreno deixado vago pels editoras institucionais. Imensas editoras foram sugindo no mercado. E o mercado tornou-se um negócio para empresas financeiras que foram efectuando aquisições e dominam hoje o mercado. Serão umas seis empresas, sendo a Elsevier que agora é objecto deste caso de estudo uma delas, com 16,4 % de toda a publicação em Ciências Sociais e Humanas.
Essas financeiras que controlam as editoras estão investindo no segmento das ferramentas de análise de dados. Dessa forma passama controlar o conjunto do ciclo de produção científica. E também por isso passam a ter possibilidade de controlo sobre os investigadores e daí à determinação das frentes de pesquisa será o último e pequeno salto.
Posada e Chen [2017] alertam para duas possíveis consequências. O aumento da dependência dos investigadores e das instituições e o aumento da desigualdade global do conhecimento.
E dessa forma o controlo de todo processo de produção científica passa para a mão de empresas financeiras. Podemos estar a falar de financeirização do conhecimento.
O artigo refere ainda as questões do valor da investigação que as empresas de edição não pagam e o facto de lucrarem por esse valor não remunerado aos investigadores.
Concluem os autores que “a comunicação académica não deve ser apenas aberta, mas também deve ser sem fins lucrativos.” E que “Existe uma necessidade urgente das comunidades de investigação e das agências públicas de colaborarem em recuperar a infraestrutura em torno do processo de produção de conhecimento académico.” Posada e Chen. [2017]
Consideramos que é importante continuar a desenvolver a política de Repositórios de Acesso Aberto e que as feramentas e serviços de análise de dados de citações e factores de impacto passem por instituições públicas de modo a garantir maior independência aos investigadores e maior transparência no acesso aos investimentos canalizados por via desses rankings.
António Borges Regedor
Os limites das métricas em cienciometria
Nas recentes jornadas da Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde (APDIS) que se realizaram a 20-22 de Abril na Universidade de Coimbra, foi apresentada uma comunicação que questiona um dos limites das métricas tradicionais da cienciometria na área da saúde e apresenta uma outra métrica para a determinação da relevância clínica.
O estudo da autoria de Ivan Luiz Marques Ricarte, Maria Cristiane Barbosa Galvão, Fabio Carmona, Danielle Fernandes Santos tem por título “Citações e fator de impacto não refletem relevância clínica da informação em saúde”.
A critica incide nas métricas tradicionais, as citações e o factor de impacto, não reflectirem relevãncia clínica da informação em saúde.
O Objetivo do estudo foi: Avaliar se a quantidade de citações do artigo e o fator de impacto do periódico estão associados à relevância clínica da informação, considerando a perspectiva dos profissionais da saúde que assistem diretamente a pacientes
Essencialmente pretende-se saber se há diferença entre a relevãncia que é percebida pelos profissionais de saúde e a quantidade de citações e factor de impacto do artigo.
Usa um índice de relevância clínica assente em percepção qualitativa arrumada em três classes de artigos publicados em PubMed com citações em ISI Web of Science e em Google Scholar e factor de impacto segundo a base de dados SCImago Journal & Country Ranking.
Os participantes foram médicos, farmacêuticos e enfermeiros. Usados 144 resumos e obtidas 7559 respostas.
O estudo afirma que as “Citações e fator de impacto não expressam relevância clínica” e conclui que: “Medidas baseadas em quantidade de citações podem ser úteis para avaliar o uso da informação académica por académicos, mas não conseguem capturar o impacto que essa informação pode ter na prática clínica e, portanto, não são úteis como uma métrica para a translação do conhecimento”
Medidas como o CRII (Clinical Relevance of Information Index, a medida usada no estudo) “capturam o impacto da informação na assistência a pacientes e podem ser utilizadas para avaliar o processo de translação do conhecimento e o impacto social de pesquisas académicas” http://apdis.pt/publicacoes/index.php/jornadas/article/view/100/134
António Regedor
As métricas alternativas continuam a ganhar mais interesse e são cada vez mais objecto de atenção e estudo.
Realiza-se a 28 e 29 de Setembro de 2016 a 3ª Conferência de Altmetrics. O local é Bucareste – Universidade de Medicina e Farmácia Carol Davila.
Esta nova abordagem ao impacto , visibilidade e influência da produção científica, não parece ser concorrente com as tradicionais contagens de citações para determinação de factor de impacto de revistas científicas e hindíce de autor. Estas novas metodologias, ferramentas associadas e empresas já criadas para o efeito, mostram-se complementares ás tradicionais contagem de citações.
Isto é visível no lote de organizadores onde se encontram a DataCite, Wellcome Trust, almetric, Elsevier e Crossref. Contam como sponsors a Plum Analytics y Frontiers.
