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Quis a fortuna que passasse profissionalmente pela Casa do Infante – Arquivo Histórico Municipal do Porto. Foi grande e decisiva a aprendizagem que aqui fiz. Recordo saudosamente os tempos aí passados. Os experientes técnicos com quem trabalhei. Os técnicos que vi emergir. O adquirir de competências. O evoluir pessoal e profissional dos colaboradores do Arquivo Histórico.
Recordo o Arquivo Histórico ainda sem se ter expandido para a casa de gaveto da Rua da Alfãndega onde funcionou o CRUARB. Recordo o início da instalação do laboratório de restauro de documentos gráficos e a formação em restauro proporcionada a um grupo de funcionários que me incluía. Recordo saudosamente a Amélia e o início do ciclópico trabalho de restauro dos deguerreótipos, (acompanhada da Madalena que aparece no vídeo).
Há no entanto algo que me preocupa e que me impele a uma premonição. É o facto de a carreira de Técnico de informação e Documentação, de Bibliotecário, de Arquivista e de Documentalista terem deixado de ser carreiras específicas na Administração Pública quer central quer local. Hoje em dia não é exigida habilitação académica específica para trabalhar nestes serviços específicos e de grande complexidade e competência técnica (Bibliotecas, Arquivos e Centros de Documentação e de Informação). Hoje, qualquer licenciado em culinária ou costura pode concorrer a estes lugares da Administração Pública. E porque não há necessidade de habilitação específica, a procura destes cursos altamente especializados decaíu. E não havendo alunos, vai deixando de haver oferta formativa.
As competências, o conhecimento, o profissionalismos dos técnicos que vimos nas imagens vão acabar nesta geração de competências. O que se vai seguir é um hiato técnico e de competências específicas para dar continuidade a todo este trabalho que todos consideramos positivo, excelente, meritório e fundamental para a preservasão da memória e prova documental administrativa.
Compreendo que não ter legislação adequada nem pessoal habilitado e com autoridade legal nos Arquivos do Estado, dê muito geito a quem tem vantagem em fazer desaparecer arquivos de submarinos, swaps e outros inconvenientes.
António Regedor
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