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É cada vez mais necessário chamar a atenção para a necessidade de medidas de redução dos impactos ambientais . Andreas Noe percorre o país nesse espírito de sensibilização e esteve em Espinho no domingo dia 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente. Desloca-se em bicicleta e com as populações locais por onde passa recolhe materiais recicláveis, especialmente plásticos de embalagem. São dois aspectos importantes para a redução da pegada ecológica. A mobilidade sobre a qual recai hoje a necessidade de alteração do paradigma. Colocam-se as questões dos transportes colectivos tendencialmente gratuitos, a redução do uso do automóvel individual, a alteração urbana no sentido da pedonalidade, o incremento dos modos suaves de locomoção, nomeadamente bicicletas e trotinetas eléctricas. A mudança de motorização automóvel para o eléctrico ou hidrogénio. A produção descentralizada de energia (painéis ou eólicas domésticas ou de núcleos agregados). E também, e obviamente, a reciclagem. O planeta não é ilimitado em matérias primas e isso obriga a aumentar cada vez mais a reciclagem para uma economia circular.
António Borges Regedor
Em Vila Real abriram há pouco tempo os percursos naturais do Corgo. São percursos praticamente dentro da cidade, mas num excelente ambiente de ruralidade, beira-rio, entre escarpas e várias cascatas. Vila Real já tinha um caminho pelas margens do rio Corgo que designa por percurso geológico do Corgo. Estes dois percursos estão agora unidos. Há agora uma rede coerente de percursos que ligam a cidade, o rio Corgo e se pode prolongar pela ecopista do Corgo (canal de caminho de ferro desactivado). Começando na Vila Velha (o primeiro núcleo urbano da cidade), pode visitar-se o museu de arqueologia e a partir de vários pontos desse promontório ter vistas excelentes do território. Daí o percurso desce ao rio. Aproveita ao máximo os caminhos de terra batida existentes com passadiços que ajudam a vencer melhor as pendentes e a travessia do rio quando necessário. Daí também se ter a oportunidade de usufruir do espaço das duas margens. O percurso pode ainda derivar por caminhos de ligação a vários pontos da cidade. Liga ao Percurso Geológico do Parque Corgo com ligação ao Parque Florestal, às piscinas, parque de campismo e áreas fluviais com diversos caminhos e relvados muito bem tratados. Este percurso segue até Abambres com uma entrada junto à Ponte da Timpeira. Aqui se quiser pode continuar pela ecopista do Corgo ( o canal de caminho de ferro até Chaves). Para voltar à ”Bila” pode fazê-lo brevemente pela ecopista até à estação de caminho de ferro (hoje desactivada). No final merece provar os “covilhetes” de carne ou as “cristas” e os “pitos” da doçaria conventual que ainda hoje a “Bila” se orgulha de preservar.
Notas:
“Vila Velha” Núcleo primitivo da ocupação deste território até ao século XIII. Com a doação do Foral por D. Dinis em 1289, a vila desenvolve-se para Norte, expandindo-se para lá do promontório inicial. Para que é hoje Vila Real sempre em crescimento.
“Bila” a designação por que os locais tratam carinhosamente e com orgulho a sua cidade.
“Covilhetes” é um produto tradicional local. É um pastel de forma redonda, com recheio de carne de vaca.
“Cristas” e “Pitos” são alguns dos produtos da doçaria tradicional de Vila Real que terá origem conventual (Convento de Santa Clara, também conhecido por Convento de Nossa Senhora do Amparo).
António Borges Regedor
Corria o ano de 1995. Portugal recebia fundos da Europa que utilizou para comprar Ferraris, Jipes, motas de água, casas no brasil, e outros interessantes equipamentos para impedir o desenvolvimento da país. Vendiam-se carros como nunca e deitavam-se ao lixo as bicicletas, as pasteleiras, com que antes se ia para o trabalho, para o futebol ao domingo e tantas outras coisas para que a bicicleta sempre serviu. Na fábrica onde trabalhei, no início da década de 70, havia um estacionamento coberto para bicicletas. Nas Oficinas da Câmara do Porto, ao Carvalhido, havia um coberto para estacionamento de bicicletas, Nos anos 70, em Aveiro, havia estacionamento de bicicletas em toda a extensão da Av. Lourenço Peixinho. Raro era a fábrica, que não tinha locais para as bicicletas. Em Portugal, o carro matou a bicicleta, nada adiantou o aviso do primeiro choque petrolífero que levou o Marcelo a dizer que tinham acabado as vacas gordas. Os portugueses mugiram as tetas da europa e comprara carros.
