. Árvores autóctones de Por...
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Por António Borges Regedor *
Começamos pelas que de alguma forma têm estatuto de protegidas.
Teixo. Taxus baccata. Nativa em grande parte da europa. Tem o estatuto de protegida em Portugal. Não é vista frequentemente.
Azevinho, zebro - Ilex aquifolium. Frequente no noroeste e sudoeste montanhoso de Portugal. Tem também estatuto de protegida. Forma frequentemente o estrato intermédio em bosques de faias e carvalhos. Pode ser facilmente observada na mata de Albergaria no PNPG.
Passamos agora a referir as que melhor reconhecemos como nativas nacionais. As Fagaceae. Família dos Carvalhos onde se incluem estes, e ainda, o sobreiro, castanheiro e Faia.
Nos Carvalhos temos:
Carvalho Comum, Carvalho-roble ou carvalho-alvarinho - Quercus róbur. É o mais comum e o mais conhecido.
Carvalho-negral, carvalho-pardo-das-beiras ou carvalho-pardo-do-Minho. - Quercus pyrenaica.
Carvalho-cerquinho, carvalho-português - Quercus faginea. Típico da Península Ibérica
Azinheira ou azinho – Quercus ilex. Nativa do Mediterrâneo e que na Península Ibérica tem ainda duas subespécies.
Carrasco ou Carrasqueiro – Quercus coccifera. Também nativa do Mediterrâneo.
Sobreiro ou chaparro - Quercus suber. Facilmente reconhecido pela casca. Com enorme valor económico. Daí poder ser encontrado em todo o território português apesar de ser caraterístico do clima mediterrânico.
É protegido pela Resolução 15/2012 da Assembleia da República.
Castanheiro - Castanea Sativa Árvore de grande porte e copa larga muito frequente em Trás-os-Montes e de grande valor comercial.
Outras árvores com significativo valor económico são:
Alfarrobeira - Ceratonia síliqua. Frequente no Algarve e também na Terra Quente Transmontana.
Aveleira, avelãzeira ou avelaneira - Corylus avellana. Mais frequente no Norte e Centro Oeste de Portugal.
Oliveira - Olea europaea. Distribui-se por todo o território português. De notar a sua rusticidade na capacidade de adaptação. Cresce em bosques abertos e matos de zonas secas e rochosas da região mediterrânica.
E ainda mais algumas:
Loureiro - Laurus nobilis . É uma planta nativa na região mediterrânica e muito comum em Portugal.
Azereiro - Prunus lusitânica. É nativa em Portugal. Apresenta-se em árvore ou arbusto e habitualmente junto das linhas de água.
Buxo - Buxus sempervirens. É arbusto ou árvore até 5 metros frequente em regiões montanhosas e secas.
Medronheiro - Arbutus unedo. Toma a forma de arbusto ou pequena árvore. A copa é densa e arredondada. Ocorre em todo o território português em bosques de sobreiros, azinheira e pinheiro bravo.
Negrilho, ulmeiro ou olmo) – Ulmus minor. Muito comum. Frequentemente associado a linhas de água ou solos húmidos e plantado como árvore de alinhamento em cidades e estradas.
Padreiro, plátano-bastardo ou acer-pseudoplatano) - Acer pseudoplatanus . Vulgarmente plantada como protecção ou ornamental.
Pilriteiro ou espinheiro-branco - Crataegus monogyna. Tronco simples ou muito ramificado desde a base. Muito comum em sebes matagais e bosques. Usada como árvore de parques ou via pública. Árvore pequena ou arbusto.
Os Zimbros.
Zimbro-comum – Juniperus communis. Que tem ainda duas subespécies. O Zimbro rasteiro que forma moitas baixas. Cresce nas zonas altas de Portugal acima dos 1000 metros do Gerês e da Serra da Estrela. E ainda o Zimbro hemisphaerica de maior porte e ocorre em solos calcários da região mediterrânica.
E
Zimbro-galego, Cedro-de-Espanha ou oxícedro - Juniperus oxycedrus. Ocorre em zonas montanhosas em lugares rochosas e também em zonas arenosas marítimas onde é espontânea em Portugal. Caso de Trás-os-Montes e Alentejo.
E finalmente os Pinheiros
Pinheiro-bravo ou Pinheiro-marítimo - Pinus pinaster. Nativo da Região Mediterrânica e comum em todo o território português.
Pinheiro-silvestre, Pinheiro-de-casquinha ou Pinheiro-de-Riga – Pinus sylvestris. Em Portugal aparece espontâneo nos pontos mais altos do Gerês e é utilizado no povoamento dos baldios serranos.
Pinheiro-manso - Pinus pinea. Facilmente reconhecível pela copa semi-esférica. Nativo nos solos arenosos da europa Mediterrânica. Importante pelo valor económico dos frutos: os pinhões existentes nas pinhas.
* António Borges Regedor
Ambientalista. Fundador, dirigente e membro de várias associações de ambiente.
Influência da luz artificial no prolongamento da vitalidade das árvores urbanas.
Tenho andado a reparar em várias árvores que estando perto de candeeiros de iluminação pública estão em parte expostos a essa luz artificial.
Reparei que a queda da folha não tem sido uniforme. Na parte da árvore exposta à luz dos candeeiros as folhas permanecem mais tempo. Na zona de sombra as folhas já caíram na sua totalidade. Verifica-se assim que a árvore apresenta duas partes distintas. De um lado os ramos sem folhas, do outro lado, o iluminado artificialmente, permanece ainda a folhagem.
António Borges Regedor
Em tempo de verão e calor, é inevitável falar de árvores. Os valores de diferença de temperaturas apresentado na figura, mostam a importância das árvors em meio urbano. Mesmo tendo em conta o relativismo das medições, influência do lugar, porte, espécies e distâncias entre si, a ilustração é ilucidativa.
As árvores em meio urbano ajudam no pleneamento, são elementos que constituem barreiras térmicas, sonoras, de vento e de chuva.
Constituem a barreira térmica que a gravura ilustra, criando espaços ensombrados, onde so sol não incide de forma tão forte, reduzindo a transpiração das plantas, minimizando a evaporação dos solos. Os dois fenómenos que constituem a evapotranspiração e que exigem o consumo de maiores quantidades de água para garantir o bom estado sanitário das plantas.
E tal como vemos na foto, as árvores em meio urbano só cumprem a função benéfica para o clima e de eficiente captura de CO2 se forem crescidas e saudáveis. A sua missão é impedida se forem sujeitas ás podas brutas de atarraque e outras formas de amputação que vemos todos os anos no meio urbano de muitas cidades que conhecemos.
António Borges Regedor
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