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Quinta-feira, 25 de Agosto de 2022

Livros , mas pouco.

MEU PERFIL.jpg 

Há dias li um post do amigo Gaspar Matos que dizia “Sendo bibliotecário de leitura pública, a posse do livro diz-me pouco.” Também partilho dessa perspectiva que valoriza a leitura e a partilha e que relega para segundo plano  a posse do livro de lazer.

E se bem reparar-mos na maior parte das situações à posse do livro corresponde  uma única leitura.

Desliguei-me da maior parte dos meus livros. Alguns dados a colectividades para partilha. Outros, bastantes, oferecidos depois de lidos.

Tenho no entanto um conjunto de livros de que não de desligo. São os autógrafos. Livros que me foram oferecidos e com dedicatória ou autógrafo do autor. Porque não são apenas livros. São partilhas. São amizades, cumplicidades subliminares nas palavras da dedicatória e do autógrafo. Esses constituem a minha biblioteca. A outra colecção é a dos livros  de ensaio. Esses são sublinhados, com palavras chave a indexar os assuntos que reputo pertinentes e me facilitam as sequentes leituras sintéticas.

Enfim, o que preservo, não são os livros, mas tão só o que humanamente representam ou a  informação que disponibilizam.

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 22:18
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