. A linha do Vouga voltou a...
. Mosteiro de São Salvador ...
. ...
. IFLA e Lei de Bibliotecas...
. Manifesto 2022 para as Bi...
. Boavista
. O Porto ainda a meio do s...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Femme interdit par Ali al-Muqri
Ali al-Muqri, romancista Yemenita, já galardoado com o “l’Árabe Booker Prize”, com o livro “Le Beau Juif” denuncia a opressão religiosa no Yémen. A denúncia é feita no seu novo romance “ Femme interdite”. A sair para as bancas hoje dia 5 de Março 2015.
Há uma tendência natural de generalizar alguns aspectos particulares mas mais notórios da realidade desconhecida. Generalizamos o Islão e o que consideramos do seu pensamento. Há no entanto muita diversidade no Islão, e há nessa realidade cultural, gente que pensa diferente daquilo que generalizamos. Ali al-Muqri é um de muitos, como já acontecia desde o início da islamização. A cultura Persa foi sempre muito refractária à islamização. O famoso filósofo e médico medieval islâmico Avicena viveu em Hamadã na Pérsia.. Notório é que tenham abraçado maioritariamente o pensamento Xiita que se distancia do modelo maioritário de Meca e Medina que no seculo XVIII evoluiu para a forma mais infame do sunismo, o Wahhabismo. O mesmo com a tradição Mesopotâmica Al-Farabi viveu em (Bagdad, Damasco e Alepo), e mais claramente na antiga Fenícia, hoje território do Líbano onde a presença constante de várias religiões se faz sentir. Ou mesmo a constatação da islamização da Península Ibérica onde por parte do Islão não se manifestaram situações de radicalismo. Pelo contrário, Toledo foi um dos mais importantes centros de tradução em sã convivência entre Islâmicos, Judeus e Cristãos. Córdova foi a cidade natal de Averróis, médico e filósofo lógico, intérprete de Aristóteles que acaba acusado de heresia. Em Beja nasceu um dos poetas do Islão, Al-Mutamid .
Neste romance de Ali al.Muqri a questão sexual está presente no coração do livro, bem como a repressão sexual que incide sobre homens e mulheres. Nele é referido que a Charia está sujeita aos contornos políticos e serve de instrumento de poder. O autor é claro ao dizer que o extremismo é alimentado por outros estados da Península Arábica. E nós sabemos quem são.
António Regedor
. Livros que falam de livro...
. Dança
. Rebooting Public Librarie...