Os temas sugeridos são:
A organização recebe ainda de bom grado ideias nãointegradas nas categorias sugeridas.
http://altmetricsconference.com
António Regedor
O modelo instituído de medição do impacto da produção científica é o da quantificação e nomeadamente da contagem de artigos e de citações. Por esse processo é feito o seu financiamento. Assim se determina o factor h, relativo ao autor e o factor de impacto das revisatas científicas.
No entanto, há uma nova realidade comunicacional que potencia a visibilidade dos artigos publicados e dos seus autores.
A facilidade e rapidez do envio dos textos. Os meios em que são colocados. A sua disponibilização em open access. Já não são apenas as citações em outros artigos científicos que dão a imagem do impacto das publicações, mas são também as visualizações, os downloads, as menções e os comentários em blogs e as partilhas, os likes e tweets nas redes sociais.
Esta nova realidade que existe para além das citações exige novas métricas e novas ferramentas de quantificação e demonstração. E começam a aparecer. O “The PlumX Suite” é uma dessas novas ferramentas.
https://www.ebsco.com/news-center/press-releases/plumx-suite-now-available-from-plum-analytics
Para quem pensa que ciência da informação é só bibliotecas e arquivos, aqui está uma notícia de um dos ramos da ciência da informação. A cienciometria.
“Vai realizar-se en Salvador de Bahia (14-16 sep. 2016) o seminário:
PRODUCIÓN CIENTÍFICA Y TRANSVERSALIDAD DE LOS ESTUDIOS MÉTRICOS. É uma organização da Universidad Federal de Bahia (UFBA) e do Instituto de Investigaciones Avanzadas sobre Evolución de la Ciencia y la Universidad, da Universidad Carlos III de Madrid (UC3M) e da Universidad Autónoma de Madrid (UNAM)(ES).
O programa e as condições de participação estão em:
Ciência
Dia após dia, vão surgindo notícias parcelares sobre ciência e formação dos recursos humanos nacionais.
Há tempos (1) a consultora McKinsey indicava num estudo que 80% das instituições de ensino consideravam os jovens preparados para o mercado de trabalho. Mas os jovens respondem apenas com 48%. Os mais pessimistas são, naturalmente os empregadores com 33%. Estes são valores de uma visão subjectiva. O que os empregadores referem é que não preencheram vagas por não encontrarem candidatos com competências certas. E isso não significa que os jovens não estejam preparados, mas apenas que a sua formação não coincide com a necessidade do mercado.
A formação científica dos portugueses tem melhorado imenso. Apesar do investimento em investigação ainda estar abaixo da média europeia (2,07%), o país foi o que mais cresceu neste investimento desde 1995. Anualmente o número de Doutorados tem vindo a aumentar. O aumento da produção científica é constatada pelo crescimento de publicações científicas. Era de 53 por cem mil habitantes em 2002, e passou para 131 publicações por cem mim habitantes em 2012. E significativo é a publicação em colaboração com Ingleses e Espanhóis.
Esta é uma actividade lucrativa para o país. O saldo entre entradas e saídas de serviços técnico-científicos passou a positivo desde 2007, até 2010. (2)
Mas a grande prova da qualidade do ensino português, da formação científica e profissional dos portugueses e que milhares de Licenciados e Pós-graduados estão a sair do País. São procurados por países que investem mais em ciência. Portugal é dos países da Europa com mais pessoas a trabalhar em investigação em relação ás pessoas activas.
Afinal, o esforço das famílias portuguesas em formação superior, aliada à capacidade portuguesa de se adaptar a outros países, está a salvar muita gente da fome e a evitar grandes convulsões sociais.
(1) Expresso, economia 25/01/2014, p.14
(2) Nicolau Santos Expresso economia 25/01/2014, p.5
Neste caso concreto a indústria de publicação científica já não se limita à função da publicação da produção científica. É ela própria porta voz para a orientação na pesquisa.
A publicação é uma condição do processo de produção científica. Pela publicação é feita a apresentação à comunidade científica a ciência que se produz, e dessa maneira se sujeita à critica e se promove a divulgação. A ´publicação científica é um elemento importante no processo. Tão importante que hoje constitui uma forte componente da indústria editorial. Tão forte que nos tempos mais recente tem vondo a alterar as regras muito rapidamente. O facto de duas das revistas, "Science" (norte-americana) e "Nature" (britânica), de maior factor de impacto terem feito de altifalante, ou porta voz de um grupo de cientistas leva a que não se limitem ao papel de repositório, mas de influenciador da orientação da linha de investigação. E isto é muito importante na mudança de modelo de orientação da investigação.
http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=3011225
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