. Trilho de Vilarelho da Ra...
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Eu preferia chamar-lhe trilho de Cambedo pelo simbolismo, paisagem e património arqueológico e cultural. É muito interessante até pela diversidade de troços que utiliza. Caminhos rurais, caminhos de contrabando, de fronteira e via romana.
O trilho circular é extenso (17,4 KM) mas pode ser dividido.
O que mais me motivou neste trilho foi a visita a Cambedo. Sobre ela pairam as histórias do acolhimento que deu a guerrilheiros anti-franquistas e que motivou um cerco, bombardeamento e assalto à aldeia na tentativa de acabar com a bolsa de resistência republicana e anti-franquista. A história da guerrilha será motivo de um futuro escrito meu.
Cambedo aldeia da raia foi em tempos designada de antigo povo promíscuo, por misturar portugueses e espanhóis e não fazer distinção na actividade do seu quotidiano rural e afastado dos centros de decisão de um e outro país. Vivendo uma realidade própria. Em 1864 na demarcação da fronteira estes povos promíscuos passaram para Portugal em troca das aldeais do Couto Misto que passaram a integrar o território de Espanha.
Relativamente perto da aldeia situa-se um castro de razoável importância. Terra do Rei Wamba, Visigodo (672-680). O Castro é hoje um amontoado de pedras que merecia uma intervenção cuidada que lhe desse a dignidade que merece. Também muito perto o caminho passa no marco 229 da fronteira Portugal-Espanha.
Escolhendo fazer o caminho misto há a oportunidade de passar por moinhos de cereal e azeite e pela “fonte da facha”.
Não faltam pontos de interesse, num trilho agradável e muito diverso.
António Borges Regedor
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