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Os países e a ONU têm feito acordos para limitar o aumento da temperatura da Terra. Não têm cumprido e a previsão é que não cumpram as metas propostas para os próximos anos de 2025, ou para 2030.
A redução do consumo de hidrocarbonetos também falha as expectativas mais optimistas.
E para piorar, a situação de Guerra na Europa, é mais um factor de agravamento da situação ambiental.
A Agencia Internacional de energia calcula que o Pico das emissões ocorrerá por 2025. Só a partir dessa data se prevê que as emissões comecem a diminuir. Mas a procura de gás natural continuará a crescer até 2030 quando se substituir a motorização eléctrica. Nessa altura a Rússia continuará a fornecer gás na ordem dos 13%. E só será em 2030 que o investimento em energia renovável será só de 50%.
Veremos cada vez mais climas mais extremos. Períodos de altas temperaturas e desertificação com períodos de tempestades e frio extremo.
António Borges Regedor
Mas não é só paisagem que atrai a atenção de Cabeceiras de Basto, um Concelho do Interior Norte charneira entre o Minho verde e húmido e a terra fria do Barroso. Uma boa expressão da riqueza faunística da região pode ser apercebida num centro ambiental que é como um museu vido das espécies animais deste habitat. Num parque cercado, há delimitações para diversas espécies como veados, javalis, muflões, corços, perdizes, codornizes entre outras. É muito interessante ver o comportamento das várias espécies, ainda que estando em cativeiro e isso seja condicionante da observação e do próprio comportamento. Fica no entanto a imagem a poucos metros e a observação a pormenores dos animais em cativeiro que de outra forma seria muito difícil observar. Corços e veados que se afastam quando observados. O mesmo já não acontece tanto com os muflões que agem como habitualmente os carneiros. Em todo o caso todos eles já algo indiferentes à presença humana. Naturalmente resultado do seu confinamento e dependência alimentar. Curioso o comportamento dos javalis que em natureza são esquivos, fugidios ou agressivos quando ameaçados. Aqui mostram-se claramente dependentes e aproximam-se a troco de arremesso de algumas bolotas. Um comportamento já claramente próximo do animal doméstico. Muito interessante a oportunidade de observação deste espaço em Cabeceiras de Basto.
António Borges Regedor
Para dar uma ideia da importância da separação dos resíduos nos ecopontos é de referir que:
Em 2021 a LIPOR recebeu mais 6,5% de recolha selectiva para reciclar, relativamente a 2020.
Na Central de Valorização recebeu 43.293 toneladas de biorresíduos (resíduos alimentares e resíduos verdes).
Ao aumento da reciclagem correspondeu naturalmente a redução de resíduos indiferenciado pelo segundo ano consecutivo. Foi menos 2,4% que em 2020.
Assim só 1,2% dos resíduos foras depositados em Aterro.
Com os resíduos indiferenciados a Lipor produziu em 2021, cerca de 158 GWh de energia elétrica.
Fonte: LIPOR
António Borges Regedor
Um destes dias reparei em dados da Agencia Portuguesa de Ambiente (APA) que se referem a reciclagem.
Em relação a 2020 a reciclagem de vidro aumentou mais 6% em 2021. E as embalagens mais 16%. No total a reciclagem aumentou 8,2%.
Pode parecer positivo, mas ainda é insuficiente. Portugal recicla apenas 38% e a meta acordada com a Comissão europeia é de 50%. Portugal ainda está muito longe do objectivo.
Talvez seja necessário reforçar a visibilidade e importância da reciclagem. Renovar a imagem dos ecopontos e aumentar a diversidade de recolhas. Mais contentores para óleos usados e electrodomésticos em fim de uso. Contentores para verdes (aparas de jardins e folhas) e também para roupa e outros tecidos.
É importante informação bem visível dos materiais que podem ser colocados em cada contentor de recolha selectiva. Isso evitaria alguma contaminação com materiais que podem ou não ser colocados e aumentaria a diversidade dos materiais admitidos. Diria mesmo eu a informação será a melhor forma de sensibilização. E neste caso informar os custos da recolha indiferenciada. Informar também dos valores que o Município recebe pela recolha selectiva. Essa prestação de contas também ajudaria a perceber há vantagem que há para os cidadãos em fazer a separação dos resíduos.
