Médico bibliotecário não conheço, mas conheço vários profissionais que têm ou estão a fazer especialização em Ciência da Informação.
Especialista em Informação e Documentação já não é só bibliotecário, nem o bibliotecário não é só oriundo das humanidades e geralmente da história.
Conheço Especialistas em Informação e Documentação com outras formações tão diversas como o Direito, o Marketing, as Ciências Agrárias e outras disciplinas.
É certo que recentemente chegam à profissão pessoas que não tiveram outras formações, e que fizeram já todos os seus estudos em Licenciaturas nas áreas da Informação e Documentação.
Fui dos primeiros a defender a necessidade de um ensino coerente nesta área, que deveria compreender desde logo uma disciplina de CID no secundário, e sequentemente a Licenciatura, o Mestrado e Doutoramento.
Mas vejo também com muitos bons olhos, a vantagem para esta área do conhecimento, que é proporcionada pelas pessoas de outras formações que fazem a formação em CID. E todos reconhecemos que boa e diversificada formação resulta em melhor desempenho profissional na área da Ciência da Informação.
Tenho esperança que ao nível do Mestrado continue a confluir gente das mais variadas formações, em vez de afunilar e fechar-se sobre si mesmo.
Vejo com muitos bons olhos historiadores-bibliotecários, gestores-bibliotecários, arquitectos-bibliotecários e claro médicos-bibliotecários, porque não?
Voltando ao essencial: Não tenho nada contra o professor-bibliotecário. O que não aceito é a colocação de um professor numa biblioteca escolar sem formação acreditada e creditada ao nível da Licenciatura em Ciência da Informação e Documentação ou pós-graduada no caso de ser professor de outra área científica.
António Regedor