
Ciclovia é um espaço segregado para circulação exclusiva de bicicletas. Consiste na separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. Normalmente a um nível superior do da via de circulação automóvel.
A ciclovia pode ser segregada através de murete com ou sem sebe que lhe confira expressão de afastamento e estática. Um destes exemplo é a da Avenida da Boavista no Porto.
Poderá também ser segregada por pilaretes, canteiros ou outras formas que impeçam os automóveis de as ocupar ou nelas circular ou estacionar. Essa a razão por que devem estar a um nível diferente da via de circulação automóvel impedindo-os de a usar.
Ciclofaixa será apenas uma faixa pintada no chão. Mas até mesmo esta deverá ter separadores, sem os quais facilmente será desrespeitada. E sem separadores não dá confiança e segurança a utilizadores de bicicletas menos experientes. A falta de segurança dita o afastamento dos utilizadores de bicicletas das ciclovias. A falta de separadores nas ciclovias dita a inutilização desse equipamento e a desvirtuação da sua função.
As ciclovias podem ser funcionais ou de lazer.
As funcionais são as que se desenvolvem em espaço urbano ligando pontos como os interfaces, os locais de trabalho ou escolas, hospitais, mercados, locais de lazer, comerciais ou administrativos (tribunal, câmara). Em todos devem ser colocados equipamentos de estacionamento de bicicletas. Sem equipamentos de estacionamento as ciclovias não são funcionais e desincentivam ao seu uso.
É bom que quem desenha ciclovias, o saiba fazer.
António Borges Regedor
De
Vagueando a 17 de Novembro de 2022 às 09:02
Plenamente de acordo. Sou ciclista mas tenho que reconhecer que muitos ciclistas, ( a mairoia deles também são condutores) não merecem o respeito que exigem de toda a gente.
Grato pelo comentário. Compreendo o que quer dizer. Admito que um ou outro ciclista possa não cumprir adequadamente o seu posicionamento. Mas ambos sabemos que a maioria das infrações ao código da estrada é da responsabilidade dos condutores. São excesso de velocidade, desrespeito por prioridades e principalmente o não respeitar o novo princípio do respeito pelo mais vulnerável. Estamos ainda em fase de transição do paradigma do automóvel para os meios de mobilidade mais suaves. O tempo ajudará a melhorar. Cumprimentos.
De
Vagueando a 21 de Novembro de 2022 às 18:19
Só não concordo com a questão do não respeito pelo mais vulnerável ( o peão ainda é mais vulnerável e veja as fotos de um dos links abaixo). Já abordei aqui na Sapo muitas vezes a questão da sinistralidade, deixo-lhe dois exemplos.
https://classeaparte.blogs.sapo.pt/o-flagelo-dos-atropelamentos-66940?tc=119053513883
https://classeaparte.blogs.sapo.pt/atencao-ciclista-a-vista-1631
E não concordo porque sendo o ciclista o mais vulnerável, a maioria destes também são automobilistas, não faz sentido que se coloquem, conscientemente, em situações de maior vulnerabilidade ao circular em contramão e não respeitar sinais vermelhos.
Por outro lado, não podemos pensar que a mentalidade de automobilista, mude quando passa para meios de mobilidade mais suave. É mesmo uma questão de cultura e isso ainda vai demorar muito tempo a mudar.
Cumprimentos.
Também penso que vai demorar a mudar mentalidade construída durante muitos anos. O conceito de mais vulnerável da actualização do Código da estrada vai na linha do que se pratica no regulamento das prioridades marítimas, em que a prioridade é sempre da embarcação com menor capacidade de manobra. e esse princípio resulta bem no maio marítimo. Na estrada está associado ao conceito de condução defensiva. Mesmo que seja a minha prioridade devo conduzir de modo a salvaguardar a minha vida e a dos outros utilizadores da via, sejam quais forem. É uma linha de aproximação à condução baseada no princípio da civilidade e cordialidade. Mas realmente ainda estamos muito longe, ainda estamos numa fase de trânsito muito agressivo. Dai as vantagens das ciclovias segregadas nesta fase de transição de mobilidade.
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