António Borges Regedor
Em Vila Real abriram há pouco tempo os percursos naturais do Corgo. São percursos praticamente dentro da cidade, mas num excelente ambiente de ruralidade, beira-rio, entre escarpas e várias cascatas. Vila Real já tinha um caminho pelas margens do rio Corgo que designa por percurso geológico do Corgo. Estes dois percursos estão agora unidos. Há agora uma rede coerente de percursos que ligam a cidade, o rio Corgo e se pode prolongar pela ecopista do Corgo (canal de caminho de ferro desactivado). Começando na Vila Velha (o primeiro núcleo urbano da cidade), pode visitar-se o museu de arqueologia e a partir de vários pontos desse promontório ter vistas excelentes do território. Daí o percurso desce ao rio. Aproveita ao máximo os caminhos de terra batida existentes com passadiços que ajudam a vencer melhor as pendentes e a travessia do rio quando necessário. Daí também se ter a oportunidade de usufruir do espaço das duas margens. O percurso pode ainda derivar por caminhos de ligação a vários pontos da cidade. Liga ao Percurso Geológico do Parque Corgo com ligação ao Parque Florestal, às piscinas, parque de campismo e áreas fluviais com diversos caminhos e relvados muito bem tratados. Este percurso segue até Abambres com uma entrada junto à Ponte da Timpeira. Aqui se quiser pode continuar pela ecopista do Corgo ( o canal de caminho de ferro até Chaves). Para voltar à ”Bila” pode fazê-lo brevemente pela ecopista até à estação de caminho de ferro (hoje desactivada). No final merece provar os “covilhetes” de carne ou as “cristas” e os “pitos” da doçaria conventual que ainda hoje a “Bila” se orgulha de preservar.
Notas:
“Vila Velha” Núcleo primitivo da ocupação deste território até ao século XIII. Com a doação do Foral por D. Dinis em 1289, a vila desenvolve-se para Norte, expandindo-se para lá do promontório inicial. Para que é hoje Vila Real sempre em crescimento.
“Bila” a designação por que os locais tratam carinhosamente e com orgulho a sua cidade.
“Covilhetes” é um produto tradicional local. É um pastel de forma redonda, com recheio de carne de vaca.
“Cristas” e “Pitos” são alguns dos produtos da doçaria tradicional de Vila Real que terá origem conventual (Convento de Santa Clara, também conhecido por Convento de Nossa Senhora do Amparo).
António Borges Regedor
Muitos terão a imagem deste rio ser um dos mais poluídos do Porto. Hoje é um rio relativamente limpo. Pelo menos de aspecto e claramente na maioria dos parâmetros. Tem, naturalmente, alguns parâmetros ainda a melhorar, mas está nitidamente melhor. E esta melhoria muito se deve a um movimento criado há vários anos para a defesa do rio. Persistentemente o movimento informal de defesa do Rio Tinto tem conseguido alertar e pressionar para que as entidades competentes assumam a sua responsabilidade na preservação deste curso de água.
A consciência para defesa da qualidade dos cursos de água tem aumentado e no passado dia 26 o MovRioDouro (movimento de cidadania em defesa dos rios da bacia hidrográfica do Douro, que congrega pessoas, membros da comunidade científica, grupos e associações para a defesa dos rios) organizou uma caminhada comentada ao longo do rio Tinto, desde o Parque Oriental do Porto até à Ribeira de Abade já na margem direita do rio Douro. Estiveram presentes várias pessoas da comunidade científica, de organizações ambientalistas e autarcas.
