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Não resisto a continuar a seguir a caricatura social de Eça, em "a tragédia da Rua das Flores" Lisboa: Fernando Pereira Editor [1980?]. E mais não é registado na Edição, que do ponto de vista formal é um atentado à dignidade da função de editor.
Novo jantar e nova recomendação: “- Pr’a jantar aqui, tudo menos aquela gente da soirée; nada de académicos caturras, nem de poetas pelémicos; nem de velhas de turbante. Quero gente lavada, com toilette e com graça.”
“a mesa brilhava de luz viva de um lustre de gás; as facas novas reluziam ao pé dos pratos de ostras; em torno de dois vasos de flores, estava disposta a sobremesa;”
E João da Maia, então, para divertir as senhoras, contou uma conspiração de que tinha feito parte para proclamar a República. ... O plano era simples: era reunir 6000 operários; compravam armas , atacavam o castelo de S. Jorge, e depois, de lá, desciam para a Baixa da cidade...depois instituía-se o tribunal revolucionário; tínhamos a lista das vítimas: na frente, a família real,depois... “ “O padre Milho, tinha dado os nomes de todos os bispos; eu dei o nome dos meus credores, já se vê. E a coisa gorou, porque faltou o dinheiro para as armas; nunca reunimos mais de 7200 [reis]... Por fim, o padre Milho desapareceu com o cofre...”
_ ... Estava, enfim, tudo, o melhor dos sumos, e que ouvi dizer ao abade de la Chermare, um santo, que, em caso de doença, se podia tomara água de Nª Sª de Lourdes, com um dedo de vinho de Espanha.
...
Houve um silêncio discreto; pareciam saborear aquela revelação de uma verdade santa e João da Maia pensava, baixo: “Que grandes pândegas! Que patusca espécie de mulheres!” “
António Regedor
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