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Tive há algum tempo oportunidade de participar em mais uma iniciativa de promoção da memória de mulheres que no início do século XX se notabilizaram, e que de alguma forma são referência na luta feminista, no sufragismo e direitos humanos.
Desse grupo de mulheres notáveis do início do século XX pode referir-se Carolina Beatriz Ângelo, médica e primeira mulher a votar em Portugal; Ana de Castro Osório, outra sufragista.; A feminista Adelaide Cabete; Maria Lamas, também escritora e perseguida política entre outras mais. Um movimento que não é exclusivo de Portugal, mas que percorreu boa parte do mundo que protagonizou o desenvolvimento social e político dos finais do século XIX e início do século XX. Um movimento que mobilizou as mulheres pelos seus direitos na Europa, Canadá, América Latina, no Egipto, no Japão e alguns países asiáticos.
Mas refiro-me especificamente a Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar, que foi objecto do debate e lançamento de livro que decorreu na Biblioteca Municipal de Espinho. Uma feminista nascida em Lisboa em 1899, com vivência em Moçambique, Angola e exilada no Brasil. Escritora e jornalista. Vê os seus livros “Volta numa caixa de Cigarros e “Casa Sem Pão” serem apreendidos pela Pide a mando da Censura. Escreveu “Os últimos dias do fascismo Português” sobre o julgamento do Capitão Henrique Carlos Galvão. Este militar português rompeu com o regime fascista por desacordo com a questão colonial e protagonizou o assalto ao paquete “Santa Maria” que ficou conhecida por uma das acções de referência contra a ditadura em Portugal.
Mas voltando a Maria Archer, esta escritora deu ainda à estampa “Terras onde se fala Português”, “Africa sem Luz e Brasil” “Fronteira da África” escritos no Brasil. Só regressará a Portugal em 1977 já com a saúde muito debilitada e onde morre em 1982.
António Borges Regedor
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