. A Ilustre Casa de Ramires...
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José Maria Eça de Queirós, o autor da Ilustre Casa de Ramires , nasceu em 1845 na Póvoa de Varzim. É já fruto da revolução liberal e de todas as suas consequências, políticas, sociais, religiosas, económicas. O Fontismo estava já em abrandamento e a degradação política era evidente com o rotativismo político do período liberal, contraposto à ascenção do movimento republicano que tem data marcante na revolta de 31 de Janeiro de 1891 que tenta a implantação da República.
Passou a infância em Aveiro e estudou num colégio dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão. Na Universidade, em Coimbra onde estudou Direito, conheceu Antero de Quental, Teófilo Braga, Alberto Sampaio.
Uma visão aberta do mundo foi-lhe proporcionada pela visita ao Egipto e Palestina, por altura da inauguração do Canal de Suez e na companhia do Conde de Resende.
No ano da inauguração do canal de Suez,visitou o Egipto e a Palestina acompanhado com o Conde de Resende, vindo a casar com a filha deste em 1900.
Fez carreira diplomática, sendo embaixador em Cuba, Newcastle, Bristol e Paris.
Durante a sua vida assistiu à instabilidade nos Balcãs, à ameaça ao Império Otomano. Aos jogos de poder motivados pelas ambições coloniais e obviamente ao desenvolvimento científico, técnico e dos transportes. Esse tempo era influenciado por Baudelaire, Flaubert, Zola, Hegel, Marx, Proudhon, Conte.
Como era habitual à época, começou a escrever nos jornais, no caso, a “Gazeta de Portugal”, para depois reunir as crónicas em livro. O que faz com a edição em livro, “Prosas Bárbaras”. Passa pela direcção do “Distrito de Évora”.
Em “A Ilustre Casa de Ramires”, o protagonista, Gonçalo Mendes Ramirez, era conhecido como o Fidalgo da Torre. Vivia no Solar dos Ramires. Residência de uma antiga família cuja origem se conta anterior à nacionalidade de Portugal. A genealogia afirma a sua existência anterior à vinda das famílias francesas que ajudaram na reconquista e deram origem ao Condado e depois Reino de Portugal. Essa mesma genealogia que coloca os Ramires nos momentos e com os protagonistas da história de Portugal. A o lado de D. Afonso Henriques, na reconquista , Nos descobrimentos, nos bons e maus momentos, mas sempre ao lado do poder e no poder.
A Casa da Torre da Lagariça foi o local de visita e inspiração do escritor Eça de Queiroz para o romance, “A Ilustre Casa de Ramires”. é um Imóvel classificado de Interesse Público desde 1977.
A construção da Torre da Lagariça data da primeira metade do Séc. XII , por volta de 1112 e está ligada ao período da "Reconquista Cristã" e à "Fundação da Nacionalidade Portuguesa".
A Torre é um sólido torreão militar de linhas de planta quadrada, que serviu de ponto de vigia e prisão, sendo mais tarde construído o casario em volta da Torre e tornada em casa de habitação dos Fidalgos da Torre da Lagariça.
A Torre teria como objetivo a defesa da linha do Douro na época da reconquista Cristã, servindo de Torre da atalaia, mas a sua função militar perdeu o significado com o estabelecimento das fronteiras mais a norte.
No Séc. XVI foi adquirida pela Brasonada família Pinto, Senhores da Torre da Chá e do Paço de Covelas.
Situa-se na Freguesia de S. Cipriano, no Concelho de Resende - 41°03'37.1"N 7°59'57.3"W
Para além da “Ilustre Casa” a quinta tem campos de cultivo e árvores de fruto e . Uma Eira, e jardins de inspiração romântica.
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