Na Dinamarca, desde o primeiro choque petrolífero, em 1973, o povo politizado, consciente e previdente encostou o automóvel e passou a usar bicicletas. Os pobres cultivadores e comedores de batata enriqueceram. E já ricos continuaram a andar de bicicleta.
Assim os vi em 1995. A grande praça fronteira à estação central de Copenhaga completamente cheia de bicicletas. A estação de Norrport tinha silos de estacionamento de bicicletas com dois pisos. Os comerciantes ao abrir as lojas a primeira coisa que faziam era colocar uma estrutura em tubo para estacionamento de bicicletas à sua porta.
As ruas estreitaram para os carros, dando lugar a faixas de circulação para bicicletas. Muitas ciclovias. Nos cruzamentos com semáforos a fila de bicicletas era maior que a dos automóveis.
Pelo que me dizem, está pior. Há cada vez mais bicicletas nas cidades da Dinamarca.
Nota: foto de uma massa crítica realizada na cidade do Porto
António Borges Regedor
Excelente ecovia. Toda em piso asfaltado. Estão de parabéns as Câmaras Municipais de Póvoa de Varzim e de Famalicão. É uma ciclovia muito frequentada. Ao longo de toda a ecovia cruzamos com grupos de ciclistas e algumas famílias. Também há muitas pessoas a caminhar. A própria ciclovia tem marcada uma faixa para peões em toda a sua extensão. A ciclovia inicia a poucos metros da estação terminal de Metro na Póvoa de Varzim e também termina antes da estação de caminho de ferro de Famalicão. Tem um elemento que valoriza muito a ecopista, que é o passar junto à igreja de Rates, o que resta do Mosteiro beneditino. Aqui justifica-se a paragem para a visita à igreja exemplar do românico, e à própria Vila que já foi Concelho Medieval. O Restaurante “Da Villa” recebe bem, é simpático e situa-se muito perto da igreja.
A ecovia tem no entanto um grande factor de risco que merece muita atenção e cuidado dos ciclistas e deveria ter muito mais dos automobilistas. A ciclovia tem do lado da Póvoa de Varzim muitas travessias de ruas e estradas nacionais. Cruza em Rates com a EN 205. Em Gondofelos cruza com a EN 206 e já quase a chegar a Famalicão com a EN 204. Pelo meio há outros atravessamentos a merecer muito cuidado. Nada que não ajude a acalmar a marcha e descansar.
Os declives são suaves, a paisagem é rural e nesta altura do ano tem muita cultura de milho. A vegetação torna-a agradável mesmo nas temperaturas altas próprias do verão.
António Borges Regedor
Para quem pretender iniciar-se nos passeios em ciclovias ou apenas fazer um passeios mais suave em família em que podem ir os mais novos e os mais velhos, pode começar pela rede de ciclovias de Ovar. A região, como de resto todo o território a sul de Espinho, na faixa costeira é ciclável. Espinho fica de fora por razões sociológicas que nada têm a ver com as óptimas condições cicláveis do Concelho.
