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Pacheco Pereira escreveu no dia 11 de Dezembro 2015, na revista sábado, um interessante artigo de opinião com o título: “O tempo das bibliotecas está a acabar”.
Refere a dimensão das bibliotecas pessoais. “está a morrer uma geração que tinha muitos livros, pequenas e médias bibliotecas”. Na verdade não eram tão grandes nem tão generalizadas como se faz parecer. São excepções as bibliotecas com muitos livros. O livro em abundância nas casas burguesas pertence essencialmente ao século XIX e século XX. Ficará na história como uma característica prórpria dessa época.
Considera que há algo de substancial ou esencial na passagem do livro para o digital. Pacheco Pereira reduz a sua impressão apenas ao suporte. A sua afirmação não terá a mesma força se estivesse a falar de informação que esses suportes contêm. Permanece a informação, o seu uso e usufruto, o seu tratamento armanezamento e recuperação, apenas mudando o suporte que se desmaterializa parcialmente.
Pacheco Pereira aborda , e bem a passagem da leitura intensiva para a leitura extensiva. No entanto refere apenas a leitura de lazer, volitiva. Exclui do seu pensamento as outras formas de leitura. Num estudo que elaborei, em 2003, na Universidadede Salamanca considero, na linha de vários sociólogos, também outras formas deleitura. A leitura didáctica, a leitura por razões profissionais de relatórios, cartas,ofícios, regulamentos, a leitura nas redes sociais, as cadavez mais frequentes infografias. Tudo é leitura. Até mesmo as mensagens que Pacheco Pereira não considera que seja leitura, podem tabém numa perspectiva ampla e generosa da sociologia da leitura ser ainda uma outra forma de leitura, mesmo que não literária. Afirmamos que se lê mais globalmente, extensivamente, apesar de individualmente se ler menos de forma lúdica e até volitiva como argumenta Pacheco Pereira. A redução do tempo de leitura pessoal é contemporâneamente aceitável, face à necessidade de resposta às inúmeras solicitações de outras formas de estar e de lazer.
Ainda há poucos dias asssiti a uma defesa de dissertação de Mestrado em que a percepção face à aquisição do livro, se repartia pela preferência do formato electrónico para a temática científica, numa amostra de população em que 50% eram licenciados, e que para os mesmos respondentes a preferência para a leitura de ficção e portanto de lazer e volitiva, se dirigia para os livros em papel, o que está de acordo com a impressão expressa por Pacheco Pereira neste seu artigo de opinião.
Para consultar o artido de Pacheco Pereira
http://www.sabado.pt/opiniao/detalhe/o_tempo_das_bibliotecas_privadas_esta_a_acabar.html
António Regedor
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