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Orhan Pamuk foi Prémio Nobel da Literatura em 2006. O livro que acabei de ler, “A mulher de cabelo ruivo” o protagonista é dominado de principio ao fim pelos dramas do parricídio e do filicídio. Cruza a lenda do Rei Édipo com a de Shahnameh, o poema épico nacional Iraniano em que Rostam chora pelo filho Sohrab que acabou de matar . Cruza a mentalidade da sociedade conservadora com a laica e faz referências ao golpe militar. O cruzamento da mentalidade oriental e ocidental de Sófocles e de Freud. O cruzamento da cultura Otomana com a cultura Persa. Dá conta do enorme intrincado do mosaico cultural deste enorme território onde se cruzam Otomanos, Curdos, Persas, porque os Arménios sofreram genocídio. Quando visitei Istambul confrontei-me com a preservação de uma praça antigo hipódromo que conserva um obelisco romano. Uma das maiores mesquitas da Turquia, a mesquita azul em frente à igreja cristã de Santa Sofia. Bairros de ruas estreitas e bazar tipicamente oriental com a praça Taksim. O Hotel onde bebemos vinho com uma turca ocidentalizada mas que detestava os Curdos, em contraste com um guia turístico a debitar discurso religioso aos ocidentais. Um restaurante que se recusou a servir qualquer tipo de bebida alcoolica e a noite de ramadão com os seus excessos de comida, divertimento, folia. O livro dá conta de um tempo de crescimento da cidade de Istambul da cidade a devorar os antigos bairros periféricos com identidade onde agora os centros comerciais os tornam indistintos. Este aspecto torna-se mais interessante para quem já visitou a cidade. Estive em locais referidos no texto e isso é sempre agradável ao leitor e motivo extra de adesão ao livro.
António Borges Regedor
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