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Atenção: a foto é de um insecto e nada tem a ver com vírus.
Atenção: o título é uma metáfora.
São vários os “vírus” que atacam o livro. Não se trata de um vírus como o que agora bem conhecemos que saltando do seu hospedeiro natural, procura o ser humano para a sua continuidade biológica. É doutros “vírus”, com aspas porque com outros significados.
Começamos pela condição química que limita os livros no tempo. E para esse "vírus " do tempo, os cuidados de preservação e restauro são necessários. Mas também a condição mecânica do livro o fragiliza. O manuseio, transporte e acondicionamento. A página dobrada ou rasgada, o caderno solto; a areia, ou a chuva. Sim porque o livro é de todo o terreno, e isso naturalmente degrada-o. Até há alguns livros que servem para colocar por baixo da perna da mesa para a estabilizar. Também pode servir para colocar por baixo do monitor do computador. Outros livros vão parar ao sótão ou à cave. E tudo isso enfraquece o livro e lhe limita a vida. Mas há também o ataque dos “vírus” biológicos. De vez em quando lá aparece entre outros, um lepisma saccharina (1) para fazer dos livros o seu restaurante. E contra esses o melhor remédio é os livros não ficarem esquecidos por muito tempo. Serem lidos, consultados, mudados de lugar, reordenados é a melhor solução contra os insectos. Outro perigo para os livros é o inovador “vírus" técnico. O que dá por nome de computador. O e-book, e toda a sorte de suportes digitais que concorrem com o livro clássico em papel. A predição do seu sucesso não tem sido tão grande como a anunciada. O anúncio do fim do livro continua em anúncio. É verdade que o suporte digital do livro ganhou espaço nos nossos formatos de leitura, especialmente na literatura técnica e científica. Mas a leitura de lazer continua a fazer-se essencialmente em papel. E sem receio o livro em suporte papel vai coexistir com os outros suportes, tal como foi durante toda a história do livro. Os suportes mudaram, o livro sempre existiu. A grande preocupação, aquela que realmente importa é que é dos maiores perigos para o livro são os "vírus" sociais. Um deles é o "vírus" educativo. O que desvaloriza o livro em favor de outras formas de entretenimento. O livro não deixa de ser um brinquedo, com que se constroem aventuras, como com qualquer outro brinquedo. O “vírus” cultural que desvaloriza as humanidades a favor das tecnicidades. A técnica sem ética não é progressiva, não é construtiva, não tem utilidade nem humanidade. O “vírus” político é dos mais perigosos por desvalorizar os sistemas e redes de informação, por desvalorizar as bibliotecas e arquivos que são os repositórios públicos do conhecimento. Por desvalorizar a função e competência específica desses profissionais da informação social. Porque os desvalorizam, os "olvidam" e dessa forma não têm os melhores a cuidar da informação social como res publica. E estes vírus sem política formada para as bibliotecas e arquivos, são os piores bibliófagos.
António Borges Regedor
Para quem pensa que ciência da informação é só bibliotecas e arquivos, aqui está uma notícia de um dos ramos da ciência da informação. A cienciometria.
“Vai realizar-se en Salvador de Bahia (14-16 sep. 2016) o seminário:
PRODUCIÓN CIENTÍFICA Y TRANSVERSALIDAD DE LOS ESTUDIOS MÉTRICOS. É uma organização da Universidad Federal de Bahia (UFBA) e do Instituto de Investigaciones Avanzadas sobre Evolución de la Ciencia y la Universidad, da Universidad Carlos III de Madrid (UC3M) e da Universidad Autónoma de Madrid (UNAM)(ES).
O programa e as condições de participação estão em:
Arquivos e SWAPs. A bandalheira na administração pública.
Em 17 de Setenbro já tinha referido que a importância dos arquivos exige recursos humanos qualificados e responsabilizados.
Esta nova notícia que diz terem aparecido od socumentos que se diziam ter seido eliminados, é mais uma prova disso.
Foi errada a eliminação da carreira específica de arquivista na administração pública. É errado não se exigir formação específica no pessoal de apoio.
A reforma do Estado, que o deveria tornar eficiente, está a transformar-se,pelo desinvestimento, na desestruturação e destruição dos serviços públicos essenciais e estratégicos como são os arquivos.
O desaparecimento de documentos mosta a desordem intencional que se passa nos arquivos. A eliminação nãopodia ser dada como desculpa por não cumprir prazos legais. a eliminação, a ter sido feita, tertia de ficar registada em auto de eliminação. O que mais será necessário para mostrar a necessidade de investimento em recussos humanos para os Arquivos?
A questão da destruição de documentos probatórios da negociação SWAP veio mostrar que a actividade arquivística é de enorme importância e responsabilidade.
O Arquivo como actividade probatória da administração deve ter regras claras e sérias que garantam a seriedade e confiança na acção administrativa.
A direcção e orientação da actividade arquivística deve estar protegida de eventuais interesses contrários à actividade probatória arquivística.
Os arquivos administrativos devem ser enquadrados por lei. No caso concreto dos SWAP há portaria que pelo que parece não foi cumprida. Há certamente um responsável por uma ordem de eliminação ilegítima.
Os arquivos não podem ser entregues a curiosos, irresponsáveis ou sujeitos a actos contrários à lei.
