. Elogio ao meu amigo Gaspa...
. BIBLIOTECÁRIO QUALQUER CO...
. E se deixassem os profess...
. Bibliotecário e Bibliófil...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
O Bibliotecário, é o primeiro romance de A. M. Dean um professor de culturas antigas. O romance parte da antiga biblioteca de Alexandria que pretende não ter sido destruída, mas escondida. Que terá sido preservada e alimentada durante o tempo, por bibliotecários que mesmo sem se conhecerem trabalharam em rede para a perpetuação dessa grande biblioteca repositório do conhecimento humano. A procura do lugar onde se encontra esse legado de conhecimento acumulado não nos leva a espaço físico, nem mesmo à tentativa de a retomar com a nova biblioteca de Alexandria. A primordial não se encontra em espaço físico, foi digitalizada. Ela está por todos os lados, em rede, acessível de qualquer computador. No romance, duas grandes forças mundiais e antagónicas conspiram entre si para dominar a informação. E o domínio da rede é o domínio global. O romance é, no essencial, uma alegoria à grande biblioteca da actualidade que é a internet.
Dean, A. M. – O Bibliotecário. Lisboa: Clube do Autor, 2012.
António Borges Regedor
Caro Amigo gaspar Matos
Na entrevista que dás ao blog “Vida e Obras”
http://projectovidaseobras.wixsite.com/blog/single-post/2017/07/19/Entrevista-a-Gaspar-Matos
Colocas em mim enorme responsabilidade, pelo teu futuro, pelo teu percurso profissional, pelo teu sucesso na área de especialização em bibliotecas. Apenas admito que tive razão quando te disse para fazeres estágio em biblioteca especializada. Mas a responsabilidade do teu percurso e sucesso é só tua. Costumo contar que um dia perguntei à minha filha quem lhe tinha ensinado determinada coisa. Ela respondeu. “Ninguém, fui eu que aprendi”. E isso que se passa contigo. É a tua estatura cívica e implicação profissional que te leva a ser bom técnico de ciência da informação. Obviamente que recordo as nossas conversas sobre perspectivas pessoais, profissionais e académicas. Até o planeamento de entrada na profissão. Talvez seja a melhor coisa que sei fazer: “Coaching académico”. Quando temos orgulho de dizer que fomos professor de determinada pessoa, é porque essa pessoa tem valor, é bem sucedida e nos queremos associar a essas positividades. O melhor que um mestre pode desejar é que o seu aluno siga mais adiante que o caminho que o mestre percorreu.
Aproveito para dizer que também me ensinas muitas coisas. Conheço por ti este blog, "Vida e Obras" de Pedro Marques, interessante , bem elaborado e de grande utilidade.
António Regedor
Mais um comentário. Este numa perspectiva diferente, mas interessante.
Há dias participei, por amável convite, numa tertúlia poética organizada no Agrupamento de Escolas Domingos Capela. A realização foi na Biblioteca Escolar e da responsabilidade do Departamento de Línguas e da Equipa da Biblioteca. Encontrei-me em ambiente agradável e com assinalável participação. Não levava nenhum poema preparado para ler, mas no meio da participação generalizada foi-me feita a provocação em forma de pergunta. Que relação é que um bibliotecário tem com a leitura? Respondi instintivamente que pode não ter nenhuma. Não tem necessariamente que ter. O bibliotecário bibliófilo, guardador de livros, leitor de ficção desapareceu. Hoje o bibliotecário é gestor de informação. O livro já não é o único meio de informação e de formação. A organização que o bibliotecário dava à biblioteca que só tinha livros, é a organização que ele tem que fazer nos novos canais de informação. O bibliotecário tem agora que gerir as bibliotecas digitais e virtuais. Na internet tem que passar a gerir os conteúdos acessíveis
Assim a leitura de lazer e prazer, de ficção em prosa ou poesia é apenas uma pequena parte da imensa actividade que a biblioteca tem a desenvolver no actual ambiente digital da sociedade da informação e conhecimento. E neste contexto adverso ao suporte papel, são fundamentais as iniciativas de promoção da leitura como a que a Escola realizou.
E se repararmos bem, este encontro de pessoas para lerem, dizerem e ouvirem poesia, é uma necessidade actual de contrariar a sociedade solipsista e individualista da leitura pessoal em ecrã de computador e dos diálogos mediados pelos dedos tocando o teclado do computador.
As próprias bibliotecas mudaram. Nas bibliotecas de depósito patrimonial em que a sala dos livros era separada da sala de leitura, não seria possível reunir as pessoas junto dos livros por razões físicas. Só o seria na sala de leitura. O modelo moderno de biblioteca de livre acesso em que não há separação entre o livro e o leitor permite o magnífico ambiente conseguido na Biblioteca da Escola Domingos Capela.
António Regedor
. Livros que falam de livro...
. Dança
. Rebooting Public Librarie...