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Os princípios, normas e modelo de pensamento dos católicos romanos, aplicam-se aos seus crentes. E os assuntos dos católicos são tratados dentro da comunidade. No entanto, dada a enorme influência demográfica e social, é de prestar atenção as consequências sociais das mudanças e evoluções na religião católica. Como de resto em outras que se apresentam com expressiva influência social.
O Papa Francisco sucedeu a dois pontificados de características muito diferentes e por isso a sua acção tem sido notória. Ganhou simpatia aparentemente mais fora que dentro da Igreja Católica. Iniciou mudanças que se entendem significativas e que dada a rígida estrutura do aparelho administrativo do Vaticano necessitam tempo.
Sucedeu a um Papa que foi eleito para dar força à cristianização do Leste Europeu e que do ponto de vista doutrinário se manifestava mais Mariano que Cristão. Uma concessão ao facilitismo do culto popular que de pouca leitura Bíblica se relaciona muito mais com a simplicidade e ancestralidade do culto da Mãe, da Mulher e dos Santos. A dificuldade de leitura da Bíblia resulta na dificuldade de compreensão do Deus simultaneamente tri e uno.
A correção a esta linha de pensamento foi tentada com o Papa seguinte que do ponto de vista Teológico era mais rigoroso e apoiava a sua acção na promoção do Espírito Santo e na Trindade. Fátima é bem elucidativa desta duas nuances teológicas no seio da Igreja católica. De um lado o Santuário Mariano, do outro a Igreja da Santíssima Trindade mais conforme ao rigor teológico Bíblico.
Francisco herdou esta vacilação teológica à mistura com muitos escândalos, desde os económicos aos sexuais, e um Vaticano com poder próprio e quase inamovível, grupos de interesses e intrincada teia de ramificações entre si. As mudanças nesse clima de poder são difíceis e lentas. Francisco iniciou-as corajosamente. O tempo e a saúde parecem não estar do seu lado. E é pena, porque esperávamos ver mudanças na Cúria. Com ataque aos vícios, com a chamada das mulheres, com o acesso dos cristãos casados ao sacerdócio e não apenas a limitação nos sacramentos, o que obviamente alteraria a disciplina do celibato tornando-o facultativo.
Tememos que a tarefa iniciada por Francisco fique inacabada. A sociedade, no todo, teria a ganhar com as reformas de Francisco.
António Borges Regedor
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