É necessário legislar para que nos arquivos trabalhem exclusivamente arquivistas diplomados e sujeitos a código de ética profissional. Paralelamente que tenham uma actuação apenas pautada pela lei e independente de outros interesses. Nomeadamente nos que aconteceram que aparentemente foi o da destruição de documentos comprometedores de determinada acção que alguém pretendeu esconder de um acto de juízo.
Provavelmente acontecerá o mais fácil para os prevaricadores, que é o não tirar ilações deste episódio. Mas caberá à comunidade de arquivistas e técnicos de informação responsáveis alertar para o sucedido e exigir para o bom nome da administração púbica e privada que se legisle no sentido de haver arquivistas com missão e responsabilidade expressa em lei e que nos arquivos só trabalhem destes profissionais habilitados. Tal como só médicos podem receitar ou arquitectos e engenheiros assinar os projectos das suas competências.
É necessário acabar com a falta de rigor no recrutamento de profissionais para sectores cruciais para o bom nome e credibilidade da custódia da documentação probatória dos actos administrativos.
Sai do prelo o livro “Manifestos contra o medo. Antologia de uma intervenção cívica” da autoria de Luís Norberto Lourenço.
Luís Norberto Lourenço é professor, Licenciado em História e Estudou Ciências da Informação e da Documentação pela Universidade Fernando Pessoa e é pós-graduado em Educação e Organização de Bibliotecas Escolares
Foram publicadas as Actas das Jornadas de arquivo que se realizaram em Leon em 11 e 12 de Novembro 2010
Consultar em:
A DGARQ – Direcção-Geral de Arquivos vai dar continuidade às celebrações
do Dia Internacional dos Arquivos, visando proporcionar a promoção e
divulgação da causa dos arquivos:
Dar a conhecer a enorme responsabilidade que representa a conservação,
preservação e divulgação das memórias individuais e colectivas, memórias que
representam a Identidade e o Património Cultural dos Povos e das Nações.
Consulte o pragrama e a ficha de inscrição aqui
http://dgarq.gov.pt/cooperacao-e-relacoes-externas/organizacao-de-eventos/di
a-internacional-dos-arquivos-2010/
O arquivo do extinto jornal "Comércio do Porto" que estava em Espanha, vem para Gaia.
Ficará depositado no Arquivo Municipal Óscar Lopes.
Será digitalizado para o caso de voltar a Espanha e será posto a consulta.
Ora aqui está uma boa notícia e espero que constitua oportunidade de trabalho para os profissionais de Ciência da Informação e Documentação.
O Post “BIBLIOTECÁRIOS NAS BIBLIOTECAS” provocou um comentário de uma técnica profissional. Ainda bem que o fez. E seria útil se desenvolve-se o seu raciocínio. Um dos objectivos deste blog é promover/provocar a discussão de problemas que se colocam contemporaneamente à profissão e à ciência da informação.
O meu post “BIBLIOTECÁRIOS NAS BIBLIOTECAS” que aborda a questão da qualificação dos recursos humanos nas bibliotecas assenta nos seguintes pressupostos:
Os últimos vinte anos são de grande mudança qualitativa e quantitativa nas bibliotecas e arquivos.
Verifica-se um significativo desenvolvimento do conhecimento científico neste domínio.
A elevação do nível de qualidade das bibliotecas e arquivos depende muito do investimento físico e tecnológico que for feito, mas depende essencialmente da elevação do nível de qualidade dos recursos humanos.
O melhor edifício, com o maior acervo, com o melhor equipamento de nada serve sem um corpo técnico de elevada competência.
É neste sentido que apresento como proposta a requalificação na totalidades dos recursos humanos que trabalham na área da ciência da informação e documentação.
E todos estamos de acordo que as competências tradicionais dos técnicos profissionais apresentam já limitações face às novas necessidades.
Até mesmo as pós-graduações, que mostram algumas fragilidades, têm de se reorientar.
A formação coerente e mínima nesta área de conhecimento deve ser, a meu ver, a licenciatura. E julgo que todos terão a ganhar se a orientação for nessa perspectiva. Os serviços ficam com melhor pessoal, os gestores de informação ficam mais habilitados, o público tem melhores respostas.
Na perspectiva da aprendizagem ao longo da vida, vejo toda a vantagem nos técnicos continuarem os seus estudos. Não apenas em formações de curta duração para aquisição de competências específicas, mas também e essencialmente com formação que lhes confira grau académico. Ao longo do seu percurso profissional os técnicos-profissionais adquiriram várias competências e deverão ter agora oportunidade de as fazer corresponder a grau académico. Só terão a ganhar se continuarem a estudar.
E deve ter-se em conta que actualmente há menores constrangimentos para acesso ao ensino superior. Para profissionais experientes, como é o caso dos técnicos profissionais desta área de conhecimento, mesmo não tendo concluído o ensino secundário há a possibilidade do ingresso em curso superior ser efectuado através do processo para maiores de 23 anos.
Portugal terá inevitavelmente de seguir a tendência dos outros países Europeus que é o de ter uma forte componente de licenciados a trabalhar nas bibliotecas e arquivos.
Como refiro no post “BIBLIOTECÁRIOS NAS BIBLIOTECAS”, seria vantajoso que a maior parte das tarefas do circuito documental venha a ser desempenhada por licenciados.
É meu convencimento que este é o caminho que transformará as bibliotecas de equipamentos em potência para equipamentos activos, dinâmicos e imprescindíveis no quadro da sociedade da informação e do conhecimento.
António Regedor
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