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Na semana em que chegámos à Dinamarca, comemorava-se a “semana da batata”. Era a segunda semana de Outubro. Havia férias lectivas, mas havia também diversas actividades para a juventude escolarizada. Umas eram organizadas pelas próprias escolas, e outras pelos próprios pais que aproveitavam para fazer férias com os filhos. A semana lembra o tempo da Dinamarca pobre, do cultivo da batata como principal fonte de alimentação e do trabalho árduo da colheita. A apanha da batata requeria muitas mãos. Todos eram necessários nessa tarefa. Todos, mesmo as crianças que nessa altura não iam à escola, para apanhar a batata. Hoje a semana é de férias, as crianças ocupam-se agora em actividades de felicidade, mas em memória de um povo que não tem vergonha de dizer que já foi pobre. Um povo que graças ao seu saber fazer social, à sua cidadania, têm uma sociedade de que se orgulham. Não se deslumbram, não ostentam novo-riquismo. Pagam dos mais altos impostos da Europa. E querem pagar altas taxas de impostos para terem direito à saúde, segurança social, educação, cultura, ambiente e habitação. Grande parte da habitação é municipal. Têm memória histórica dos tempos em que eram pobres. São modestos. Andam de bicicleta, e nisso têm orgulho de o fazer , desde o primeiro choque petrolífero de 1973. Gozam a prosperidade com a sabor da singeleza.
Nota: a fotografia é da página de David Teixeira Vice Presidente da Câmara de Montalegre.
António Borges Regedor
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