Fizemos essa experiência de ciclar em terreno fácil, seguro e agradável. Partimos do Parque urbano de Esmoriz designado Buçaquinho. O Parque é visitável e agradável. Foi o ponto de partida em direcção a sul, ao Furadouro. A pista é de bom piso, segue ao longo da estrada florestal. O caminho percorre estas matas de pinheiros que constituíram outrora as designadas Matas Nacionais. À passagem pelas localidades com praia a ciclovia tem derivações para essas mesmas praias. Contorna as instalações do aeródromo de manobras de Maceda e acede ao Furadouro. São cerca de 10 Kilómetros sem dificuldades. Para quem não vir a utilidade deste tipo de equipamentos, apenas refiro que são promotores das economias locais. Isto porque leva clientes a estes locais e pelo que vi, eu e muitos outros tomamos café, bebemos águas, fizemos lanches, comemos gelados e presumo que alguns em percursos mais longos e demorados tenham feito refeições. Foi o que fizemos nas ecopistas onde as distâncias implicavam sempre a refeição, e os consumos nos locais de descanço. É caso para dizer que quem não cuida das ciclovias não faz negócio.
António Borges Regedor
Em Valença o comboio continua para a Galiza. No ramal que seguia para Monção, há muito que já não passam comboios. Ficou o canal agora, como outros, transformado em ecopista. Mas de forma diferente de outros, este tem qualidade excelente para o objectivo a que se propõe. Ser percurso de lazer que pode ser percorrido a pé, de bicicleta, patins, trotinete. E realmente assim acontece. Cruzei-me com famílias inteiras. Pai, mãe, e filhos. Quer em passeios pedestres, quer em bicicleta, a maioria. Muitos Galegos aproveitando a existência da ecovia que a cerca de seis kilómetros adiante, tem bifurcação para uma ciclovia que acompanhando a margem do rio Minho faz um percurso circular retornando a Valença.
O piso é em betonilha pintada. Em muito bom estado. Limpa e com as margens limpas de vegetação. Em boa parte o canal faz-se em corte fundo da encosta. O que no Verão lhe confere protecção do sol e ventos. A frescura amena da ecovia é também conferida pelo arvoredo lateral. Castanheiros, pinheiros, choupos, diversas árvores de fruta, muita vinha. Afinal estamos na terra do alvarinho.
A cerca de meio do caminho entre Valença e Monção, no povoado de Lapela, ainda podemos visitar a Torre que resta de um castelo mandado erigir por D. Afonso Henriques.
É um prazer passear pelo que resta da rede ferroviária, que embora não tenha comboios, está bem conservada e constitui importante equipamento de lazer e conhecimento.
António Borges Regedor
O texto faz parte de uma série de experiências em ecopistas:
1. De Vila Real a Vila Pouca de Aguiar
2. De Vidago a Vila Pouca de Aguiar
De Vidago a Vila Pouca de Aguiar
Vila Pouca de Aguiar fica no ponto mais alto da ecovia do Corgo, não contando com a necessidade de transpor o acidente montanhoso de Loivos. Podemos considerar que a ecopista desde Vila Pouca de Aguiar, desce para Chaves, e desce no sentido sul para Vila Real e Régua.
Na nossa metodologia de partir de um ponto e fazer um percurso com regresso, decidimos iniciar numa direcção de subida, para fazer o regresso em descida de forma mais suave.
Partimos de Vidago onde logo à saída a pista segue em terra batida e ligeira subida que vai acompanhando a estrada nº2 em cerca de dois kilómetros. A partir de Oura desvia-se da orientação da estrada para fazer uma das ascensões com maior pendente. A que sobe até Loivos. Se o estado da ecovia até aqui não ajuda a ascenção por má qualidade do piso, daqui em diante torna-se evidente o abandono da ecovia. Despejos de entulho e monos (frigoríficos e outros electrodomésticos) no canal. Daqui em diante a vegetação e silvados invadem a pista. E se isso não fosse já deplorável, a via está apenas com balastro. Retiradas as linhas nenhuma outra intervenção foi feita para a tornar ciclável nem pedestre. O que podia ser um caminho de Santiago ou caminho de Fátima está irremediável comprometido. O que podia ser caminho turístico, é impedimento a tirar potencialidade dessa forma de economia de que o país tanto carece.
O mau estado da ecopista situa-se na território do Concelho de Chaves. Em contraponto o traçado pelas localidades do Concelho de Vila Pouca de Aguiar é de boa ou razoável qualidade, está limpo e com a vegetação lateral aparada. É assim seguro para as práticas de lazer, ciclável ou peregrinação.
