. A linha do Vouga voltou a...
. Mosteiro de São Salvador ...
. ...
. IFLA e Lei de Bibliotecas...
. Manifesto 2022 para as Bi...
. Boavista
. O Porto ainda a meio do s...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
São quase 11 horas. Cheguei ao Rumo na Rua N. S. de Fátima por volta das nove e meia. Marquei a presença com os conhecidos do costume, com as conversas do costume. Saio só em direcção à Rotunda. Depois à direita para a Av. de França e ainda uma outra vez à direita. Os panfletos tinham sido feitos na casa que servia de tipografia clandestina. Tínhamos lá estado dias antes. O copiador “Gestetner” era rápido e o stencil de carbono tinha vindo de França. Já não precisávamos de noites e dias seguidos a imprimir folha a folha no “vietnamita”. Essa caixa simples onde colocar a folha, baixar o caixilho do stencil, colocar tinta no rolo de borracha, passar o rolo pela caixa, e ter uma folha impressa. Se tudo corresse bem, se não sujasse os dedos e se ao pegar na folha não a marcasse com impressões digitais e a tivesse de deitar fora.
Estes tinham sido uma limpeza. Um luxo tipográfico. Tinham vindo no dia anterior de comboio dentro de numa mala vermelha. Sim, vermelha, porque não !?. Quem iria desconfiar de mais um passageiro a sair na estação da Avenida de França?
Os panfletos eram colocados no corpo, por dentro da camisa. O sobretudo arredondava as formas. Os dois camaradas aguardavam já no interior da Rotunda. Íamos para a zona das Campinas e Aldoar. Distribuir os panfletos nos vários bairros circundantes da zona industrial. “Nem Marcelo, Nem Spínola” assim era o título dos dessa noite, já a 25 de Abril de 1974.
António Borges Regedor
. Livros que falam de livro...
. Dança
. Rebooting Public Librarie...