. Fumeiro
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O aparecimento de um novo vírus, levou de imediato a tomar algumas precauções, mas a consciência de se tratar de algo duradouro obriga a pensar os nossos comportamentos e hábitos. Ter consciência que não é apenas a resolução do contágio , mas essencialmente os procedimentos de protecção. Desde logo hábitos alimentares para reforço das defesas orgânicas e hábitos físicos para reforços dessas defesas.
Comida saudável, variada em proteínas, hidratos de carbono, vegetais, fruta, água. Será preferível à comida repetitiva, plástica, pobre do hamburger, pizzas e batatas fritas. Redução ou eliminação do açúcar processado.
A escolha da actividade física também pode ser importante. A preferência pela actividade em espaços abertos e actividades de nulo ou baixo contacto físico.
Evitar as actividade em espaços fechados sempre que possível. Preferir a deslocação por locais com menos aglomeração de pessoas. Preferir transportes que dependam essencialmente de nós, como a bicicleta por exemplo.
Sabendo que estamos a agir com mais segurança, reduzimos o medo. Aumentamos a tranquilidade face aos desafios da vida.
António Borges Regedor
O porco cevado durante o ano, na véspera já não comeu. Os da casa, da família que há muito vive na cidade, mas que nesta e noutras alturas de festa regressa sempre. Também alguns amigos vieram ajudar.
A manhã acordou fria e branca, não de neve mas de geada. Daquela que pinta as árvores sem folhas. Debaixo de telheiro já está o banco corrido, a faca pousada, o alguidar no chão. O bicho há-de vir pelas orelhas e pelo rabo. Outros lhe pegarão nas patas e o colocarão deitado de lado no banco, seguro pelos restantes. E todos serão necessários quando ele sentir tão incómoda posição.
Agora ainda é tempo de trincar o presunto do ano anterior, com figos e azeitonas. Encher e repetir o copo de vinho. Assim é o mata bicho para o que mais se seguirá.
Nestes climas frios, o lugar do porco é na cave de uma casa onde por cima se guarda palha e outras coisas e por isso lhes chamam palheiro. É para lá que se encaminham os homens, e é de lá que arrastam aos guinchos o animal do ritual que alimenta a família por mais um ano. Colocado no banco, segurado com firmeza facilitando a destreza do punho do matador que aponta a faca certeira que de imediato faz calar o animal. Já sem vida, sem mexer, o sangue tinta o alguidar.
A seguir vai ser o queimar dos pelos com palha e o raspar com água quente e uma pedra até a pele ficar branca e lisa. Há-se ficar a arrefecer, depois ser desmanchado para salgar. Cortar as carnes poderá ser nos dias seguintes quando se encheram as tripas e as colocarem ao fumo em lareiros. A boa cura do presunto é de pelo menos 12 meses.
António Regedor
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