
Em cinco dias apenas de 22 a 25 de Junho de 2020) a central nuclear de Almaraz na margem do Rio Tejo e apoucas centenas de quilómetros de Lisboa, teve duas paragens por acidente.
Para os que por interesse pessoal defendem a produção de energia nuclear fica claro que se trata de uma industria perigosa, insegura, e de enorme desperdício e dependência financeiras e energética.
Perigosa porque se conhecem frequentes avarias, incidentes e grandes desastres de que a história regista como maiores os de Tree Mile Islands (Estados Unidos da América) , Fukushima (Japão) e Chernobil (Ucrânia/URSS).
Financeiramente inconveniente porque o elevado custo faz o comprador depender perpetuamente do sindicato financeiro que a financia. Por outro lado não há seguro para esta cobertura e o estado fica com este risco mais o da segurança e dos resíduos que ficará eternamente a ser pado pelos contribuintes.
Dependência energética dos cinco países que no mundo estão autorizados a possuir a tecnologia para produzir o combustível nuclear.
Ineficiência energética porque necessita sempre de uma reserva de segurança de capacidade instalada equivalente à capacidade do reactor. Ou seja, para produzir cada KW precisa sempre de 2KW de capacidade instalada. E dessa maneira não evita a utilização de outras fontes de energia.
A energia nuclear só existe porque faz parte da cadeia de produção de materiais para a indústria militar.
Almaraz terminou já o seu tempo de vida. Apenas se mantém em funcionamento por decisão política. A continuidade de laboração já depois do seu ciclo de vida potencia os riscos de colapso. Esta sucessão de acidentes mostra o perigo da continuidade das centrais nucleares e da de Almaraz em concreto.
António Borges Regedor