Obviamente, retomamos o percurso ciclável na ecopista que vai de Pedras Salgadas a Vila Pouca de Aguiar. Bom percurso feito a descer e muito agradável.
Do percurso Vila Pouca de Aguiar a Vila Real já o descrevemos no capítulo anterior, publicado no BIBVIRTUAL (sapo.pt) a 18 de Julho de 2021.
António Borges Regedor
Percorrendo a Ecovia do Corgo
Segmento de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar
Esta ecovia corresponde à desactivada linha de caminho de ferro do Corgo.
Tem o Kilómetro zero na Régua e termina em Chaves ao kilómetro noventa e seis.
Partimos à descoberta desta ecovia. A decisão foi começar pelo troço de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar. A metodologia foi o de fazer os percursos nos dois sentidos. Primeiro em subida e depois o regresso em descida voltando ao ponto de partida. Isto a cada dia de percurso.
Vila Real corresponde ao Kilómetro 25 e inicia-se naturalmente na estação. Até Abambres o percurso está a receber obras de valorização. São três kilómetros, que corresponde ao perímetro urbano, onde, pelo que se percebe, está a ser colocado piso e iluminação.
A partir de Abambres o piso é de terra batida e com algumas zonas de gravilha. A principal dificuldade é o perfil permanentemente ascendente. É sempre a subir até Vila Pouca de Aguiar numa extensão de vinte e nove kilómetros. A subida só alivia ligeiramente a partir de Tourencinho ao kilómetro 20. No Concelho de Vila Pouca de Aguiar o piso da ecovia é asfaltado e em muito bom estado. O andamento dos últimos 9 kilómetros faz-se mais facilmente.
Neste troço da ecopista, a partir de Abambres deixa de se encontrar qualquer ponto de apoio de comida ou bebida. A partir daqui tem de se prevenir com água, sumos, energéticos ou comida. O percurso é de travessia de serra e só voltará a encontrar apoio, dezassete quilómetros depois, em Tourencinho. E mesmo aí terá de fazer o desvio até à estrada nº2.
A partir daqui, mais nove kilómetros e chega a Vila Pouca de Aguiar.
António Borges Regedor
A presença do vírus SARS-CoV-2 e da doença Covid- 19 obrigou-nos a um período de confinamento e colocou-nos a necessidade de cuidados no relacionamento social. Os cuidados de afastamento deverão manter-se até pelo menos encontrar-se uma vacina que geralmente dura cerca de ano e meio até se tornar aplicável. Até lá temos de manter o afastamento social enquanto haverá necessidade de retomar a actividade económica, o trabalho, e as deslocações inerentes a essas actividades. Os transportes públicos são um risco acrescido e que deverá tanto quanto possível ser evitado. Deve reduzir-se a pressão sobre os transportes públicos. Não é pensável transferir as necessidade de transporte para o veículo privado e muito menos de um só passageiro. O momento é o ideal para mudar o paradigma de mobilidade e optar fortemente por um meio de transporte individual, de mobilidade suave, que não congestiona o trânsito, que se estaciona facilmente e ainda promove a saúde e forma física do cidadão. É obviamente a bicicleta.
A bicicleta já vinha a ser promovida como o transporte do futuro. As cidades tinham iniciado a sua adequação a este modo de transporte seguro, limpo e saudável. É agora, em contexto Covid-19, a oportunidade de reforçar as condições urbanas e interurbanas de promoção desta mobilidade com todas as vantagens que se lhe reconhece.
Nos países nórdicos são de há muito tempo, desde o primeiro choque petrolífero, as medidas de promoção da bicicleta. Com a realidade Covid-19 também países como a Espanha, França e Itália se adaptam.
O mesmo deve acontecer em Portugal com as vantagens económicas, de saúde e de sustentabilidade e planeamento urbano.