António Borges Regedor
A poucos kilómetros de Chaves, na estrada N 213 para Valpaços, há um trilho que combina vários traçados. A maior parte é feito por caminhos rurais. Atingir os passadiços que dão nome ao trilho implica, por um dos lados, descer uma encosta por um caminho a pé posto com a largura de uma só pessoa, escorregadio e onde toda a cautela é necessária. Os passadiços estão construídos junto à margem da Ribeira do Caneiro. Dada a dificuldade do terreno, os passadiços seriam mais úteis para vencer a pendente acentuada a caminho do rio. O ponto de interesse é agradável do ponto de vista do interesse patrimonial. É pena que os moinhos não estejam em melhor condição de conservação, dando a oportunidade de perceber como seria o seu funcionamento e até o percurso e funcionamento da levada que os fazia mover. A sinalização necessita ser conservada e rectificada nalguns pontos. Precisa de mais informação e sinalização. Este trilho confina com uma geira romana e esta nem tem informação, nem está sinalizada. Há um enorme potencial no trilho PR10 e no trilho da geira, mas necessitam de conservação, melhoria da informação e rectificação da sinalização. A ideia com que se fica é que depois de inaugurado foi abandonado.
António Borges Regedor
Vidago significa necessariamente a visita ao parque do Vidago Palace Hotel. Os jardins do Lago e a alameda que acompanha paralelamente o fairway do buraco um do campo de golfe. O trilho começa no jardim do Hotel com percurso circular terminando no mesmo local. Desenvolve-se subindo a encosta. Tem alguma dificuldade pela pendente, mas é curto (cerca de dois kilómetros) e muito bem sinalizado. A mata plantada em 1910 é obviamente o grande motivo e é de enorme impacto estético. O mesmo trilho confina com outro mais longo chamado do Gerêz, apesar do miradouro não permitir avistar tal região. É designado trilho das colinas.
António Borges Regedor
Tive oportunidade de fazer vários percursos pedestres. É uma forma de levar os visitantes ao conhecimento de aspectos interessantes das localidades que querem valorizar os seus territórios e com isso promover a economia local. Mas não basta criar uns percursos, fazer uns folhetos e colocar uns sinais. A permanente monitorização, conservação e melhoria é fundamental. Se assim não for, o investimento passa rapidamente a dinheiro gasto sem critério. Falta de sinalização ou má conservação da mesma, falta de informação. Se é para ter passadiços não conservados o melhor é não os fazer. Falta de limpeza e corte de infestantes. Passagem por locais de nenhum interesse e até desagradáveis ou grandes segmentos por estradas. Naturalmente os maus exemplos são comunicados, tal como os bons exemplos. E pelo que vejo falta em algumas autarquias e promotores de trilhos e passadiços pouca sensibilidade ambiental e muita gula de financiamentos que acabam sendo mal aplicados.
António Borges Regedor
Os trilhos para caminhadas em percursos de natureza para observação de ambiente natural, histórico, construído ou fauna e flora são uma prática antiga e inicialmente mais procurada em espaços classificados. Exemplo é o do Parque Nacional da Peneda-Gerêz onde desde jovem me iniciei nesta prática. Lembro os trilhos sobejamente conhecidos da Pedra Bela para os prados coveiros ou Teixeira, a Calcedónia, o trilho aos carris, no Lindoso ou do outro lado o de Pitões da Júnias ( mosteiro e cascata).
Muitos outros itinerários têm sido criados em formato de trilhos, ecovias ou passadiços. Alguns bem pensados, outros nem tanto e resultando mais de financiamentos externos que de genuíno interesse e conhecimento das autarquias ou instituições que os promovem.
Naturalmente se reconhece o valor que tal prática tem para a economia local. E a marcação de trilhos, ecovias e passadiços em locais bem determinados e ambientalmente integrados valoriza os locais e pode constituir o factor de desenvolvimento e viabilidade de uma comunidade .
Uma região de enorme potencial é o eixo Vila Real – Chaves que se estende até Verin. Entre outras razões por se tratar do eixo N2. A Estrada Nacional que liga pelo meio os extremos norte e sul do país. Por ser o eixo da “rota termal e da água” de Pedras Salgadas a Verin (Galiza). E ainda a ecopista do Corgo e Tâmega. Vila Real – Chaves - Verin. Com potencial de ligar desde a Régua. Está boa nalguns troços, mas noutros a precisar de manutenção e sinalização.
Os percursos pedestres são obviamente outro potencial a acrescentar a estas formas de turismo quer de passagem ou de permanência. E não basta aproveitar os financiamentos e fazer folhetos de percursos pedestres. Antes de mais é necessário que sejam objecto de forte interesse do património ambiental, histórico ou cultural.
António Borges Regedor
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