A MUBI- associação pela mobilidade urbana em bicicleta, afirma que “ A utilização da bicicleta durante a pandemia permite manter o distanciamento para evitar o risco de contágio e contribui para reduzir a poluição do ar, factor associado a taxas mais elevadas de mortalidade por COVID-19. Ajuda, ainda, a descongestionar os transportes públicos, deixando-os mais livres para quem efectivamente precisa deles. A utilização da bicicleta e o caminhar proporcionam actividade física, contribuem para o reforço do sistema imunitário e reduzem os risco de várias doenças, como diabetes e obesidade. A OMS recomenda, sempre que possível, o seu uso nas deslocações necessárias durante a pandemia.”
Entre outras medidas poderão e deverão ser criados aquilo que a MUBI designa de corredores de saúde. Ou seja, facho de algumas ruas ao trânsito motorizado ou supressão de vias de trânsito a favor da criação de ciclovias ou alargamento de passeios para maior distanciamento físico. Redução do limite de velocidade em algumas zonas do meio urbano para 30 km/h.
A superação desta dificuldade social, por via da resolução da pandemia, deve constituir oportunidade para mudar de mobilidade para a promoção da bicicleta, da saúde , do ambiente e das cidades mais sustentáveis, humanas e agradáveis.
António Borges Regedor
Desde a revolução industrial, há cerca de duzentos e cinquenta anos, que são consumidos combustíveis fosseis que necessitaram de milhões de anos para de formarem. Primeiro o carvão, depois o petróleo e o gás. Se outra razão não houvesse para preocupação, esta seria suficiente. Estes duzentos e cinquenta anos são, entre outras, causa do aumento de alterações climáticas que são preocupantes e que se podem tornar irreversível e mudar a forma de vida na terra, tal como a conhecemos. Desde a revolução industrial a temperatura média da terra aumentou 1,5 graus centígrados. Até meados deste século pode aumentar mais 1 grau, o que poderá tornar irreversível o aquecimento. Há factores combinados que concorrem para as alterações climáticas que todos já testemunhamos no nosso quotidiano e que balizamos temporalmente e de forma evidente, na última década. A par da notícia de degelo, de recuo da costa por aumento do nível da água do mar, sentimos os fenómenos climáticos mais extremos. Os picos de calor cada vez mais fortes e frequentes no verão, e os picos de frio, a velocidade dos ventos, a intensidade das chuvas com cada vez mais inundações no inverno. Ou ainda a desregulação e descaracterização das estações dos equinócios, tendencialmente mais moderadas.
Sem dúvida que o planeta não tem capacidade de regeneração ambiental dos enormes consumos de combustíveis fósseis, essencialmente hidrocarbonetos. Sem dúvida que é um dos factores de maior desequilíbrio ambiental. Há que substituir urgentemente os combustíveis fósseis por outra energia renovável. As fontes são conhecidas e as tecnologias conhecidas e em constante aperfeiçoamento.
De há muito se usam painéis solares para aquecimento de água e agora estão disponíveis painéis fotovoltaicos para produção de energia eléctrica. Há que aumentar a produção de energia do vento, não apenas em eólicas de pás horizontais, mas também em helicoidais que se adaptam a dimensões mais reduzidas e a espaços domésticos. Aumentar a produção de energia hídrica, mesmo em mini-hídricas não apenas para produzir energia, mas também para a armazenar em energia potencial. Ao mesmo tempo faz-se reserva de um bem que é cada vez mais escasso, regulam-se caudais e pode mesmo gerir transvase. Há ainda a energia das marés e das ondas.
O novo paradigma energético deve passar a usar energias renováveis. Produzidas não apenas em regime de monopólio de grandes grupos geradores, mas também e essencialmente em auto produção de pequenas comunidades e em regime doméstico. A legislação vai neste sentido. A mobilidade terá de ser alterada para modos suaves, para a motorização eléctrica e de cada vez maior eficiência. A mobilidade terá de se reduzir no transporte individual em favor do transporte público. Com maior rede, frequência e qualidade. Devendo ter condições para comutar com a mobilidade suave (as bicicletas e outros meios nas suas formas clássicas ou eléctricas.
António Borges Regedor
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